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TOP 20: Os melhores álbuns de 2015

2015 foi um ano de grandes lançamentos em questão de álbuns, além de um dos mais importantes para o atual cenário da música alternativa. Tivemos discos que contribuíram significativamente para o crescimento e o reconhecimento da indústria musical, desde trabalhos carregados de críticas sociais até projetos conceituais e sólidos.

Assim como acontece todos os anos, o Tracklist organizou uma lista com os 20 melhores álbuns lançados ao longo de 2015 e separamos entre nacionais e internacionais. Confira:

TOP 15: INTERNACIONAIS

15º LUGAR
REVIVAL – SELENA GOMEZ

Após algum tempo afastada dos holofotes, Selena Gomez retornou ao cenário mainstream com “Revival”, disco que marca uma nova fase na carreira da cantora e apresenta uma identidade mais madura, séria e autêntica, destoante de seus primeiros álbuns com a participação do The Scene e do pop grudante e jovial de trabalhos como “Stars Dance”.

“Revival” contém uma dose de melodias mais lentas e menos ansiosas, que caracterizaram a cantora em seus tempos de Disney. As faixas aqui são menos saturadas instrumentalmente e bem pensadas,apresentando uma sonoridade limpa, evidente nos singles “Same Old Love” e “Good For You”.

Entretanto, “Revival” ainda tem seu lado dançante. Músicas como “Me & The Rhythm” e “Body Heat” não se perdem num eletropop destoante do resto do álbum e se encaixam perfeitamente na proposta do disco, seguindo composições fortes e bem construídas.

“Revival” é o resultado da maturidade de Selena Gomez e de seu cuidado em trazer ao ouvinte diversas experiências e sentimentos em um único disco. É, sem sombra de dúvidas, o melhor capítulo de toda a discografia da cantora.


14º LUGAR
CHASING YESTERDAY – NOEL GALLAGHER’S HIGH FLYING BIRDS

O Oasis sempre foi influente no cenário musical, seja em sua sonoridade icástica ou na personalidade de seus integrantes, com egos tão grandes quanto a qualidade de suas obras. E parece que foi a partir dessa egolatria que surgiu o Noel Gallagher’s High Flying Birds, projeto solo do ex-vocalista da banda, que resultou também no disco “Chasing Yesterday”.

“Chasing Yesterday” é um trabalho com a identidade própria de Gallagher, trazendo à tona violões, arranjos complexos e melodias fortes. O álbum é uma grande mistura entre a instrospectividade do Oasis e belos conjuntos de teclados e pianos destoantes da sonoridade da banda britânica de 1991. Enquanto canções como “Riverman”, a primeira faixa do disco, e “The Mexican” iluminam a ousadia de Noel e o seu lado indie, músicas como “The Dying Of The Light” e “The Girl With X-Ray Eyes” revelam baladas com letras bem compostas, seja sobre amor ou superação.

É também impossível não citar os singles “In The Heat Of The Moment” e “Ballad Of The Mighty I”, duas das melhores canções do disco. A primeira traz um som contagiante reforçado pelos constantes “Na na na” de Noel Gallagher, enquanto a segunda acentua a união entre os vocais do britânico e a guitarra de Johnny Marr, ex-integrante do The Smiths.

“Chasing Yesterday” é um álbum bem centrado, e não perde seu foco sonoro ao longo de seus 43 minutos. Embora semelhanças com o estilo do Oasis sejam extremamente perceptíveis, Noel traz um estilo próprio, se destoando de se antigo grupo. Pode-se dizer que sua egolatria ajudou bastante aqui.

 


13º LUGAR
THE BOOK OF SOULS – IRON MAIDEN

Ao longo de sua discografia, o Iron Maiden sempre se aventurou entre álbuns longos, conceitos de complexa compreensão e, claro, várias facetas de Eddie nas capas dos discos. Entretanto, a banda sempre seguiu a mesma fórmula de composição, não dando margens para surpresas ao ouvinte. Com “The Book Of Souls“, o sexteto britânico conseguiu reestabelecer os seus padrões musicalmente e liricamente e se arriscar em novas proporções e veemências.

