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Entrevista: Lou Garcia fala sobre seu álbum de estreia, “KARUMA”

O disco, que conta com singles como “te querer tanto” e “incendiou”, será lançado dia 7 de julho

Foto: Reprodução Instagram

A cantora Lou Garcia está para lançar seu grande álbum de estreia, “KARUMA”, no dia 7 de julho. O disco traz dez músicas e a contribuição da dupla Gustavo Schirmer (produção) e Nico Braganholo (mix e master). Em entrevista ao Tracklist, a artista detalha sobre o projeto, comenta sobre o single “incendiou”, videoclipes, live de Dia dos Namorados e mais!

Entrevista: Lou Garcia fala sobre álbum “KARUMA”

Tracklist: Então, a gente quer saber mais sobre o seu próximo álbum, “KARUMA”. Como estão as expectativas para o lançamento?
Lou Garcia:
Eu estou muito ansiosa. Então estava conversando sobre isso, quando estávamos gravando o clipe da música que vai lançar junto com o álbum, “te querer tanto”. Estou com a expectativa muito alta para todo mundo ouvir o que a gente vem trabalhando há bastante.

Já faz um ano desde que a gente começou com o projeto, desde “Não Fosse Tão Tarde”, e o álbum vai ser lançado agora, dia 7 de julho, que é literalmente um ano depois de onde tudo começou. Estou muito feliz de ver todo o processo e ver como eu e o Gustavo Schirmer [produtor] fomos evoluindo a cada música que a gente fazia.

Inclusive, “te querer tanto” foi uma das primeiras músicas que a gente fez, então estou muito ansiosa para todo mundo ouvir e ver o projeto audiovisual que a gente está construindo desse universo “KARUMA”.

É diferente lançar um álbum para lançar um single, né?
Muito! É toda uma história. Nesse álbum, todas as músicas são muito ligadas, realmente contam uma história. Estou muito feliz com tudo.

No clipe do seu single “incendiou”, o clipe traz participações de DAY LIMNS e Number Teddie. Como foi esse convite?
Surgiu a ideia do meu novo videoclipe e eu queria muito que tivesse uma coisa tipo, “eu e a minha gangue indo fazer algo no meu universo ‘KARUMA’”. Então, pensei em quem seriam esses “capangas” que me ajudariam. Como já somos muito próximos, só conseguia pensar neles. E foi a escolha perfeita, porque foi tudo muito perfeito. Se a produção tivesse escolhido outras pessoas para mim, não teria sido a mesma coisa.

Ah, legal! Então vocês já são grandes amigos.
Sim! Foi, de longe, uma das gravações mais confortáveis que já participei. Estava conversando sobre isso e eles também se sentiram bem confortáveis. Foi uma experiência incrível, realmente algo imersivo. A gente gravou na rua, em um fliperama, muito anos 80. Até o dono do local tinha uns fliperamas que ainda funcionavam, que existem há 20 anos. Foi muito divertido.

Eu li aqui que é uma música que tem mais esse “tom de deboche”. Como foi o processo de composição da letra?
Você acredita que ela começou como um reagge?

Sério?!
Eu e o meu produtor entramos muito em processos de começar algo muito diferente, e aí depois a gente vai transformando na estética. Começamos a fazer pelo refrão, e eu lembro que eu fazia uma voz de reggae, mas aí entravam as guitarras… era muito nessa vibe.

Ela foi escrita sobre tanta coisa. Fala sobre sentir muito por alguém, e acaba que, às vezes, você não é correspondido do jeito que você imaginava, mas ao mesmo tempo, sabe que a pessoa sente a mesma coisa, mas que está lutando contra isso. É esse tom de deboche: “para que você está lutando contra isso, se você sente a mesma coisa que eu?”.

Eu canto assim: “você não me engana / me quer na tua cama / você não me engana não”. É óbvio que você está “me querendo”, mas você “não tem coragem de viver o que está querendo viver”.

São muitos sentimentos envolvidos. Mistura raiva, tristeza também. Na última parte da música, eu faço referência a “Não Fosse Tão Tarde”. Eu canto: “se não funcionou / você não que não quis / e agora já é tarde demais”. Em “Não Fosse Tão Tarde”, é assim: “não funcionou porque fui eu quem não quis / eu sei, eu sei”. 

