Com sucessos como “Hear Me Now” e “Fuego“, não é difícil encontrar adoradores da música de Alok por aí. O DJ brasileiro, que coleciona mais de 20,6 milhões de ouvintes mensais no Spotify, divulgou na última semana um single em parceria com o cantor norte-americano John Legend, eternizando mais um capítulo de sua contribuição para a internacionalização da música nacional.
“In My Mind” ganhou um videoclipe estrelado pelos artistas, gravado em São Paulo e Los Angeles. A produção mostra a história de dois amantes que percorrem vagões de um metrô ao som do single, que já acumula mais de 5,7 milhões de visualizações no YouTube.
Sobre o trabalho, o DJ não poupou elogios ao norte-americano e, por meio de um comunicado à imprensa, disse que o resultado é gratificante. “É um prazer enorme construir histórias com profissionais que sempre admirei e John Legend é um deles”, falou. E não era para menos: Legend é um dos grandes nomes da música mundial e, em sua carreira, coleciona super hits, como “All of Me”, e já venceu até um Oscar por “Glory”.
É possível valorizar a música brasileira com trabalhos em outros idiomas?
Muito se discute, na internet, sobre a internacionalização da música brasileira. Entre os comentários dos internautas, sempre aparece um tópico comum: como valorizar a música brasileira fazendo trabalhos majoritariamente em inglês?
Além do caso de Alok, outro bom exemplo pode ser encontrado quando olhamos para a carreira de Anitta. A cantora tem conquistado espaços expressivos para nomes brasileiros, como uma estátua no museu da Madame Tussauds, mas ainda encontra críticas sobre o idioma de seus trabalhos.
A questão é que, enquanto fãs, precisamos entender que canções em inglês (ou qualquer outro idioma) feitas por artistas nacionais não deixam de ser menos brasileiras só porque não são cantadas em português. Pensando na carreira de Anitta como um dos maiores exemplos que temos, “Vai Malandra” não é mais brasileira que “Girl From Rio”, que por sua vez não é mais brasileiro do que “Me Gusta”. Todas as faixas, independente do idioma, carregam a essência e identidade de uma artista com raízes e bagagem construídas por aqui.
Apesar disso, é até compreensível que alguns fãs brasileiros prefiram as faixas cantadas em português, até porque não há nada como nossa língua-mãe. Além do fato de que existem pessoas que conseguem estabelecer conexões mais sólidas com faixas cantadas em português. E está tudo bem!
A questão é que tanto a música de Alok quanto a de Anitta (ou de qualquer outro artista brasileiro), cantada em inglês, é motivo de exaltação do Brasil ao redor do mundo. E o reconhecimento dos principais artistas da música internacional é uma prova de que esse trabalho está dando certo. Brasileiros em outros idiomas já colaboraram para obras de nomes como Madonna, Cardi B, Charlie XCX, J Balvin, Iggy Azalea, Snoop Dogg e mais. E isso rende frutos!
Música de Alok: do Brasil para o mundo
O DJ é um dos vários nomes nacionais que tem ganhado dimensão internacional. Um exemplo que comprova o seu sucesso lá fora? Ser frequentemente citado nas tradicionais listas dos melhores DJs do planeta, organizada pela DJ Mag.
Em 2020, Alok conquistou sua melhor posição no ranking e ficou eternizado como o único brasileiro no top 5. A lista é definida levando em consideração o voto popular – o que deixa a conquista com um gostinho ainda mais especial e prova, mais uma vez, a popularidade de Alok.
Na época, o músico contou, em seu Instagram, que se sente muito honrado em representar o Brasil na lista. “Essa conquista me enche de amor por todo o caminho percorrido. Espero que ela desperte nas pessoas o que desperta em mim: a vontade de contribuir positivamente, impactando o próximo de alguma maneira.”
Outro fator que contribui para o sucesso do DJ lá fora são os seus números. Entre suas conquistas importantes e que colaboraram para que seu nome apareça nas listas mais cobiçadas do mundo, está a parada de eletrônicas da Billboard. Os singles ‘Hear Me Now’ (#20), ‘Don’t Say Goodbye’ (#35) e ‘It Don’t Matter’ (#27) tiveram boas colocações no chart.
Além de “In My Mind”, o recente trabalho com John Legend, Alok também ostenta parcerias internacionais bastantes populares ao longo de toda a carreira. Entre os principais parceiros do DJ brasileiro estão nomes como Dua Lipa, Tove Lo, Gavin James e Jason Derulo. Com a dona do “Future Nostalgia”, Alok produziu o remix oficial do sucesso “Physical”, além de bater um papo super descontraído com a cantora, no Instagram, para comentar sobre o lançamento. Confira:
Sucesso além das bolhas
A supremacia de Alok, no entanto, estoura as barreiras da música e consegue atingir outras áreas, como o universo gamer. O DJ é um dos mais famosos personagens do Free Fire – um dos principais jogos portáteis do momento e que ganha destaque pela inclusão e fácil acesso do público.
No game, que faz parte da categoria ‘Battle Royale’, Alok é um personagem que consegue curar outros jogadores e isso, na verdade, é o reflexo dos objetivos pessoais do artista. Durante entrevista ao Flow Podcast, Alok contou como nasceu essa característica no jogo: “Me perguntaram qual poder eu gostaria de ter na vida e eu respondi que queria poder curar as pessoas.”
Além de mostrar que Alok é uma pessoa super legal e que pensa em questões humanitárias, o personagem no Free Fire também consegue sair do jogo e resultar em mudanças reais e importantes para o mundo. Com a venda do personagem, Alok e a Garena – desenvolvedora do jogo – doaram cerca de R$5,2 milhões para projetos educacionais da Índia.
Alok também desenvolveu o próprio campeonato no game para promover a inclusão e a brincadeira. O torneio ainda distribuirá R$350 mil em prêmios para os participantes. Demais, né?
O melhor disso tudo é que os dois universos, a música e o game, tem conversado super bem na carreira do DJ. Para o Free Fire World Series 2019, Alok criou a música “Vale-Vale”. Confira o videoclipe oficial: