Linsey Urrea é uma cantora e compositora nascida e criada na Califórnia. Apaixonada por música desde nova, cresceu passando incontáveis horas na sua garagem ao lado de seu irmão, Noah Urrea (ex-integrante do Now United). Em entrevista ao Tracklist, Linsey detalha sobre seu novo single “Still In Love With U”, responde se terá um feat com seu irmão, fala sobre sua carreira musical e mais!
Entrevista: Linsey Urrea
Tracklist: O que pode nos contar mais sobre as inspirações e processos de escrita do novo single, “Still In Love With U”?
Linsey: Quando eu escrevi a música, eu estava no meio de um processo de rompimento de um relacionamento. Eu já tive términos antes, mas pela primeira vez eu quis estar com alguém que não queria nada comigo. Eu estava em um lado completamente diferente do coração partido.
Então, fui ao estúdio, com o meu produtor, um artista e compositor incrível, e eu me senti super vulnerável e confortável com ele, compartilhando o que eu havia vivenciado. Mas eu não queria fazer uma música triste. Eu queria fazer algo que eu pudesse gritar, dançar no meu quarto e jogar todas as minhas emoções fora.
Eu fui bem inspirada por No Doubt, Avril Lavigne – que se tornou uma grande inspiração para as músicas que serão lançadas este ano. Quis fazer algo que, de certa forma, aliviasse a minha dor e eu trabalharia nela para fazer algo divertido e otimista.
Esse processo de transcrever os sentimentos foi difícil? Ou sentiu que foi algo natural?
Nós escrevemos essa música em cerca de duas horas. Meio que fluiu da gente. Digo, eu só fiquei falando o tempo todo sobre como eu estava me sentindo e tudo se transformava na letra [de “Still In Love With U”]. Eu sinto que, quando você faz seu melhor som, é quando você está se sentindo muito inspirado, você está passando por algo que está muito próximo de você. A música simplesmente saiu de nós.
E como tem sido o feedback até agora de seus fãs e pessoas ao redor?
Tem sido o melhor até agora, comparado aos meus poucos lançamentos anteriores. Eu estava um pouco nervosa de lançá-la, porque ela é bem diferente da minha música anterior, mas eu sinto como se fosse o sinal de uma nova era.
Eu também lancei um vídeo para o single, foi o meu primeiro clipe. Acho que isso dá aos fãs mais material para interagir. E há artistas incríveis comigo, todas meninas, elas são maravilhosas. Emi Grace, Jordyn Rae e Alexa Rae têm suas próprias fanbases específicas também. Então, foi tipo uma colaboração legal que eu sinto que está trazendo bastante olhares novos ao projeto.
Sobre o clipe, ele dá uma vibe bem nostálgica. O que mais pode nos dizer sobre ele?
Sim! Por a música ter sido inspirada pelo início dos anos 2000, até o final dos anos 90, eu realmente quis mostrar isso no videoclipe também, para meio que entrar na vibe e criar esse mundo.
No meu cotidiano, eu amo filmes, clipes e a moda dessa era. Então, eu me inspirei em filmes como “10 Coisas que Eu Odeio em Você” (1999) ou “Sexta-feira Muito Louca” (2003), todos esses longas que eu cresci amando. Eu quis prestar uma homenagem a eles, e acho que nós fizemos um bom trabalho nisso.
Todos os clássicos, né?
Sim!
Qual foi sua parte favorita de gravar o clipe?
Todo o processo foi muito divertido. Nós gravamos tudo em um dia, então foi um dia bem cheio. Acho que a minha parte favorita gravando foi a cena do quarto, quando estou pulando na cama, ouvindo música no meu headphone.
E quando estávamos filmando, eu estava no chão, havia duas pessoas próximas a mim, uma à minha esquerda e outra à direita, e eles tinham todos esses adereços, com o diretor gritando: “Dêem a ela o pirulito! Agora o chiclete! E agora a guitarra!”. Eles me entregavam essas coisas e eu estava tipo, improvisando. Foi uma memória divertida.
Também adorei a maneira como essas cenas acabaram no videoclipe. E há todas essas pequenas bugigangas ao redor da sala que meio que pagam tributo às coisas que eu gostava enquanto eu crescia ou coisas que tínhamos em nosso estúdio. Sim, essa foi provavelmente a minha parte favorita.
Você parecia bem feliz mesmo! Queria saber um pouco de como foi a sua introdução à carreira musical.
Eu e Noah [Urrea] são ambos músicos, mas nossos pais não. Digo, eles são um pouco, mas não cantam ou tocam instrumentos. Já eu, desde pequena, amava cantar pela casa. Em todos os vídeos caseiros eu estava cantando o tempo todo, e Noah cantando também.
Então meus pais nos colocaram no teatro, e foi aí que tudo começou. Fazíamos teatro e coral da escola e, quando eu tinha 16 anos, comecei a escrever músicas porque Noah estava em uma banda e eles precisavam de ajuda com as letras, e eu ajudei. Depois, eu fui para a faculdade, me juntei a minha própria banda e… eu não sei, eu meio que fui parar nisso.
Eu estava com muito medo de virar uma artista. Por muito tempo, eu não conseguia ver eu mesma como artista. Mas, quanto mais eu mergulho nisso, mais fico confortável, confiante e amo [a música].
Você já tem planos para o futuro? Consegue se ver daqui a cinco anos?
Sim! Eu já tenho o ano todo programado para a minha música. Estou me preparando para lançar um EP, e neste momento nós estamos decidindo os singles. Mas, daqui a cinco anos, eu gostaria muito de fazer turnês, música, e lançar mais videoclipes, e crescendo neste mundo, conquistando as pessoas que amam música.
Recentemente, na verdade, fizemos nosso primeiro show em Hollywood com minha nova banda, e foi assim. Parecia tão certo. Então, espero que possamos continuar tocando juntos e ver aonde isso vai dar.
Ah sim! E podemos esperar um feat com seu irmão?
Bem, eu e o Noah trabalhamos muito melhor juntos. Nos bastidores, ele está sempre me dando dicas e me ajudando com ideias, e eu o ajudo com mais ideias e escrevemos músicas juntos, sabe? Mas não sei se vamos lançar algo juntos em breve. Porém, em algumas das canções, se você ouvir atentamente, vai conseguir ouvir de vez em quando a minha voz de fundo fazendo a harmonia e vice-versa nas músicas [já lançadas]. É isso que planejamos.
Sobre minha última pergunta, eu notei que há uma bandeira do Brasil pendurada no seu videoclipe. Qual sua relação com o país?
Sim! A bandeira foi bem intencional. Eu queria mostrar o Brasil no clipe porque o país é muito especial para mim. O apoio e amor pela minha música e minha jornada como artista me ajudaram muito, e eu sou eternamente grata. Eu queria mostrar isso no vídeo de alguma forma, então nós penduramos isso como se fosse minha maneira de dizer “obrigada por seu apoio, e eu quero voltar em breve”.
Você tem alguma memória no Brasil que queira compartilhar?
Sim, o Brasil foi incrível! Bem, primeiro de tudo, ver o Now United fazendo seus shows foi uma coisa que eu nunca vou esquecer. É uma experiência que muda vidas.
Eu também fiz um meet and greet enquanto estava lá. Quando encerrei os encontros, eu literalmente virei a esquina e comecei a chorar, porque era tudo tão legal. É difícil quando você tem fãs que estão longe e você interage online, mas realmente conhecer pessoas e poder segurar suas mãos, dar-lhes um abraço e conversar com elas, isso me deixou muito emocionada. Eu estava muito grata por essa experiência.