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Resenha: O incontestável poder de Demi Lovato

Demi Lovato - Topo Oficial 1
Apagam-se as luzes do Citibank Hall e a histeria toma conta das mais de 7.000 pessoas presentes na beira da Av. Das Nações Unidas. Quando nos damos conta, Demi aparece em um olhar desesperado no telão, como se pedisse ajuda, e por fim se rende à água, dando espaço para o poderoso prelúdio: “Puttin’ my defenses up”. Se eu nunca senti algo parecido com terremoto, posso dizer que os lovatics conseguiram tremer a zona sul de São Paulo.

Com vocais poderosos, luzes e uma mega produção comparada aos anos anteriores, o segundo show da “The Neon Lights Tour” começara e com ele a comoção de milhares de fãs. Com o fim do primeiro hit do CD “DEMI‘, foi a vez da antiga, mas diga-se de passagem, uma das melhores músicas de Lovato, “Remember December”, trouxe o pop-rock que seus fieis seguidores tanto sentem falta, e não decepcionou, mostrando sua verdadeira essência.

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Holy Shit, you guys are awsome!” Se eu tenho certeza se Demi realmente disse isso? Não! A histeria dos lovatics contagiava até os mais velhos, que não conseguiam tirar os olhos do palco. Até mesmo os pais cantarolavam e gritavam como se fossem adolescentes. Apesar a distribuição de som ser ótima na casa, a emoção que aquele momento transbordava fazia com que tudo se perdesse no meio das cores e o coro de “Demi, eu amo!”.

Com tantas declarações de amor, Demi arriscou uns “Oi” e “Eu te amo, Brasil/São Paulo” e ainda disse que, estava tão animada de estar em solo brasileiro que trouxe toda a família para ver o show. E conseguíamos vê-los no cantinho tímido do palco e uma poltrona rosa.

Nas músicas seguintes, Demi não abaixou o tom da sua voz e continuou demonstrando alegria ao cantar para um público tão apaixonado, mas, se a empolgação em sua voz era nata, já em seus movimentos, ela parecia um pouco preguiçosa. Enquanto 80% do show foi no centro do palco com poucas escapadas para as laterais e pulinho tímidos, os cabelos voaram para frente e para trás em todos os ritmos. Não digo que sinto falta da era “Unbroken“, quando era um show com dançarinos e atos de teatro, até queria muito que essa época de “super-star” acabasse, mas sinto falta da energia que a Demi passava de andar de um lado para o outro ou escorregar de joelhos como uma estrela do rock. Hoje, Demi também não se importa de dar continuidade a notas altas até o fim e não se arrisca muito em falsetes e graves, deixando para que as back vocals, e nós, o façamos (o que, logicamente, não nos incomodamos).

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Quando chegamos em “Warrior“, tivemos mais um discurso de superação, que mesmo que tenhamos a consciência de que isso é realmente importante para a cantora, que ajudar as pessoas é uma das suas maiores conquistas como artista, mas, em opinião própria, isso já está enjoado. Está se tornando maçante até para o mais aficionado. Mas confesso que a emoção que é colocada na voz enquanto a interpreta, emociona e pode arrepiar até os seguranças. Essa parte do show merece palmas, apenas palmas para contemplar o momento.


Durante umas das músicas mais cantadas, “Let it Go“, do filme Frozen, Demi seguiu a tradição de tirar selfies com alguns fãs que estavam à frente da grade. As músicas antigas que foram descartadas nessa tour, foram relembradas por Demi em um pequeno filme que a mostra durante sua carreira, desde os 15 em Camp Rock, até hoje, em Neon Lights. E diga-se de passagem, o momento mais engraçado do show foi quando Demi olha para sua personagem, Mitchie, e começa a imita-la no palco, como se estivesse tirando sarro de si.

“Neon Lights” começa e com ele o pedido para que o app seja ligado. Confesso que fiquei impressionada com a sincronização dos instrumentos com as luzes, então, fica a dica: ligue seu app durante a música e se divirta.

Um dos momentos mais “arrepiantes” do show é quando o telão é ligado novamente com as notícias de que ela tinha ido para Rehab (em 2010 por problemas físicos e emocionais.) e a volta por cima ganhando prêmios. A volta de Demi ao palco em um vestido preto, para mim, representou um luto pela Demi “morta”: aquela que bebia, se drogava, se cortava e tinha distúrbios alimentares. Um último grito de liberdade e que agora ela já não conseguem derrubá-la, pois ela já é um arranha-céu mais do que sólido. E para terminar a noite, o maior hit da carreira dela, “Give Your Heart a Break” foi gritado por todos os fãs, gravado, fotografado, chorado e com acenos de tchau. Por todos os lados era possível ver cada pessoa pulando ao som da batida e dizendo um até logo para Demi Lovato!

Confira algumas fotos feitas por nós:

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