O disco é o mais longo de toda a carreira do Iron Maiden, com 1 hora e 32 minutos de pura viagem entre influências do rock progressivo dos anos 70 e ritmos pontuais, explícitos logo na primeira faixa do álbum, “If Eternity Should Fail”. Essa limpidez se repete ao longo de todo o trabalho, com leves paradas em sonoridades reconhecíveis da “velha Donzela de Ferro”, refrões aderentes, o caso de “Speed Of Light”, e épicos que ultrapassam a marca de 10 minutos, como a progressiva “The Red And The Black”, a faixa-título “The Book Of Souls” e a icônica “Empire Of The Clouds”.

Em suma, “The Book Of Souls” se firma como um dos melhores álbuns da discografia do Iron Maiden, e uma prova de que a banda, mesmo com 40 anos de carreira, ainda é capaz de surpreender, entregando um trabalho radioso e digno à toda a história do grupo.


12º LUGAR
ART ANGELS – GRIMES

Grimes nunca foi alvo dos holofotes da imprensa mundial, embora seus trabalhos sempre fossem de grande influência para o cenário alternativo. Contudo, após assinar um contrato com a Roc Nation, gravadora de Jay Z, a cantora imergiu entre os títulos mainstream do mercado, tentando conquistar destaque no cenário musical com o seu meio-termo entre o eletrônico e o experimental.

“Art Angels”, o quarto álbum de estúdio da canadense, é um trabalho bastante pessoal de Grimes, uma vez que a cantora compôs e gravou suas canções sozinha, desvelando vocais sutis e sonoridades semelhantes a o que o atual cenário mainstream demanda. Tudo isso sem perder sua essência única e contrastante, que pode ser sentida em faixas como “California” e “REALiTi”.

Grimes sempre afirmou que seu estilo musical nunca conseguiria ser descrito por qualquer pessoa. “Art Angels” é apenas uma grande prova desta sentença, mostrando que é uma artista talentosa e excêntrica que, apesar de não se encaixar entre os destaques do cenário musical, ainda conquista seu diamante em meio a tantos falsos brilhantes.


11º LUGAR
SOUND & COLOR – ALABAMA SHAKES

No atual  cenário do mercado musical, onde o eletrônico e o pop tomam conta do topo das paradas de todo o mundo, a música alternativa acaba se tornando uma válvula de escape para quem está cansado do mainstream. Foi através desse conceito que surgiu o Alabama Shakes em 2012 com o álbum “Boys & Girls”, que conquistou a imprensa internacional e que teve sua fórmula aperfeiçoada no aclamado segundo disco do grupo, “Sound & Color”.

O trabalho, lançado em abril desse ano, envolve musicalidades mais bem trabalhadas e melodias simetrizadas lideradas pela voz prodigiosa de Brittany Howard, claras em faixas como “Don’t Wanna Fight”, lead single do disco, e “The Greatest”. A vocalista, aliás, é uma das grandes razões do sucesso do grupo, isso por sua unidade e seu dom em substituir timbres mais graves, como os de “Gimme All Your Love”, por tons mais sutís e graciosos, presentes em canções como “Dunes” e “This Feeling”.

“Sound & Color” é um álbum nostálgico e compacto, que consegue com destreza modernizar sons de outras décadas e em cima disso criar uma identidade própria e magnificente, sem se prender no que é seguro e apostando na expansão de sua sonoridade.

 


10º LUGAR
CHAOS AND THE CALM – JAMES BAY

Mesmo díspar do restante do catálogo de revelações musicais jovens de 2015, que conta com nomes como Shawn Mendes e Meghan Trainor, James Bay conseguiu fazer o seu nome no cenário internacional com o folk reflexivo e zéfiro de seu álbum de estreia, “Chaos And The Calm”.

