Capa da edição de novembro da revista Vogue americana, Rihanna contou sobre os preparativos para seu retorno a musica, que acontecerá com o lançamento de seu próximo disco, o nono de sua carreira. A cantora também mostrou seu posicionamento sobre a política atual dos Estados Unidos e o motivo de ter recusado se apresentar no Super Bowl.
Rihanna, anteriormente, havia afirmado que seu próximo álbum terá o reggae como essência. Na entrevista, a cantora deu mais alguns detalhes sobre esse toque que decidiu adotar para o seu trabalho.
“Eu gosto de vê-lo como um álbum inspirado no reggae. Não será o típico reggae que você conhece. Mas você irá sentir os elementos do reggae em todas as faixas”. “O reggae sempre me pareceu o certo. Está em meu sangue, não importa o quão distante eu estou dessa cultura ou do ambiente que eu cresci; ele nunca vai embora. É sempre a mesma coisa boa. Mesmo que eu tenha explorado outros gêneros musicais, era hora de voltar para algo que eu nunca fiz completamente em um trabalho”.
Ao ser perguntada sobre a data de lançamento do álbum, Rihanna apenas afirmou que não tem tido tanto tempo em sua agenda para se dedicar somente a sua gravação. “Venho tentando voltar para o estúdio, mas não é como se eu pudesse me trancar por um tempo prolongado como eu tinha o luxo de poder fazer antes. Sei que tenho alguns fãs bem aborrecidos que não entendem os bastidores de como tudo isso funciona”.
Ela também aproveitou para acalmar o coração dos fãs que temem sua aposentadoria.
“Música é como falar em códigos com o mundo, em que eles entendem. É a linguagem estranha que me conecta com eles [seus fãs]. Eu estilista, a mulher que cria maquiagens e lingerie, tudo isso começou com música. Foi minha primeira ligação com o mundo. Cortar isso seria como cortar minha comunicação. Todas essas outras coisas florescem em cima dessa fundação”.
Confira as fotos de Rihanna para a Vogue!
Rihanna explica motivo de negar Super Bowl
Durante a entrevista, outro assunto bem sério veio à tona: política. Recentemente, a cantora negou a proposta de se apresentar no Super Bowl, em solidariedade à Colin Kaepernick, atleta que foi banido da liga americana após protestar durante o hino nacional, em 2016. Rihanna, assim como Colin, protestam contra a violência policial contra os afros-americanos.
“Eu não ousaria. Para quê? Quem ganha com aquilo? Não a minha gente. Eu não poderia ser vendida. Há coisas naquela organização [a NFL] com as quais não concordo de jeito nenhum, e não estava disposta a me colocar a seus serviços de forma alguma”.
A cantora também já se declarou contra o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e a forma como ele lida os episódios violentos que ocorrem no país.
“As pessoas estão sendo assassinadas por máquinas de guerra que podem comprar legalmente. Isso não é normal. Isso nunca, jamais deveria ser normal. E o fato de que isso poderia ser classificado de forma diferente por conta da cor da pele de alguém? É um tapa na cara. É completamente racista. Coloque um homem árabe com a mesma arma naquele mesmo supermercado e não haverá nenhuma possibilidade de Trump sentar ali e falar que é um problema de ‘saúde mental’. O ser humano mais mentalmente doente na América atualmente parece ser o presidente”, afirma Rihanna.