A protagonista de “Griselda”, Sofía Vergara, passou por uma grande transformação visual para filmar os episódios da série. A nova produção da Netflix marca o primeiro papel dramático da atriz, que teve como destaque seu trabalho em “Modern Family” como a personagem Gloria Pritchett.
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A trama apresenta a história de Griselda Blanco. Após fugir de Medellín para Miami com três filhos pequenos e um quilo de cocaína na mala, a mulher colombiana torna-se a chefe implacável de um império de drogas.
A produção vem dos mesmos criadores de “Narcos”, que conta a história do Cartel de Medellín – liderado por Pablo Escobar; e “Narcos: México”. A direção fica por conta de Andrés Baiz, enquanto Eric Newman assume o posto de diretor executivo e criador da série.
O seriado possui data de estreia marcada para o dia 25 de janeiro. Confira o trailer oficial abaixo:
“Griselda”: Sofía Vergara e equipe da série falam sobre a transformação da atriz para a série
Para interpretar Griselda Blanco, Sofía Vergara e sua equipe de produção precisaram encarar uma transformação completa de visual. O processo exigiu uma meticulosa etapa de planejamento de cabelo e maquiagem.
E isso era apenas o começo. Dos figurinos ao cenário, todos os elementos da série precisavam conversar de forma harmoniosa com a época retratada – já que “Griselda” mostra uma Miami nos anos 1970, 1980 e início dos anos 1990.
Sofia afirmou que, ao longo de todo o processo, procurou apagar a lembrança do público em relação à sua personagem na série “Modern Family”. “Eu precisava desaparecer, então, acertar no visual era muito importante para mim”, disse.
“Não queria que ninguém se lembrasse de mim nem do meu último papel como Gloria Pritchett. Queria entrar na cabeça de Griselda e entender de verdade como ela pensava, o que sentia”, compartilhou a atriz.
Segundo o diretor Andrés Baiz, transformar Sofía Vergara em Griselda Blanco significava fazê-la se sentir outra pessoa: “Qualquer diferença que deixasse Sofía mais confiante passava a ter importância, fosse na sobrancelha, no nariz, no cabelo. Ela queria sentir que era outra pessoa, mas não a ponto de uma prótese ou a maquiagem roubar a cena. Tudo precisava ser sutil”, comentou.
O criador da série, Eric Newman, também compartilhou um pouco sobre a experiência: “Fizemos alguns testes, alguns extremos demais, outros que ficaram abaixo das expectativas, mas conseguimos chegar num ponto ideal”, falou.
Equipe de maquiagem e cabelo também relatou o processo
Encontrar a estética perfeita foi um trabalho colaborativo. O processo uniu os talentos dos chefes dos departamentos de maquiagem e cabelo Angela Nogaro e Dennis Parker, respectivamente, além do maquiador de Vergara, Todd McIntosh, e sua cabeleireira Kelly Kline.
O maquiador McIntosh disse que, para ficar pronta para os episódios, Sofía passava por uma sessão de maquiagem todos os dias, que durava cerca de uma hora e meia. “Tínhamos que transformar o rosto marcante de Sofía em um rosto comum. Uma de suas principais características são as belas sobrancelhas. Ela as queria bem finas, como era comum no final da década de 1970. Então, cobrimos as sobrancelhas dela com uma prótese e colamos sobrancelhas falsas”.
Ele completou: “Daí, precisávamos colocar uma prótese no nariz e outra nos dentes para deixá-la um pouco dentuça, com os dentes meio irregulares e amarelados, já que ela fuma ao longo de toda a série”.
Para Kline, que cuida dos cabelos de Vergara há mais de dez anos, tudo se encaixou quando a equipe optou por deixar de lado a semelhança exata. “Sempre que tentávamos fazer um penteado maior ou mais fiel à época, Sofía ficava bonita demais”, disse.
“Então, todo penteado foi menos elaborado e menor do que deveria para dar um ar de realidade, sem parecer que Sofía estava de peruca. O cabelo não precisa chamar atenção na série, diferente da vida real, em que o cabelo, as roupas e o glamour fazem parte da persona da Sofía. O foco não está no cabelo e na maquiagem. O que importa é a história, e isso é fantástico”, detalhou Kline.
A showrunner, criadora e produtora executiva Ingrid Escajeda revelou que ficou deslumbrada com o resultado final. “Lembro de entrar no set no primeiro dia e pensar ‘Uau, esta é a Griselda’. E, por baixo das próteses, o charme natural da Sofía brilhava”.
Para ela, preservar este charme era essencial para resolver um problema que ela e os roteiristas enfrentaram: como humanizar uma protagonista famosa por ser violenta. “Griselda Blanco fez coisas tenebrosas. Por isso, tínhamos essa preocupação de como faríamos o público se emocionar com uma mulher tão vil às vezes, mas o charme de Sofía facilitou um pouco o nosso trabalho”, acrescentou.
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