O disco produzido por Jacquire King e Tom Waits, dois nomes com experiência de longa data no cenário musical, traz canções baseadas num folk contemporâneo, este construído por Bay com maestria, que se desenvolvem a partir de claras influências do pop e do soul, assim como em “Hold Back The River”, talvez o maior sucesso do cantor, e “If You Ever Want To Be In Love”. Ainda há espaço para um rock passageiro e lôbrego, como é o caso de faixas como “Scars”, um dos pontos altos do álbum.

James Bay consegue alternar com facilidade a guitarra pelo violão e a sonoridade animada pela profunda depressão e, mesmo assim, moldar um disco completo, conexo e coeso. Esta, talvez, seja sua característica de maior destaque e sua principal diferença entre as demais revelações musicais que surgem ao passar dos anos: enquanto muitos se fixam na tempestade ou no ensolarar, James vai do caos à calma.


9º LUGAR
IN COLOUR – JAMIE XX

A música pode proporcionar diversas sensações através de sua complexidade e estilos num fechar de olhos, independente do gênero. Esta simplicidade em fazer as pessoas viajarem com apenas alguns versos parece ter sido a principal proposta de “In Colour”, de Jamie xx.

O álbuns mistura tons minimalistas com ápices sonoros adversos e individuais do produtor, que nitidamente tenta construir aqui um caráter único e diferente da sonoridade do The xx. Faixas como “Obvs”, “Gosh” e “I Know There’s Gonna Be (Good Times)” são apenas comprovações da criatividade que a mente de Jamie xx carrega e soam como simples e destoantes cores num imenso espectro, facilitados pela sua ambição e insistência no experimentalismo.

A concepção de “In Colour” é ainda mais facilitada pela presença de vários convidados especiais, como Romy Madley-Croft e Oliver Sim, companheiros de Jamie no The xx, e Young Thug e Popcaan. Todos esses nomes são de grande importância para o conceito que o britânico procura alcançar no disco.

“In Colour” traz sonoridades diferentes entre si e abusa do conhecimento musical de Jamie xx, funcionando como uma opção para os órfãos de novos trabalhos do The xx. O disco consegue fragmentar em sua mente vários sentimentos e tonalizá-los com o vasto leque de possibilidades que a mistura entre a música eletrônica e o indie consegue proporcionar.

 


8º LUGAR
BLURRYFACE – TWENTY ONE PILOTS

Misturando rap e rock de maneira eloquente, o Twenty One Pilots fez seu nome e se firmou como um dos grupos mais influentes do atual cenário alternativo. Após conquistar uma legião fiel de fãs com “Vessel”, o duo decidiu elaborar um álbum diferente a fins de partir em novos rumos em sua carreira: o conceitual “Blurryface”.

O disco conta a história de Blurryface, um personagem que representa as inseguranças e receios do pensamento de Tyler Joseph, que se manifesta através de vozes grossas e editadas, notadas em faixas como “Stressed Out” e “Fairly Local”. Aos poucos, a tal entidade toma a mente do vocalista, deixando referências variadas e dissemelhantes entre si, desde as influências eletrônicas de “Doubt” até o ukulele de “The Judge” e “We Don’t Believe What’s On TV”.

Em seu conceito, “Blurryface” se destaca por conta da capacidade inquestionável do Twenty One Pilots em criar um plano de fundo complexo e combiná-lo com uma sonoridade multifacetada, mantendo a qualidade e centrando-se em seu intuito de mostrar o lado vulnerável de Tyler. A temática do disco, em suma, é muito bem explorada, compreendendo pedidos de ajuda à um “juiz superior” e instrumentais épicos e significativos de maneira colossal, sublime e inteligente.

“Blurryface” é a prova do Twenty One Pilots como um dos maiores grupos alternativos da atualidade e uma amostra da grandiosidade que a combinação dos vocais de Tyler Joseph e da bateria de Josh Dun pode trazer.


