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Tudo que você precisa saber sobre “Duna”, novo filme com Timothée Chalamet e Zendaya

Foto: Distribuição

Desde o seu anúncio, “Duna” tem sido um dos filmes mais esperados e intrigantes dos últimos anos. Ao longo das décadas, foram várias as tentativas para adaptar um dos maiores clássicos da ficção científica ao cinema, mas pouquíssimos os recursos para recriar o mundo dos livros de Frank Herbert — até a Legendary Pictures e a Warner Bros. tomarem a frente do projeto.

Em uma das produções mais ambiciosas da história da indústria cinematográfica, a saga finalmente será retratada com a grandeza que merece. Com um orçamento multimilionário do elenco às gravações, o novo filme se consolidou como uma das principais apostas para o Oscar de 2022, com nomes como Timothée Chalamet, Zendaya e tantos outros que levaram muitos a conhecerem o universo de “Duna” pela primeira vez.

Para conhecer melhor sobre o filme, o Tracklist reuniu tudo que você precisa saber para se preparar para o lançamento de “Duna”, desde a história dos livros até os detalhes por trás de sua produção. Depois de ser adiado devido à pandemia, a obra estreia nos cinemas brasileiros no dia 22 de outubro, e 35 dias depois, estará disponível para os assinantes do HBO Max.


A história de “Duna”

“Duna” é uma adaptação cinematográfica de uma das mais renomadas ficções científicas da literatura, escrita por Frank Herbert e publicada em 1965. O livro se passa em um futuro distópico, no qual a Terra já não é mais habitada e a história da humanidade foi esquecida em meio à colonização de outros planetas, que envolveu diferentes disputas políticas e religiosas ao longo dos séculos. A sociedade é dividida entre as duas casas nobres, os Atreides e os Harkkonen, e o poder centralizado do imperador Shaddam IV, além dos tantos grupos e linhagens que compõem o universo da saga, como as Bene Gesserit.

As Bene Gesserit são uma irmandade de mulheres envoltas pelo mistério e pelo misticismo, com poderes relacionados ao controle da mente de outras pessoas e à previsão do futuro. Entre os seus planos, está o nascimento do Kwisatz Haderach, um homem que seria treinado para ter os mesmos poderes e, inclusive, ter acesso à toda a sua memória genética — o principal propósito das Bene Gesserit. 

Um Kwisatz Haderach só poderia ser concebido a partir a união genética entre as linhagens nobres dos Atreides e dos Harkkonen, o que faz com que a ordem crie um programa de reprodução para dar luz a um deles. Lady Jéssica, concubina do duque Leto Atreides e também uma Bene Gesserit, é encarregada pelas irmãs de gerar uma filha, para que pudessem casá-la com um filho Harkkonen e, assim, unir ambas as famílias. Jéssica, porém, desafia a irmandade ao conceber Paul Atreides, um filho homem, para dar um herdeiro ao duque, treinando-o para ter suas mesmas habilidades.

Foto: Chiabella James


Apesar de não saber, o duque se encontra ameaçado por um plano do imperador Shaddam IV, que o enxerga como um rival ao trono pela sua popularidade entre a nobreza. Aliando-se ao barão Vladimir Harkkonen e seu filho, Feyd-Reutha, o imperador ordena a eliminação dos Atreides, o que põe em risco os planos das Bene Gesserit ao gerar um conflito direto entre as duas casas.

O livro acompanha a trajetória de Paul, que parte de Caladan rumo ao planeta deserto de Arrakis, também conhecido como Duna: um lugar que sofre há anos pela escassez de água, no qual os habitantes devem usar trajes especiais para atravessarem os seus desertos para sobreviver. Arrakis, entretanto, é o único planeta em que se encontra a chamada “especiaria”, um bem precioso e cobiçado pelo universo que é necessário para a realização de viagens espaciais, além de estimular os poderes de presciência das Bene Gesserit e prolongar a vida do usuário.

