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Entrevista Parte 2: JoJo fala de feminismo, inspirações e indústria musical

Na última quarta-feira, 9, publicamos a primeira parte da entrevista com JoJo, Joanna Levesque. Na entrevista previamente publicada, a cantora falou de seus projetos futuros, intenção de vir ao Brasil, seu novo álbum e parcerias do sonho. 

 A segunda parte foi feita por email, por falta de tempo, e tivemos a resposta nesta sexta-feira,11. Dessa vez, ela explicitou seu ponto de vista em relação ao feminismo, contou o que têm escutado ultimamente e também as diferenças entre sua fase atual e início de carreira. 

 

O que traz inspiração a você? O que têm escutado? Você tem alguma playlist que possamos seguir?

Eu não posso evitar ser movida e moldada com o que acontece à minha volta. A vida é a maior inspiração. Tem muita coisa pra tirar se você se manter sensitivo, com os ouvidos, olhos e coração aberto. Ultimamente, tenho escutado Gallant, NAO, dvsn, Anderson. Paak, Drake e Solange.

 **Confira nossa playlist com base nos artistas citados por JoJo nas duas partes da entrevista:

Do que se trata a música “Clovers”, do álbum “Mad Love”?

Lidar com a depressão e dúvidas pessoais. Encontrar a luz na escuridão. Um metafórico lugar feliz.

Em seu primeiro contrato de gravação você era muito jovem… Sobre esse momento na sua vida: você se sentiu vulnerável? Você pensava que o desejo de outras pessoas eram mais importantes que os seus? Hoje, a pressão da indústria é igual ou é diferente?

Quando eu penso sobre a época em que assinei meu contrato aos 12 anos, eu me lembro de estar incrivelmente animada! Eu não fazia ideia do que esperar, nem das diversas coisas que envolvem fazer uma carreira na indústria musical. Quando eu fiquei mais velha e mais ciente da expectativa das pessoas, muitas vezes senti como se minha opinião não importasse. Alguns poderosos, provavelmente, sabiam mais que eu. Eu não sei se a pressão da indústria é maior ou menor hoje do que quando eu comecei. Eu provavelmente sinto mais agora (a pressão) porque estou mais acordada e ciente. Mas eu tento fazer uso construtivo desse conhecimento e focar no que parece ser certo pra mim.

O álbum “The High Road” completou 10 anos três semanas atrás. O que mudou na sua vida desde 2006? O que você diria a uma versão mais nova de si mesma?

Considerando que eu era uma adolescente ingênua que cantava sobre coisas que não sabia, agora eu sou uma mulher jovem e madura com muita experiência e um ponto de vista. Tudo mudou dentro de mim. E ainda continuo mudando, progredindo. Para meu antigo eu, diria: “não tente crescer tão rápido”. E também: “pratique piano”.

Você percebe que suas canções como, “Exceptional” e “How To Touch a Girl” por exemplo, foram influência para jovens garotas que nasceram nos anos 90 e mesmo depois disso? Elas eram praticamente um hino feminista, não eram?

É incrível. Eu não pensava nelas como hinos feministas na época. Mas, se alguém vê dessa forma, é lindo e eu agradeço.

Falando de Feminismo, você se considera feminista?

Claro. Por definição, o feminismo envolve defender e acreditar na igualdade de direitos entre homens e mulheres. Em nenhum lugar é dito que feministas não gostam de homens. Eu amo homens. Nós precisamos de homens e mulheres em um mesmo nível. Todos deveríamos ser feministas.

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