por Fernando Marques e Gabriel Haguiô
Quatro posts + 1 bônus, é apenas isso que falta para finalizarmos nosso Especial Lolla e chegarmos as vias do festival de fato. Não importa se você vem de longe, ou mora do lado do autódromo, as pulseiras já começaram a ser enviadas e a ansiedade já bate na porta.
Então vamos lá, hoje temos Brockhampton, The Lumineers, LP, Illenium, Rezz e Alan Walker.
THE LUMINEERS
Desde o início da década passada, o The Lumineers tem colaborado imensamente para a popularização do chamado indie folk. A banda é fruto de uma nova geração da americana, tendência mundial que também revelou grupos como o britânico Mumford & Sons, o islandense Of Monsters And Men e o estadunidense The Head And The Heart – um estilo que marca presença no Lollapalooza brasileiro ano após ano.
Na edição de 2020, o quarteto de Nova Jersey é encarregado por liderar essa mesma geração que, ao que tudo indica, encontra-se em declínio nos últimos tempos. Seu mais recente disco, “III”, representa uma novo respiro para o grupo, que apostou na construção de diferentes narrativas em formatos de EPs, lançados separadamente e, mais tarde, reunidos como um só álbum. O resultado é uma grande coletânea de composições de cunho pessoal, que mantém viva a essência da banda enquanto dissecam-se temas familiares e intimistas.
Boa parte do trabalho bebe da fonte que consagrou tantos outros sucessos dos americanos, recuperando o fôlego que aparentava estar em falta na atual música alternativa. Enquanto vários de seus contemporâneos seguem linhas paralelas em direção a novos gêneros, como o rock e o pop, o The Lumineers aposta em uma autorrenovação que reforça cada vez mais sua própria identidade e deve agradar seus fãs pelas próximas turnês.
Pela segunda vez em terras brasileiras, o grupo promete fazer um dos mais aguardados shows do festival. Com fortes personalidade e carisma e uma lista de hits na bagagem (vide grandes sucessos como “Ho Hey”, “Ophelia”, “Stubborn Love” e “Sleep On The Floor”), a banda pode surpreender (e muito) aqueles que a acompanharem na próxima edição do Lollapalooza.
BROCKHAMPTON
Por muito tempo uma alcunha mais chamativa do que realista, o título de “maior boyband do mundo” hoje representa os fatos para o Brockhampton. O grupo, que assim se autodenomina desde sua formação, em 2014, tem protagonizado uma ascensão meteórica nos últimos anos. Mantendo uma surpreendente frequência anual de lançamentos de aclamação crítica e popular, os americanos têm conquistado cada vez mais fãs e, sobretudo, respeito e reconhecimento em meio à indústria.
A banda, liderada por Kevin Abstract e formada por outros 12 integrantes (entre eles: cinco rappers, três produtores, dois diretores criativos, um social media e um manager – todos tratados com a mesma relevância em sua hierarquia), surgiu após uma publicação em um fórum de fãs de Kanye West e, desde então, tem procurado novas direções para seguir dentro do hip-hop. Com uma sonoridade diversificada e inovadora, o grupo aborda temáticas cotidianas, mas pouco exploradas no gênero, como a realidade LGBT, o amor próprio e as inseguranças da vida adulta – pautas que popularizaram hits como “Sugar”, “Bleach” e “Sweet” entre diferentes públicos.
Após a despercebida estreia da mixtape “All-American Trash”, em 2016, o grupo alcançou patamares inéditos com a trilogia “Saturation”, cujos capítulos foram produzidos de forma independente e lançados ao longo de 2017 com o mesmo padrão de qualidade, o que chamou a atenção da mídia e da RCA Records, gravadora com a qual a banda assinou no ano seguinte. Os trabalhos posteriores, “Iridescence” (2018) e “Ginger” (2019), buscaram novos caminhos depois do desligamento de Ammer Vann (expulso devido a acusações de abuso sexual e psicológico), levando a um estilo mais experimental e sentimental, porém não menos impactante e popular.
