Nesta sexta-feira (7), chegou a todas as plataformas digitais o primeiro álbum de Lou Garcia, “KARUMA”. Para divulgar o novo trabalho, a cantora estreia seu primeiro show neste sábado, 8 de julho, na Casa Rockambole. Em entrevista ao Tracklist, Lou Garcia, ao lado de seu produtor Gustavo Schirmer, conta como estão as expectativas para a apresentação.
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Veja o que esperar do show (ingressos disponíveis aqui), um pouco de como foi a produção de “KARUMA”, quais canções a dupla está mais ansiosa para tocar ao vivo e mais no papo a seguir!
Entrevista: Lou Garcia fala do show de São Paulo
Tracklist: Como estão as expectativas para o show de São Paulo?
Lou Garcia: Estou muito ansiosa. Eu sou uma artista muito do online ainda então, na verdade, não estou muito acostumada ainda com isso de ver as pessoas, até porque eu fiquei muito tempo em casa, fazendo músicas, compondo… Eu sempre fui de lançar música, mas eu nunca fui de fazer shows. Vai ser meu primeiro show, estou bem ansiosa.
Eu cantei algumas músicas na ação que a gente fez na Liberdade [São Paulo], encontrei alguns fãs meus da Central, foi muito divertido. Eu nunca tinha sentido isso, de sentir as pessoas receptivas, cantando. Estou muito mais na expectativa para o show agora, porque vai ter mais gente.
Então está pronta para ver seus fãs de perto?
Lou Garcia: Sim! Eu tenho certeza que vai todo mundo gritar, porque sei que está todo mundo indo para me ver. É o primeiro show do [Gustavo] Schirmer também! Está todo mundo bem ansioso.
Schirmer: Sim, bastante. Fizemos esse disco com tanto carinho, tanto amor. A gente decidiu sentar e fazer o álbum desde outubro do ano passado.
Lou Garcia: E ainda vai ser lançado agora, um ano depois de “Não Fosse Tão Tarde”, 07/07.
Legal. Isso foi planejado, não?
Lou Garcia: Então, quando eu lancei “Não Fosse Tão Tarde”, eu já tinha lançado “Bateria Social” antes, 05/05. Eu estava nessa vibe de lançar música em datas iguais e tal, e quando ela hitou (bem no começo), lembro de um momento quando abri o Spotify, estava o número 7.777 de streams. Na hora eu pensei: “Por que que eu não lanço um álbum um ano depois?”.
Para o show, vocês têm uma música que estão mais ansiosos para tocar?
Lou Garcia: Acho que “despedida”. É uma música que tem muita emoção. Estou muito ansiosa para, quem realmente parar para escutar o álbum, ouvir a música e cantar gritando lá comigo. É uma canção bem emocionante.
Ela que fecha o show?
Lou Garcia: A gente vai ter um bis. A última que vai fechar é “Não Fosse Tão Tarde”, mas ela é a última – e última do álbum também.
Schirmer: Acho que “despedida” é a que mais estou ansioso para ver também.
Lou Garcia: Estou ansiosa também com “sen(ti)r perdeu a graça”, que vai ter a cena com isqueiro.
Schirmer: “ainda te busco” é uma que eu quero muito ver a reação da galera ouvindo. É uma pergunta difícil!
Lou Garcia: “ainda te busco” vai ter interação, com um momento em que vou pedir para o público repetir… Vai ter uma música também que, umas fãs minhas pegaram o registro de músicas e acharam uma chamada “Puro Osso”, que é uma das primeiras canções que eu já havia escrito. E aí, antes de eu lançar “sen(ti)r perdeu a graça”, elas falaram: “Já sei qual vai ser a próxima música: ‘Puro Osso’!”.
Acabou que “Puro Osso” não entrou no álbum. Na ação [de São Paulo], eu falei para elas que eu vou cantar essa música ao vivo, mas depois elas foram conferir na tracklist do disco e não tinha essa faixa. Aí, elas começaram a falar mal de mim (risos). Vou cantar ao vivo, olhando para o rosto delas!
A gente ainda vai lançar [a música], só temos que mexer um pouquinho. Ela é muito bonita. Estou ansiosa para as fãs escutarem ao vivo e principalmente falar com elas no show antes de apresentá-la. Vão saber que é exatamente para elas.
