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Imagine Dragons no Rock in Rio: o que significou os discursos de Dan?

O Rock in Rio costuma trazer ao Brasil artistas que são muito queridos por aqui e que também demonstram gostar do público brasileiro. Definitivamente, é o caso do Imagine Dragons – que retornou ao país pela quarta vez e para sua primeira vez no festival carioca.

O show no Rock in Rio, no último domingo (6), foi um dos mais lotados da edição e aconteceu pouco mais de um ano depois da apresentação muito elogiada que a banda fez no Lollapalooza Brasil 2018.

Foto por: Helena Yoshioka/Rock in Rio

Amor do Imagine Dragons pelo Brasil

O carinho por parte do Imagine Dragons ficou evidente logo no início do show. O vocalista Dan Reynolds já chegou declarando seu amor pelo público: beijou o chão e pegou a bandeira do Brasil e LGBT. Fazendo questão de estar perto do público, Dan correu para a passarela do Palco Mundo e dali quase não saiu durante todo o show. Foi um dos poucos artistas desta edição a utilizar o espaço. O baterista Daniel Platzman, o guitarrista Wayne Sermon e o baixista Ben McKee também foram muito simpáticos. Os dois últimos exploraram bastante o palco.

Foto por: Helena Yoshioka/Rock in Rio
Foto por: Helena Yoshioka/Rock in Rio

“Podemos fazer isso todo ano?”, perguntou o vocalista que claramente recebeu uma resposta positiva. Ele disse ainda que ama o Brasil por conta da cultura, das pessoas, da paixão pela música e que a energia dos brasileiros sempre o afeta de maneira positiva.

Repertório emocionante

As três primeiras músicas do setlist foram alguns dos sucessos mais conhecidos da banda: “Believer”, “It’s Time” e “Whatever it Takes”.

“Natural” foi a primeira do novo disco, “Origins” (2018) a ser tocada, e agradou bastante até quem ainda não conhecia. A próxima do mesmo material seria “Birds” – que trouxe um discurso emocionado de Dan sobre ter perdido um amigo que tirou a própria vida e a cunhada que morreu de câncer.

Reynolds também falou várias vezes sobre igualdade, saúde mental e liberdade para ser quem quiser. Discursos importantes principalmente para os fãs, que se conectam com a banda justamente por esse tipo de mensagem. Acompanhados por músicas como “Bad Liar”, “Demons” e “Hear Me”, esses momentos fizeram com o que o show fosse bastante sensível. Não era difícil ver pessoas chorando enquanto Dan falava.

Dessa maneira, a apresentação – no geral – acabou sendo mais calma. A qualidade do grupo ao vivo foi percebida ainda mais em canções como “Yesterday”, ” I’ll Make It Up to You” e “I’m So Sorry”, que contaram com solos enérgicos.

O cover de “Every Breath You You Take”, do The Police, fez o público inteiro do Rock in Rio cantar. Mas foi só no final que eles conseguiram levantar todo o festival com os sucessos do primeiro disco, Night Visions (2012), fechando com “On Top of the World e “Radioactive”.

Show para fãs

Assim, Dan Reynolds e o Imagine Dragons usam a voz e visibilidade que têm para tratar de assuntos delicados, e que se mostram essenciais para eles mesmos e para os seus fãs. Eu diria que esse show no Rock in Rio foi mais voltado para quem já era admirador fiel do grupo.

Diferente do que foi no Lolla, o público em geral só se animou muito com os singles mais conhecidos, especialmente os do álbum de estreia. Apesar do impulso só ter vindo mesmo no final, a excelente execução da banda ao vivo foi aclamada durante todo o show.

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