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Revista TIME elege as (até então) melhores músicas de 2021

Cardi be up
Foto: Divulgação

Nesta quarta (26), a revista TIME publicou uma matéria anunciando, na visão de seus jornalistas, as melhores músicas lançadas até agora em 2021. Artistas como Cardi B, Olivia Rodrigo, Lil Nas X e Lana del Rey se destacam por seus singles que não aclamaram somente o público, como a própria revista garante sua qualidade.

A publicação inicia a matéria enaltecendo que as sete canções classificadas se diferem uma da outra, seja da originalidade de países e ritmos como liricamente.

Cardi be up
“Up”, de Cardi B, está na lista da Revista TIME. Foto: Divulgação

Veja as melhores músicas do primeiro semestre de 2021 pela revista TIME

Cardi B – “Up”

A rapper mais famosa da atualidade inicia a lista da TIME com seu recente single “Up”. O sucessor do smash “WAP” veio com tudo nesse ano. O clipe muito elogiado e a letra chiclete conquistaram a preferência de muitos e vêm consagrando Cardi como uma rapper versátil, explorando uma artisticidade exclusiva dentro do mercado do rap.

“Não há nada em “Up” que não tenhamos ouvido falar de Cardi B antes, e isso absolutamente não importa. O single nº 1 — o quinto single de Cardi — joga com todos os seus pontos fortes: a maior facilidade na torção de língua; uma batida forte que vai destruir o seu subwoofer; imagens descaradamente lascivas destinadas a trilha sonora de inúmeros vídeos do TikTok (A música já foi implantada em mais de 3 milhões de vídeos do TikTok — e também deu origem a um dos mais virais desafios de memes deste ano.) “Big bag bussin’out the Bentley Bentayga/ Man, Balenciaga Bardi back and all these bitches f-cked”, Cardi canta. Só mais um dia no escritório para o melhor provocador do hip-hop.”– comenta o jornalista da TIME, Andrew R. Chow.

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Olivia Rodrigo – “good 4 u”

O single mais vem conquistando recordes inéditos e picos de streams diários, um sucesso sem precedentes e com muito potencial. Olivia, que já obteve sucesso desde sua primeira canção de estúdio (“driver’s license”), acaba de garantir uma posição de respeito por uma renomada revista.

Olivia Rodrigo começou sua ascensão ao estrelato suavemente, com o nostálgico desabafo em “driver’s license” e a tristeza salgada de “deja vu”. Mas “good 4 u”, o terceiro lançamento do álbum de estreia da atriz da Disney, Sour, mostra que ela não é uma princesa pop sarcástica. A raiva feminina tem um lugar complexo na música; mulheres loucas nem sempre têm espaço para expressar a amplitude de suas emoções. Felizmente, Rodrigo não está preocupado com isso. Com intensidade pop-punk, ela canta e fala do seu caminho através de uma canção que é assumidamente amargo e rancoroso, com um refrão impulsionado pela guitarra que só pede uma canção catártica. Pode não ser a música que impulsiona sua carreira a novos patamares — ela já tem “driver’s license” para isso — mas pode ser apenas aquela para a qual uma geração se volta para desabafar alguma frustração.”– complementa Raisa Bruner.

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Arooj Aftab – “Mohabbat”

“A compositora paquistanesa, nascida no Brooklyn, ganhou aclamação da crítica por seu álbum contemplativo “Vulture Prince”, que se afasta das tradições musicais de todo o mundo. O destaque do projeto é “Mohabbat”, que foi adaptado de um poema da canção urdu do século XIX, ao mesmo tempo em que utiliza perfeitamente técnicas de jazz vocal e um drone de guitarra suave que lembra “Going to California”, do Led Zeppelin. Apesar do tempo de execução das 7:42 da canção, nenhuma frase parece excessiva ou desnecessária; Os vocais trêmios de Aftab criam e resolvem uma tensão na corda bamba, oferecendo uma alegre e envolvente pausa do caos do ano.” – cita A.R.C.