Que demais. Achei que o show teria somente músicas do álbum.
Lou Garcia: Eu tenho músicas de antes que as pessoas meio que me cobraram… fazendo drama, né? Meus fãs são tão dramáticos quanto eu (risos). E aí a gente colocou “pra quando estiver só”, que é uma canção de 2020, e “Puro Osso” foi por conta das minhas fãs, porque elas estavam muito ansiosas para escutar e é uma música muito bonita.
Tem outras músicas também que não estão no disco, que são mais antigas, tipo “Quem Me Dera”, “Todo Mundo (Menos Eu)”, “Não Fosse Tão Tarde”… se eu não cantasse essa, acho que o povo iria embora, não ia nem entrar no show (risos).
Vai ser um show bem completo, então!
Lou Garcia: Faz bastante tempo que estamos ensaiando.
Schirmer: Verdade. É para ser a experiência mais bonita para eles possível.
Lou Garcia: E o Schirmer estava falando sobre a produção, que o disco é todo feito com timbres manuais.
Schirmer: É tudo analógico. Cada pedacinho dele foi construído do zero para que tudo fizesse sentido do nosso jeito. O beat, por exemplo, é de sintetizadores analógicos mesmo, a gente não usou nada de internet, nada pronto. Tudo é gravado. É um disco feito a mão de verdade. É uma consequência de tudo o que toca a gente. Nós colocamos muita verdade nesse disco.
Lou Garcia: Tem muito amor nesse álbum. Eu espero que seja recebido com bastante amor também.
Qual a primeira impressão que vocês querem que as pessoas tenham ao ouvir “KARUMA”?
Lou Garcia: Eu quero que as pessoas se identifiquem. Apesar das letras serem meio tristes, porque é um álbum bastante íntimo da minha parte, espero que as pessoas se identifiquem com as letras e a vibe. A gente sempre pensou nesse álbum como algo único, então tudo o que a gente fez de melodia foi sempre muito do coração. O “KARUMA” é praticamente minha alma lapidada em 10 músicas.
Foi difícil esse processo de transmitir os sentimentos para as músicas?
Lou Garcia: Eu lembro que, na época em que eu estava escrevendo, eu estava passando por algumas coisas bem difíceis. Mas, eu consegui soltar tudo na música. Acho que a parte mais prazerosa de escrever é conseguir passar tudo o que você tem que passar em letra, melodia… o Schirmer me ajuda muito nisso, que ele sempre traz a vibe das músicas.
Lembro que, quando estávamos fazendo “sen(ti)r perdeu a graça”, eu estava muito mal, tinha acabado de voltar de uma viagem. Então, no entusiasmo de compor, chegamos no estúdio umas três horas da tarde e só saímos às três horas da manhã com a música pronta. Foi um processo muito intenso. Por isso que eu falo que tudo tem muito coração envolvido.
Schirmer: Eu sinto de você que teve muitas curas no processo também.
Lou Garcia: Muito. É praticamente um desabafo. Eu sinto que, depois que eu escrevi as músicas, elas meio que ficaram registradas, mas ao mesmo tempo o sentimento que eu tinha eu superei bastante. Isso da música é muito bom.
Acha que daqui uns anos, quando olhar para trás e ver seu primeiro álbum, vai relembrar como superou esses sentimentos?
Lou Garcia: Acho que sim. A música, no geral, carrega muito sentimento. Eu acho muito impressionante como o sentimento fica preso na música. Então, mesmo que eu tenha superado, quando eu cantar eu vou lembrar do que eu sentia quando escrevi. Acho que é um dos processos mais legais de escrever música, é realmente sentir que você não só colocou melodia, ou só escreveu uma letra…
Schirmer: Uma máquina do tempo mesmo.
Lou Garcia: Sim. É um pedacinho da sua alma.
O show de Lou Garcia acontece no próximo sábado, dia 8 de julho, às 19h na Casa Rockambole, em São Paulo. Os ingressos custam entre R$ 55,00 e R$ 110,00 e estão disponíveis via Sympla em até 12 vezes, mais a taxa de conveniência na compra online.
A meia-entrada é válida para estudantes, professores e artistas. Há ainda a opção de meia-entrada social, voltada para o público geral, mediante a doação de um quilo de alimento não perecível, livros, roupas ou agasalhos.