Miley Cyrus marca o seu comeback ao lançar, nessa sexta-feira (31), “SHE IS COMING”. Como parte do projeto, ainda serão lançados mais dois EPs. O “HERE” e “EVERYTHING”, que juntos formarão o álbum “SHE IS MILEY CYRUS”. Vem então conferir o que achamos desse EP de seis faixas.
FAIXA-A-FAIXA
Mother’s Daughter
Abrindo o projeto, Miley já começa com uma faixa pra deixar a era Younger Now para trás. A música é sobre ser livre, ter autoconfiança e ser bem sucedida no que faz, e de que tudo isso só é possível, porque ela “puxou” todas essas qualidades de sua mãe. A produção consegue criar uma atmosfera levemente psicodélica e intensa, devido a predominante presença das baterias eletrônicas inspiradas no trap. É uma ótima faixa de introdução e que consegue muito bem definir o tom do resto do EP.
Unholy
Na segunda faixa, Miley já aborda mais sobre sua personalidade. Ela comenta sobre o olhar que o público muitas vezes tem sobre ela e que na verdade ela só quer se manter em paz e bem. É uma música curta e que a sonoridade ainda continua com influências do trap na batida. O clima intenso da primeira faixa permanece, só que de forma um pouco mais melancólica.
D.R.E.A.M (Drugs Rule Everything Around Me)
Chegando na metade do EP, essa é uma música curta mas que é uma delícia. É uma produção que cria uma atmosfera etérea, bem mais simples e direta, e com leve presença de guitarra. É fácil de digerir e muito boa para relaxar e passar o tempo.
Cattitude (Feat. RuPaul)
Com certeza uma das minhas favoritas! Nessa faixa, que tem parceria RuPaul, elas abordam bastante sobre atitude. Sendo uma das mais aceleradas e pop do projeto, a música transmite ao ouvinte aquela confiança e autoestima necessária. Facilmente é uma música para ouvir antes de ir para uma festa e que remete bastante a era ‘Bangerz’. Nessa música que temos o polêmico verso ” I love you, Nicki, but I listen to Cardi”
Party Up the Street (Feat. Swae Lee, Mike WiLL Made-it)
Na penúltima música, Miley traz de volta a parceria de longa data com o produtor Mike WiLL Made-it, e divide os vocais com o rapper mais em alta do momento, Swae Lee. Falando de estrutura, a faixa é a mais experimental, por logo no início já trazer “a ponte” da música e brincar bastante com os vocais no decorrer da faixa. Porém, não é um dos destaques do EP para mim.
The Most
Miley então fecha o EP com uma balada. Nela ela aborda uma letra sensível e sincera sobre seu relacionamento, e como mesmo em seus piores dias, seu parceiro estava lá por ela. É uma música que vai crescendo cada vez que você escuta e termina com uma ótima mensagem. Em termos de produção e melodias, dá para escutar algumas influências do rock/country. A música foi produzida por Mark Ronson, e fecha o projeto com um saldo positivo.
O EP tem uma atmosfera e sonoridade que lembra seu álbum ‘Bangerz’ (2013), ao mesmo tempo que tem uma certa influência de sua mixtape, ‘Miley Cyrus & Her Dead Petz’ (2015), por apresentar sonoridades mais “dreaming” e levemente psicodélica. Miley ainda experimenta em termos de estrutura musical e sonoridade. Ela mistura o pop com influências de trap, algo que atualmente está em alta no mainstream. Sendo assim, Miley consegue demonstrar as nuances de sua personalidade e balancear muito bem o experimental com o pop mais comercial. Foi um ótimo começo dessa nova era e já estamos ansiosos para ouvir os próximos lançamentos!
NOTA: 4/5