Ao lado de aliados de sua família, Paul viaja para Arrakis e se vê em meio a diferentes conflitos e mistérios sobre o seu próprio futuro, dando início à trama sem muitas respostas ou explicações, que vão se desencadeando no decorrer da história. Apesar de “Duna” ter um universo extremamente complexo, é esperado que o filme nos apresente a uma versão simplificada do enredo para se adaptar aos cinemas.

Foto: Divulgação


Um investimento multimilionário

O diretor Denis Villeneuve foi escalado para recriar o mundo de “Duna” nos cinemas, declarando-se abertamente como um grande fã dos livros de Frank Herbert. O filme recebeu um investimento de US$ 165 milhões da Warner Bros. para ser realizado, destacando-se como um dos projetos mais ambiciosos da produtora para dar vida ao universo dos livros.

“Duna” sempre foi reconhecido pelo seu potencial cinematográfico, mas os planos de adaptar a saga às telonas sempre esbarraram nas limitações técnicas da época e nos orçamentos que a obra demandaria. As únicas adaptações a se concretizarem foi a de David Lynch, lançada em 1984 sem a aprovação dos fãs e da crítica.

Em 2016, a Legendary Pictures adquiriu os direitos de “Duna”, o que reacendeu as expectativas por uma obra digna da magnitude dos livros. Villeneuve foi relacionado para o projeto desde o início, mas o diretor pediu para trabalhar em obras como “A Chegada” e “Blade Runner 2049” antes de assumir a cadeira de diretor para ganhar confiança e experiência diante de uma adaptação tão grandiosa.

Duna
Foto: Divulgação


No novo filme, Paul é interpretado por Timothée Chalamet, que se tornou um dos atores mais badalados dos últimos anos após ter protagonizado longas como “Me Chame Pelo Seu Nome”, “Lady Bird” e “Adoráveis Mulheres”. Chani, outra das várias personagens da trama, será vivida por Zendaya, que chega como uma das favoritas às grandes premiações do cinema pela primeira vez após se destacar pelo seu papel na série “Euphoria”, que a rendeu um Emmy de “Melhor Atriz em Série Dramática” no ano passado.

O restante do elenco também conta com diversos nomes de peso que justificam o investimento multimilionário da produção: Oscar Isaac está no papel do duque Leto Atreides, Rebecca Ferguson vive Lady Jéssica, Stellan Skarsgård interpreta o barão Vladimir Harkkonen, além de vários outros atores como Jason Momoa, Josh Brolin, Javier Bardem e Dave Bautista.

As primeiras impressões sobre “Duna” na imprensa

No início do mês, “Duna” foi apresentado na íntegra pela primeira vez à imprensa no Festival de Veneza, onde foi reconhecido como um de seus principais destaques. As opiniões sobre o filme foram, no geral, positivas, tendo recebido um aplauso de pé por sete minutos após sua exibição; entretanto, há alguns pontos que os jornalistas apontaram, especialmente no roteiro.


Scott Collura, do IGN, definiu o filme como “um épico lindo mas incompleto, uma maravilha técnica que passa muito tempo preparando um terceiro ato que nunca chega”. Há também críticas mais contundentes, como a de David Ehrlich, que afirmou ao Indiewire que a obra é “uma grande decepção”, ou a de Richard Lawson, da Vanity Fair, que disse que a produção “é feita para uma sequência que pode nunca acontecer”.

Da mesma forma, muitos críticos descreveram o longa-metragem como um espetáculo visual de Villeneuve, elogiando-o principalmente pela grandiosidade da produção. Clarisse Loughrey, do The Independent, definiu “Duna” como um “O Senhor dos Anéis” da nova geração, o que nos dá uma ideia sobre o impacto do lançamento.

As opiniões divididas em relação ao filme apenas reforçam as expectativas em torno de seu lançamento, que promete registrar uma das maiores bilheterias do ano e se consagrar como uma das mais aguardadas obras dos últimos tempos. “Duna” estreia nos cinemas brasileiros no dia 22 de outubro, e será disponibilizado 35 dias depois no HBO Max.

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