Em sua primeira passagem pela América Latina, o Brockhampton tem todos os ingredientes ao seu dispor para se tornar uma das grandes sensações do Lollapalooza. O grupo promete conquistar ainda mais corações em abril com uma apresentação enérgica e intensa, dividida entre as faixas mais vibrantes e as baladas acústicas que tem caracterizado a sinuosa trajetória dos americanos. A esse ponto, não há motivos para subestimar da maior boyband do mundo – título que hoje não precisa mais de aspas.
ALAN WALKER
O Norueguês de prodígio de 22 anos é um dos grandes destaques da música eletrônica que vem para o Lollapalooza Brasil 2020. Desde 2014 produzindo, quando ainda tinha 16 anos, Alan teve um sucesso meteórico com o smash hit ‘Faded’. Apenas no YouTube, são mais de SETE BILHÕES de visualizações em todo o canal. Inclusive um fato curioso, por muito tempo algumas pessoas achavam que Alan era também Marshmello, o que foi comprovado ser impossível por conta do conflito de datas.
Alan já trabalhou com grandes nomes da indústria musical e se consolidou como um precursor em seu gênero na EDM. Trabalhando com nomes como Ava Max, Guy Sebastian, Noah Cyrus, entre outros.
Por ser jovem e ser extremamente talentoso, Walker tem a capacidade de flutuar entre os gêneros sem que seus fãs deixem de o acompanhar. Esta é a terceira vez que o artista vem ao Brasil e sempre trazendo um show repleto de hits e que cativa o público. Se você gosta de música eletrônica, não pode perder o show do Alan Walker.
ILLENIUM
Lollapalooza, EDC, Ultra, Bonnaroo, Coachella, Electric Forest, entre outros. Illenium gabaritou o que chamamos de wish list dos festivais. Responsável por redefinir a música eletrônica melódica, Illenium chega ao palco do Lollapalooza Brasil como uma das principais revelações da indústria musical.
Em 2014, Nicholas, mais conhecido como Illenium, começou a lançar singles a fim de montar sua base fãs. A partir de 2016, ele começou a lançar discos completos. Hoje, com 3 discos debutando no topo dos charts eletrônicos, Illenium está consolidado como um dos maiores artistas da atualidade.
REZZ
Estão prontos para serem levados a outro mundo? Rezz promete (e cumpre) levar o público para um outro patamar. O Tracklist já teve a oportunidade de ver um show dela e foi uma experiência digna de aplausos.
Isabelle é canadense e conta com mais de 50 milhões de reproduções apenas no Spotify. Sua turnê chega ao Brasil pela primeira vez. E sim, Rezz é a garota que usa os óculos que brilham em sua apresentação. Espere por nada menos que um espetáculo audiovisual completo.
LP
Apesar dos 38 anos de idade e de sua carreira relativamente longa, Laura Pergolizzi ganhou destaque na indústria fonográfica apenas nos últimos anos, usando a sigla de seu próprio nome, LP. A cantora nova-iorquina foi descoberta no início do século, mas se afastou dos holofotes após declarar guerra às grandes gravadoras, abandonando seu contrato com a Def Jam e dedicando-se a lançamentos independentes e composições para outros artistas – o que a aproximou de nomes como Rihanna, Christina Aguilera, Backstreet Boys e Rita Ora.
Ao passo em que retornava ao cenário mainstream, LP também conquistou fãs de uma nova geração, que em abril terão a oportunidade de assisti-la no Lollapalooza brasileiro. Desde que assinou com a Warner Bros. Records, em 2013, a americana tem assistido sua carreira decolar pelo globo – principalmente após o surpreendente sucesso de “Lost On You”, lançada quatro anos depois com um álbum de mesmo título. Repentinamente, a cantora se relançou para um público e uma indústria diferentes, mas se mantendo sempre a mesma, sem abrir mão da sonoridade alternativa e da potência vocal que a consagrou.
O festival marca a primeira passagem de LP pelo Brasil, onde se apresenta como uma surpresa em meio à line-up. Entretanto, deve bastar pouco de seus talentos e de seu carisma para a cantora encantar o Autódromo de Interlagos daqui a exatamente um mês, trazendo seu estilo único para mais uma nova multidão, pronta para se apaixonar pelo seu trabalho.