Que incrível. Todo o seu processo criativo envolve isso de transformar uma coisa em outra? Vem do momento, da vivência…?
Sim, muito. Eu não consigo escrever sobre coisas que eu não sinto. Da pandemia para cá eu fazia muitas músicas, mas as que eu escrevia não tinham muito significado. Não escrevia muito sobre a minha vida, era mais sobre pensar em qual se encaixava em tal melodia que eu estava fazendo, ou o que fazia mais sentido – não de sentimento, de composição mesmo.

Então, desde o ano passado, no pós-pandemia, eu pensei: “Eu escrevo tão bem, por que não escrevo sobre as coisas que realmente eu sinto?”. Porque é isso que faz as pessoas se identificarem mais. Quanto mais você escreve sobre o que você sente nas músicas, quanto mais real é isso para você, mais real é para as pessoas.

Eu comecei com esse projeto faz mais de um ano, em que venho escrevendo só sobre coisas que realmente acontecem na minha vida. Isso se tornou muito mais significativo para mim, porque eu sei que as pessoas que estão me escutando vão estar me acompanhando porque se identificam comigo. Isso me faz ter um incentivo a mais para compor.

Muito mais sincero também, né? Bem legal isso.
Sim. Assim… é uma preocupação as pessoas se identificarem com as minhas músicas, né?! Mas, se identificar também tudo bem, é só arranjar um terapeuta, está de boas (risos).

Esse seria o seu conselho para os seus fãs?
Não é nem dica, é uma coisa que eles me cobram! (risos). “Você vai pagar minha terapia”, ou “Lou, minha terapeuta sabe seu nome e seu endereço”, é algo que eles sempre comentam. Mas eu prometo que vem música feliz, essa era vem!

Você comentou bastante sobre as letras, e a sonoridade do novo álbum? Tem ouvido algum artista ultimamente que te inspirou?
Ultimamente, eu tenho ouvido bastante Caroline Polachek. Mas, acho que ela está sendo inspiração para um próximo álbum. Para esse, eu e o Schirmer não usamos referência de nada, basicamente. Só referências de entrar na vibe do estúdio. A gente se trancava no estúdio, ele só pegava a guitarra, começávamos a brisa de uma melodia… não tinha nada específico que a gente escutava, mas acho que fomos a nossa própria referência, acho isso muito legal.

Bem criativo! Um processo mais solto, livre.
Muito. A gente entrava no estúdio de dia e só saía à noite. Era algo que nem víamos o tempo passar. Eu acredito muito que eu e o Schimer somos almas gêmeas da música, é algo muito de conexão, ele é muito meu irmão. Foi muito gostoso de trabalhar todos os dias com todo mundo, considero eles a minha família. Foi um processo muito acolhedor.

Vi que vai ter live de Dia dos Namorados também, isso?
Sim, “Triste Dia dos Namorados”!

O que pode contar mais sobre ela?
Então, para que Feliz Dia dos Namorados se a gente tem também o outro lado do público? Aquele dos oprimidos, que não são lembrados, os solteiros? Vai ser uma vibe bem gostosa para quem não tem companhia no Dia dos Namorados [12/06].

Vai ser uma live que eu vou cantar as minhas músicas e umas inéditas, inclusive, que são do álbum. Tem uma vibe bem romântica, sabe? Um romântico triste, só que ao mesmo tempo aquele triste de se pensar: “O que que eu estou fazendo sentado em casa? Vou procurar alguém!”.

Será algo acolhedor para as pessoas que não tem nada para fazer. Acho que, para os meus fãs que sofrem muito comigo na música, vai ser algo muito icônico. Eles estavam até comentando que não tinham nada para fazer e que a live salvou a noite deles. Será muito divertido!

Vou cantar Lana Del Rey, The Neighbourhood – que é a minha maior referência de todos. Está tudo bem bonitinho, muito fofinho! Vou estar usando um pijama de coelho, a banda toda estará caracterizada, vai ter um coelho gigante no estúdio, vai ser bem fofo.


A live “Triste Dia dos Namorados” acontece no próximo dia 12/06, às 20h, exclusivamente no TikTok de Lou Garcia, no link: https://www.tiktok.com/@lougarciia.

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