A tarde em Lisboa começou com a atuação dos brasilienses do Capital Inicial. A banda subiu ao palco às 20h do horário português, porém, devido ao clima do local, toda a atuação ocorreu antes do pôr do sol.
A platéia composta por muitos brasileiros, cantou em coro canções como “Independência”, “A sua maneira” e “Primeiros Erros”, música conhecida também pelos portugueses, pois foi regravada pelos roqueiros lusitanos “Xutos e pontapés” .
Com “Should I Stay Or Should I go” do The Clash, levaram o público à loucura no recinto Bela Vista. Antes de tocar “Que País é Esse”, eles também deixaram claro a atual situação do país com seus políticos.
Depois de uma hora e meia de atuação, com direito a Dinho Ouro Preto andando pela multidão, e solos de Yves Passarell e Flávio Lemos, acompanhados das batidas e vocais de Fê lemos, a apresentação foi encerrada com “Veraneio Vascaína” , deixando o palco depois da clássica foto com o público.
Na sequência foi a vez do Queens of the Stone Age, considerada uma das melhores bandas de rock da atualidade. Os californianos fizeram todos cantarem por aproximadamente uma hora e meia, e realizaram um resumo de algumas músicas dos álbuns “Rated R” (2000), “Songs For Deal” (2002), “Era Vulgaris” (2007), deixando um espaço para o seu último trabalho “Like Clockwork” (2013).
Em cima do palco Mundo, os americanos trouxeram na mala sucessos como “No One Knows”, “Go With The Flow” e “Little Sister”, e também apresentaram suas novas canções como “My God is The Sun”.
Josh Homme, com postura de tipo duro sobre seus quase dois metros de altura, interagia com o público e entre uma música e outra tomava sua tequila acompanhado de seu cigarro.
O líder abriu a apresentação com o clássico “You Think I Ain’t Worth a Dollar, But I Feel Like a Millionaire”, uma canção potente que fez com que se formasse o primeiro “bate cabeça” do show.
Imediatamente a banda de Palm Springs misturou o tema “ Millionaire” com o apoteótico “Go With The Flow”.
Entre um “boa noite” e “obrigado”, o Queens of the Stone Age não deu nenhuma uma pausa e continuou oferecendo seu repertorio aos fãs portugueses.
Com o tema “Songs For The Deaf”, que conta com uma poderosa bateria e um solo épico, o grupo liderado pelo ex-membro da banda “Kyuss”, que nos anos 90 deu início ao estilo musical conhecido como “stoner rocker”, encerrava a noite deixando o palco para os conterrâneos do Linkin Park.
A banda mais esperada da noite, o Linkin Park, não decepcionou e tocou o seu melhor repertório para recarregar as baterias dos presentes da terceira noite do Rock in Rio 2014.
Com aproximadamente 20 anos de carreira, os californianos continuaram a saga do rock depois do grande show dos legendários Rolling Stones na quinta-feira.
O Linkin Park cativou a plateia, composta por fãs entre os 20 e 30 anos de idade, uma geração que viu a banda crescer durante a década de 2000, na sua terceira atuação no festival em Lisboa.
A apresentação começou com “Guilty all the same”, fazendo a galera pular no parque Bela vista.
Bennington gritou, correu pelo palco e interagiu com o público que cantou com ele os temas mais clássicos. Mike Shinoda, rampeava em algumas músicas e em outras tocava sua guitarra para gerar um rock escuro com toques eletrônicos, uma das principais características da banda.
A cidade do Rock seguia eufórica a cada acorde que os músicos soltavam. Na metade do show, o grupo soltou o hino “Numb”, onde era possível ouvir o coro dos fãs de fundo.
Foi então que “Mr. Hahn”, Dj e tecladista do grupo, apertou as teclas do seu piano para disparar as primeiras notas da emblemática “In The End”, sucesso do seu primeiro álbum que deu a eles reconhecimento internacional.
Em seguida foi a vez de “Faint”, uma mistura de rap e rock que define perfeitamente aquele gênero nascido nos anos 90, conhecido como “new metal”, do qual o caras do Linkin Park são fiéis representantes.
Depois de uma saída fictícia, durante alguns minutos o Linkin Park voltou com mais força e estiveram acompanhados em algumas músicas pelo Dj Stevie Aoki, que em 2013 gravou a canção da banda, “A light That Never Comes”. Logo em seguida, deixaram o palco para DJ que encerrava a série de atrações dessa terceira noite.