Parece mentira, mas não é: “Born To Die“, o álbum responsável por levar Lana Del Rey ao estrelato, completa 10 anos nesta quinta-feira (27), quando foi lançado primeiramente na Alemanha e na Irlanda – o disco chegou aos Estados Unidos no dia 31 de janeiro. Passou rápido, não é mesmo?
Ao todo, o álbum reúne 12 faixas, sendo “Video Games” e “Born To Die” lançadas como singles antes do lançamento do álbum. Já “Blue Jeans”, “Summertime Sadness”, “National Anthem” e “Dark Paradise” foram liberadas como singles posteriormente.
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Relembre o impacto de “Born to Die”, de Lana Del Rey
O maior canal para sua divulgação orgânica foi, sem dúvidas, o Tumblr. Lembro de estar a todo momento pela rede social e de repente, minha dashboard era composta por dezenas de reblogs de trechos de clipes ou imagens estáticas com trechos de músicas da Lana.
Aliás, vale constar que “Born To Die” e suas músicas moldaram todo um personagem da época da rede social (ou será que foi o Tumblr que moldou o personagem do álbum?): cigarros, a camisa branca, coturno, viver sem consequências, tristeza, bandeira dos Estados Unidos, camiseta de banda e coroa de flores. Meio que o “soft” de hoje.
Mas o impacto do álbum não foi apenas no público, como também na música. Lana Del Rey abre espaço no pop mainstream para o pop mais esquisito, mais sombrio; o pop barroco. Parte da razão dele ter sido aceito foi provavelmente por sua estética tão alinhada com o lifestyle que estava em hype na época, além da sonoridade que destoava tanto do que estava sendo feito até então.
Com um quê dessa mesma linha, aparecem pouco tempo depois Sky Ferreira, Banks, Melanie Martinez e Lorde. Pode-se até mesmo dizer que a própria Billie Eilish, mais recentemente, parte do mesmo lugar que Lana.
Repercussão do álbum
Na produção, Lana contava com gigantes como Rick Nowels, Emile Haynie, Chris Braide e Al Shux, conhecidos por já trabalharem com Kanye West, Madonna, Kid Cudi e outros grandes artistas. Apesar de soar como um álbum indie e ter toda a estética de uma artista pequena e sem muitos recursos, não passava disso: Lana já tinha um grande contrato com a Interscope e apoio de grandes do entretenimento.
Por essa razão, chegou a ser muito criticada por críticos veteranos e por um público mais velho de estar criando um personagem de artista indie para vender, enquanto era uma artista de gravadora. Mas isso não desqualificou a repercussão do disco – ao mesmo tempo, teve grande sucesso entre o público geral e entrou na lista de melhores álbuns do ano de veículos como o The Guardian e o NME.
“Born To Die” não foi um sucesso comercial de começo, mas, conforme seus singles (e seus remixes) foram sendo lançados, as vendas, aparições em rádios e em charts escalavam. Até maio de 2015, o álbum havia vendido 8.5 milhões de cópias mundialmente e chegou a ser o quinto álbum mais vendido do ano.
É impossível falar do primeiro álbum de Lana Del Rey sem falar do remix de “Summertime Sadness”, que alavancou de forma estrondosa a música, que se tornou o maior sucesso da cantora. O remix feito por Cedric Gervais dava uma nova roupagem completamente animada à canção, que fez sucesso durante um bom tempo em festas.
E não parou por aí: “Born To Die” ganhou uma versão deluxe com mais três músicas, “Without You”, “Lolita” e “Lucky Ones”, e também foi lançado nas versões “Born To Die – The Paradise Edition” e “Born To Die – Paradise Edition (Special Version)”.
“Bon To Die: The Paradise Edition” ganhou oito faixas inéditas, além das 12 músicas da edição original e das três faixas da versão deluxe. O álbum, cuja capa foi alterada, foi lançado em 13 de novembro de 2012 nos Estados Unidos paralelamente com o EP “Paradise”, que contém as oito faixas inéditas – destaque para o single “Ride”.
É inegável a importância que “Born To Die” e a persona de Lana Del Rey no álbum tiveram e ainda têm para a música e para moldar a base de alguns vários artistas, assim como suas inserções no mercado. Ele moldou uma geração de adolescentes, mesmo que não escutassem sua música, já que a influência, às vezes, vinha pela estética. Mesmo lançado 10 anos atrás, “Born To Die” tem uma sonoridade fresca que ainda funciona bem nos dias atuais.