Lil Nas X – MONTERO (Call Me By Your Name)

O rapper prova que tudo que lança hita. Desde a sua sorte de ter comprado um sample barato e compor seu primeiro hit “Old Town Road”, Lil Nas X revela cada vez mais seu potencial artístico e vem recebendo o merecido reconhecimento por isso.

“O único problema com o último lançamento de Lil Nas X aos deuses dos charts? É simplesmente uma canção muito curta. “Montero” é persistente e insistente, uma batida improvável de palmas, lambidas de guitarra espanhola e um refrão ecoando, cantarolando, piscando em cantos flamenco e gregoriano. Isso é intencional. Em seu clipe polêmico, Lil Nas X usa a iconografia religiosa para traçar uma história de perseguição LGBTQ. Mas “Montero”, puramente como uma canção, é uma celebração contagiante do desejo: “Call me when you want, call me when you want, call me out by your name, I’ll be on the way.” É uma mensagem poderosa e liberada de uma celebridade jovem que subiu a alturas estratosféricas com “Old Town Road”, e agora está se preparando para provar que tem muito mais a dizer como artista.”– explica a revista.

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Myke Towers – “Pin Pin”

“Como os megahits “Hips Don’t Lie” e “I Like It” antes dele, “Pin Pin” depende fortemente de uma amostra pura das caixas de salsa. Desta vez, é o alegre “Periquito Pin Pin” de Tommy Olivencia y Su Orquesta. Towers dá muito espaço para a amostra respirar — mesmo gritando Olivencia no segundo verso — enquanto habilmente adiciona suas cadências de rap boom-bap sedosa. A canção — assim como o álbum lyke Myke — oferecem provas irrefutáveis sobre por que Towers é uma das estrelas que mais crescem em Porto Rico e na América Latina em geral.”, diz a revista.

Lana del Rey – “Not All Who Wander Are Lost”

Seu último álbum rendeu críticas positivas para as composições intimistas e profundas de Lana del Rey, e a canção “Not All Who Wander Are Lost” produzida e escrita juntamente com o “grammyado” produtor Jack Antonoff também foi considerada pela TIME uma das melhores de 2021.

“Quando fez sua estreia em 2011 com “Video Games”Lana Del Rey apresentou uma personagem artística muito específica: a princesa perdida da Costa Oeste Americana, uma personagem azarada seguindo o vento de uma cidade de baixa renda para outra, um homem problemático para outro. Ao longo de seis álbuns, ela não se afastou deste curso, mesmo quando experimentou elementos pop e aberturas poéticas. “Not All Who Wander Are Lost”, uma faixa de meio de álbum de sua última oferta “Chemtrails Over the Country Club”, poderia servir como uma espécie de declaração de missão de sua empreitada artística original. “I’ve been wearing the same damn clothes for three damn days/ Lincoln, Nebraska’s got me in a haze/ The thing about men like you is you’ve got a lot to say, but will you stay?”  É uma acusação e uma romantização da vida de viajante que ela incorporou em suas letras ao longo dos anos; é também, com o refrão de falsete angelical, um apelo para ser deixado para fazer o que ela gosta.”, diz a revista.

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Focalistic & Davido – “Ke Star [Remix]” ft. Vigro Deep

“Amapiano, um subgênero sul-africano que muitas vezes se casa com linhas de baixo com delicadas linhas de piano ou sintetizador, explodiu em popularidade nos últimos anos. Nesta canção, duas estrelas sul-africanas que têm turbinado pistas de dança em todo o seu país — o DJ e produtor Vigro Deep e o rapper Focalistic — se juntam ao rei nigeriano dos afrobeats, Davido, para um estrondo intercontinental bombástico. Um usuário do YouTube resumiu muito bem na seção de comentários do vídeo: “Estou me tornando um pouco egoísta com essa música com jogadas repetidas, simplesmente para ouvir os sistemas Surrounds dentro do meu carro reagirem. É louco.”, cita a TIME.

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