7º LUGAR
THE MAGIC WHIP – BLUR

12 anos parecem não serem suficientes para desintegrar o laço que une os integrantes do Blur e mantém amarrada sua genialidade musical. Após um longo hiato, a banda retornou em abril desse ano com o disco “The Magic Whip”, talvez a ressurreição do bom e velho britpop que parecia estar soterrado no esquecimento.

Produzido em apenas cinco dias através de sessões de gravação realizadas em 2013, “The Magic Whip” parece refletir os neons e o urbanismo de Hong Kong em conjunto com a sonoridade clássica e já conhecida do Blur, que desta vez aliou forças com muitos elementos de projetos paralelos do frontman Damon Albarn para a criação de um álbum sólido e promissor.

O disco traz várias recordações da era dourada do Blur em um mundo moderno distinto daquele em que a banda britânica divulgava suas ideias e críticas no topo da lista de álbuns mais vendidos. Fãs de longa data do grupo certamente sentirão uma inegável nostalgia em faixas como “Lonesome Street” e “Go Out”, onde é possível perceber que o tempo não afetou a sinergia entre os integrantes do quarteto. Tal união entre os músicos também pode ser notada  na expansão da banda para os horizontes da música oitentista, dando origem à canções como “Pyongyang” e “Thought I Was A Spaceman”.

Feito por acaso e sem qualquer planejamento, “The Magic Whip” surpreende e apenas ratifica a magistralidade criativa do Blur que, mesmo após tantos anos afastado do mundo musical, consegue provar a sua grandiosidade e importância em apenas cinco dias de gravação.


6º LUGAR
HOW BIG, HOW BLUE, HOW BEAUTIFUL – FLORENCE AND THE MACHINE

Um dos álbuns mais aguardados e aprovados de 2015, “How Big, How Blue, How Beautiful”, da banda britânica Florence + The Machine, veio a ser lançado como o retorno do grupo liderado pela cantora Florence Welch ao topo do cenário mainstream sob influências nítidas do indie pop que se provam imponentes a partir de sua combinação com letras teatrais e bem interpretadas.

“How Big, How Blue, How Beautiful” é um conjunto tangível de canções sensíveis que contam algumas das situações vividas por Florence, sublinhadas em passagens líricas objetivas e averiguadas. A sonoridade do disco é destoante em relação a seus antecessores, abandonando alguns dos principais protagonistas instrumentais de “Lungs” e “Ceremonials” e dando destaque ao The Machine, mas mantendo o encanto e o magnetismo responsáveis por conquistar milhares de fãs ao redor do mundo.

É possível perceber aqui a importância que foi dada à união entre a voz monumental de Florence e o papel indispensável do The Machine em canções como “What Kind Of Man”, que conta com uma guitarra arrebatadora que serve como base para os vocais celestiais da cantora, e “Caught”.

“How Big, How Blue, How Beautiful” faz jus a todo o sucesso do Florence + The Machine, consolidando-se como um dos discos mais prestigiosos de 2015 e conseguindo totalizar os vazios que apenas o tom melódico e divino da voz de Florence Welch consegue preencher.


5º LUGAR
VULNICURA – BJÖRK

Chegando ao topo da lista, temos “Vulnicura”, nono álbum de estúdio de Björk e o primeiro após o fim do relacionamento da cantora com Matthew Barney, gerando um disco sobre feridas e suas curas que cria laços com temas como as dores e as consequências do rompimento de uma relação e a convivência após esta.

“Vulnicura” foi produzido especialmente para pessoas que passam pelo triste fim de um relacionamento, soando inconveniente para qualquer outro conjunto de sujeitos fora deste. Entre tantos gêneros e subgêneros que a musicalidade do disco compreende ao lado de suas letras enternecedoras, é difícil não sentir-se em uma viagem pelas cicatrizes deixadas em nosso coração. Canções como “Stonemilker” e “Black Lake”, por exemplo, parecem se aproveitar de sua beleza orquestral para se provarem grandiosas e ao mesmo tempo sensíveis, dando méritos ao trabalho de Björk.

Em síntese, “Vulnicura” é tão imponente quanto qualquer outro trabalho da discografia de Björk e, a partir de suas propostas e ambições conceituais, consegue de 2015.


4º LUGAR
CURRENTS – TAME IMPALA

Através da evolução de sua sonoridade psicodélica e de seu pop caleidoscópico, o Tame Impala conseguiu dar vida à “Currents”, seu terceiro álbum de estúdio que marca uma nova fase na carreira da banda, que pela primeira vez se solta das deficiências e seus predecessores para a criação de algo venturoso, audaz e divisor de opiniões.

Em “Currents”, o Tame Impala aposta em uma sonoridade mais abrangente do que a de seus outros álbuns, trazendo à tona vários sintetizadores, influências eletrônicas e teclados em destaque pela primeira vez. A conciliação desses fatores fica evidente nos 7 minutos de “Let It Happen” e no single “‘Cause I’m A Man”, duas das músicas mais impactantes do novo trabalho.

Apesar de nuvens de elementos psicodislépticos contemporâneos, é possível perceber claras influências da música oitentista e do synthpop em “Currents”, que ocasionam baladas como “Yes I’m Changing” e refrões visguentos como os de “Reality In Motion”.

“Currents” é um grande divisor de águas na carreira do Tame Impala. Apesar de não agradar todos os fãs, o disco é uma nova jornada a ser trilhada pelo grupo liderado por Kevin Parker.


3º LUGAR
25 – ADELE

Há quatro anos atrás, era lançado “21”, responsável por bater diversos recordes de venda e de crítica e por catapultar Adele ao auge de sua carreira apenas em seu segundo álbum. E após anos na surdina, a cantora britânica retornou em 2015 com um dos álbuns mais esperados dos últimos tempos: o lustroso “25”.

Após a tristeza e depressão excessivas contidas em “21”, Adele quebra o clímax tétrico de seu antecessor e traz um álbum digno da voz angelical da britânica, que mantém seu timbre estrondoso ao longo das faixas e sob sonoridades de todos os tipos, desde ritmos mais animados, como os de “Send My Love (To Your New Lover”, até vocais poderosos como os de “All I Ask” e “Hello”, talvez os grandes pontos altos de todo o trabalho.

“25” também reflete a identidade de Adele e de seu pop úmido e de alta qualidade. Mesmo com uma musicalidade distinta de hinos como “Chasing Pavements” e “Someone Like You”, tudo aqui é uma marca do material que consagrou a artista e tão encantador quanto qualquer outra canção de “19” ou “21”.

Com “25”, Adele apenas prova ao mundo que mantém o mesmo nível de excelência e que está mais do que disposta para quebrar novos recordes e jornadear por novas fronteiras da música pop.


2º LUGAR
BEAUTY BEHIND THE MADNESS – THE WEEKEND

Após tanto tempo tratado como coadjuvante e passando despercebido no mercado entre várias parcerias com artistas como Ariana Grande e Drake, Abel Tesfaye, mais conhecido como The Weeknd, agitou o mundo musical em 2015 com “Beauty Behind The Madness”, segundo álbum de estúdio do canadense que rendeu grandes singles de sucesso, como “Can’t Feel My Face” e “The Hills”.

O disco é bem produzido e traz um excesso interessante de vocais conduzidos por ritmos elegantes e contrastantes de qualquer outra obra de R&B. Outra grande característica do álbum é a sua vulgaridade, que se torna uma de suas principais identidades e se prova onipresente ao longo de faixas como “Often” e “Shameless”, que carregam uma carga de sensualidade em suas batidas e letras.

Em “Beauty Behind The Madness”, a luxuosidade musical de The Weeknd acaba se tornando um dos principais componentes de sua sonoridade, acarretando composições incivis cantadas por Tesfaye elegantemente, como “Acquainted” e “Tell Your Friends”.

