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J Balvin celebra o reggaeton com show de hits em São Paulo

Em sua primeira passagem pelo Brasil em cinco anos, o cantor agitou o público com seus principais sucessos no Allianz Parque

j balvin
Foto: Staff Images

O reggaeton se tornou um verdadeiro fenômeno global nos últimos anos. O ritmo se enraizou na indústria musical depois de assumir o topo das paradas, na voz e no talento único de tantos artistas latinos pelo mundo, e de lá nunca mais sair. J Balvin, um dos precursores do movimento, é não só um exemplo do seu sucesso, mas também uma explicação.

Em sua primeira passagem no Brasil em cinco anos, o cantor apresentou seus principais sucessos no Allianz Parque Hall, em São Paulo, com muita ginga e energia. Diante de um público ensandecido, o colombiano transformou o show em uma verdadeira celebração de sua carreira e, principalmente, do reggaeton como um todo.

Enquanto muitos costumam dizer que o gênero não tem tanto espaço no Brasil quanto no exterior, a empolgação dos fãs na noite deste sábado (8) pareceu ter provado o contrário. A depender de nomes tão brilhantes como J Balvin, o reggaeton tem um futuro muito maior pela frente, aqui e em todo o globo.

Um show de ginga e sucessos

Desde o show no Rio de Janeiro, na última quarta-feira (5), J Balvin mostrou ter uma conexão muito forte com o público brasileiro. Mesmo falando e cantando em um idioma diferente, o colombiano esbanjou carisma sobre o palco e soube como levantar a multidão do início ao fim.

A animação e a euforia foram as mesmas em São Paulo. Após a abertura de Gloria Groove e do Tropkillaz, o cantor subiu ao palco ao som de um de seus maiores hits, “Mi Gente”. “¿Y dónde está mi gente?”, perguntava no famoso refrão, enquanto os fãs respondiam aos gritos e recebiam o cantor em uma atmosfera acalorada que persistiria por toda a noite.

https://twitter.com/AllianzParque/status/1578912406738460672?s=20&t=o-uRRlQmOythZBq0ivD9fQ

Ao longo do show, J Balvin apresentou um repertório dançante e frenético, enfileirando vários sucessos sem dar fôlego ao público. Em seguida, “Qué Más Pues?”, um de seus hits mais recentes, foi cantada aos coros pelos fãs, assim como “Con Altura”, parceria viciante com Rosalía e um de seus lançamentos mais marcantes.

Além dos sucessos, a apresentação também foi marcada pelos efeitos especiais. Apesar de não ter uma estrutura tão grandiosa, o palco era formado por vários telões com visuais e pirotecnias diferentes para cada música — incluindo uma plataforma sobre a qual o cantor passou todo o show, dando destaque a ele e à performance dos dançarinos.

A noite, porém, não foi apenas de J Balvin, mas sim de todo o reggaeton. Em poucos anos, o ritmo conquistou um enorme público e se transformou em uma febre internacional, cativando novos mercados e criando um espaço próprio na indústria. Não à toa, o ritmo é um dos mais ouvidos de todo o mundo hoje, e o colombiano foi um dos principais protagonistas desse movimento.

O fenômeno é tão grande que ultrapassa até mesmo as fronteiras. Vários estrangeiros, em sua grande maioria da América Latina, estavam presentes na multidão, e J Balvin fez questão de acolher a todos. O astro conversava frequentemente com o público, garantindo-se que todos estavam com ele — mesmo quando os fãs brasileiros não entendiam o que era dito, retribuía com gritos e ajudava a manter a energia viva.

A impressão era de que algumas pessoas não estavam no Allianz Parque apenas para assistir ao cantor, mas para ouvir especificamente ao reggaeton. Ao mesmo tempo, o artista também não queria fazer um show somente para si, mas para o reggaeton: a apresentação teve espaço para covers, como “X”, de Nicky Jam, e para as parcerias de J Balvin, desde nomes como Dua Lipa e Cardi B até outros do gênero, como Bad Bunny e Jhay Cortez.

Sobretudo, porém, tratava-se de uma noite para os fãs. O cuidado com o público foi tão especial que a equipe até mesmo tirou fotos do público na fila para reproduzir nos telões do show

As surpresas de J Balvin para São Paulo

Para a sua performance, o cantor reuniu sucessos de todas as fases de sua trajetória, desde as primeiras músicas solo, como “6 AM” e “Ay Vamos”, até as faixas de seus trabalhos mais recentes, “Jose” (2021) e “Colores” (2020). A apresentação foi dividida entre os discos, com seções dedicadas para álbuns específicos em meio à setlist.

Entretanto, a produção também separou várias surpresas especiais para o público. Além de jogar camisetas para a audiência durante o show e até mesmo distribuir tênis por São Paulo para os fãs encontrarem, o cantor também decidiu celebrar a música brasileira: J Balvin sempre fez questão de exaltar o funk em suas entrevistas, e para homenageá-lo, o cantor convidou MC Fioti, Zaac e Tropkillaz para o seu palco para tocarem alguns dos grandes sucessos do gênero.

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Primeiro, foi a vez de Zaac e Tropkillaz serem chamados para apresentarem “Bola Rebola”, agitando os fãs de surpresa; logo em seguida, MC Fioti foi convidado para cantar o remix de “Bum Bum Tam Tam” com o colombiano. O paulista ainda continuou no palco para tocar “Luz do Luar” e “Vai Toma”, selando o encontro entre reggaeton e funk.

Já ao final da apresentação, J Balvin e seu DJ ensaiaram uma saída antes dos pedidos de bis e, de volta aos holofotes, enfileirou três dos seus mais famosos hits. “Ginza” foi o primeiro deles, levando a multidão de volta a 2015 para dançar um dos seus primeiros sucessos; “I Like It”, canção de Cardi B, segurou os ânimos e os coros dos fãs, recebendo todos os dançarinos no palco.

Por fim, “In Da Getto” deu fim à uma noite marcante para todos os fãs de reggaeton. J Balvin celebrou a caminhada que dividiu com tantos artistas rumo ao sucesso internacional e abriu uma porta para tantos outros seguirem o mesmo caminho, conquistando novos públicos e espalhando sua música para cada vez mais lugares —  uma missão à altura do príncipe do reggaeton.

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