“Beauty Behind The Madness” é a entrada definitiva de The Weeknd no atual cenário mainstream, com participações especiais de artistas de grande reconhecimento como Ed Sheeran e Lana Del Rey e a verdadeira obra-prima do cantor, com um conjunto de faixas conexas e cognoscíveis capazes de destacar a beleza por trás de qualquer loucura.


1º LUGAR
TO PIMP A BUTTERFLY – KENDRICK LAMAR

Na primeira posição da lista, temos o incontestável “To Pimp A Butterfly”, terceiro álbum de estúdio do rapper Kendrick Lamar que carrega em si críticas em relação a temas como discriminação, escravidão, desigualdade social e criminalidade expressas pela combinação inteligente de hip hop, jazz e soul.

O álbum parece destacar de maneira natural o amadurecimento artístico do eu lírico de Lamar ao longo da demasia de críticas teatrais que, somada com a musicalidade bem polida e zelada com sabedoria pelos produtores do disco, se revelam como um conjunto coeso e bem coordenado de hinos cronistas da atual música negra norte-americana. A evolução das letras de “u” para “Alright”, por exemplo, é evidente e merecedora de aplausos.

Entre a grande difusão de ideias de Kendrick, ainda há espaço para a exposição de seus demônios pessoais  e de suas episódicas crises existenciais em meio a seu crescimento, explorados em faixas como o interlúdio “For Sale?” e “Institutionalizated”. Tal apresentação soa essencial para a musicalidade plurifacetada do disco, que procura envolver todos os conceitos manifestos nas rimas francas e perspicazes do americano e resumi-los no simples conto do desenvolvimento de um talentoso jovem em tempos de desigualdade étnica.

“To Pimp A Butterfly” é uma obra rica e monumental que, sob os cuidados de um dos rappers mais influentes da atualidade, se prova como uma pérola negra do gênero entre seu discurso afiado e suas mensagens implícitas conduzidas pelas rimas hipnotizantes de Kendrick Lamar. É, merecidamente, o melhor álbum de 2015 e uma das grandes referências da história do rap.

TOP 5: NACIONAIS

5º LUGAR
GUELÃ – MARIA GADÚ

O último álbum da nossa queridinha da MPB trouxe um aspecto introspectivo com referências brilhantes do indie que casaram muito bem com a brasilidade discreta e as novas letras. “Guelã” não se trata apenas de composições de MPB tocadas com guitarra, mas sim de um novo conceito que Gadú encontrou no processo de criação dessa nova identidade.


4º LUGAR
NORTE – NX ZERO

Prestes a fazer 15 anos de banda, os rapazes do NX presentearam o rock nacional com esse álbum que apresenta um conceito totalmente diferente dos demais. Com um mix entre indie e surf rock e letras que confirmam as novas perspectivas de vida depois dos 30, Di Ferrero e seus companheiros voltaram com um folego novo aos fones de ouvido.


3º LUGAR
TROCO LIKES – TIAGO IORC

O melhor CD de folk nacional também entra na nossa lista. Trazendo influências de MPB, mais letras em português e uma popularizada no conceito da obra, “Troco Likes” foi lançado pela Slap e -de quebra- veio acompanhado de um belo clipe com a Bruna Marquezine.


2º LUGAR
SOBRE CRIANÇAS, QUADRIS, PESADELOS E LIÇÕES DE CASA – EMICIDA

Gravado na África, o novo álbum do rei das ruas trouxe 14 faixas às prateleiras. Com uma junção entre letras cada vez mais críticas e um instrumental inusitado, o rapper trouxe consigo, também, uma lista de parcerias pesadas como Vanessa da Mata, Caetano Veloso e Rico Dalasam.


1º LUGAR
BANG – ANITTA

Depois de três álbuns e um grande DVD, a queridinha do quadradinho, trouxe o melhor do pop nacional às prateleiras de 2015. O novo CD da carioca traz 15 faixas e está entre os mais ouvidos nas plataformas de streaming no Brasil.

Por: Matheus Ramos e Gabriel Haguiô

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