Desde o dia que as plataformas digitais se tornaram o principal meio de consumo dos amantes da música, a indústria fonográfica nunca mais soube viver sem elas para movimentar o seu mercado. De Spotify a Apple Music, os artistas e suas obras ganham cada vez mais notoriedade devido ao grande número de streamings que recebem.
Mas embora isso seja uma vitória para o cenário musical, quando o assunto é remuneração por essas reproduções, ainda é preciso que músicos vençam uma batalha para garantir um pagamento justo, uma vez que 1% dos artistas mais ouvidos no mundo responde por 90% das audições totais nos serviços de streaming, de acordo com a pesquisa divulgada pela firma Alpha Data em março deste ano.
Com o surgimento do Coronavírus e o mundo recluso em um redomoinho de isolamento social, foi preciso fazer uso da arte para escapar dessa realidade pandêmica, sendo as plataformas digitais os protagonistas desse escapismo tanto para o consumidor quanto para os cantores, visto que a pandemia já havia os deixado sem a renda dos shows.
Por isso que manifestações realizadas por músicos e profissionais da indústria ao redor do mundo reivindicando a concentração dos pagamentos no usuário, e não na plataforma, tornaram-se mais frequentes. Bem como a busca pelo aumento no preço de cada “play” para US$ 0,01, cerca de R$ 0,05.
Denominado Union of Musicians and Allied Workers, ou UMAW, o movimento que se coloca contra o Spotify, por exemplo, inclui nomes como Thurston Moore, ex-Sonic Youth, e possui quase 30 mil assinaturas. Segundo os manifestantes, a plataforma “triplicou de valor na pandemia, mas não aumentou suas taxas para uma fração de um centavo”.
Para entender melhor essa situação, vamos te mostrar quanto os artistas ganham por cada reprodução nos principais serviços de música. Acompanhe!
Quanto os artistas ganham por play em cada plataforma?
Spotify
Atualmente, o Spotify recebe cerca de 10 mil novas músicas por dia, além de possuir mais de 356 milhões de usuários, considerado assim, a mais importante plataforma digital do cenário fonográfico.
No entanto, apesar da sua grande fama e popularidade, a gigante dos streamings paga em média apenas US$ 0,00348, mesmo respondendo por mais de 44% da participação de mercado.
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Google Play Music
A loja oficial de aplicativos do Android, o sistema operacional mais utilizado em celulares de todo o mundo, no qual, somou-se mais de 2,8 bilhões de usuários ativos apenas em 2020, é hoje umas das plataformas que mais se alinha com a indústria fonográfica para servir aos seus consumidores o melhor do cenário musical, pagando então cerca de US$ 0,00554 aos seus artistas por cada play.
Amazon Music Unlimited
Lançada em 2007, a Amazon Music é uma plataforma de streaming de música e loja de música on-line operada pela Amazon que alcançou até o ano passado 55 milhões de usuários ativos globais.
O serviço criado por Jeff Bezos é o que melhor remunera os músicos, pagando em volta de US$ 0,01123 centavos de dólares por play em cada faixa.
Deezer
Disponível para usuários de mais de 180 países, a plataforma musical que conta com mais de 73 milhões de ouvintes é atualmente uma das mais preferidas entre os fãs de música.
O serviço francês que já passou por algumas mudanças em sua forma de remuneração ao longo dos anos paga hoje em dia cerca de US$ 0,00562 centavos de dólares por cada reprodução no conteúdo musical de um determinado artista.
Apple Music
Um dos mais populares serviços de streamings da atualidade pertencente a gigante empresa eletrônica norte-americana, Apple, rende aos músicos um total de US$ 0,00675 centavos de dólares cada vez que uma canção sua é reproduzida.
Pandora
Disponível apenas nos Estados Unidos, a Pandora, um dos maiores serviços de streaming de suporte de anúncios do país, paga em média aos cantores US$ 0,00203 centavos de dólares por cada play.
TIDAL
O Tidal é entre essas plataformas, um dos mais novos serviços de música, que fundado pelo rapper Jay Z em outubro de 2014, se comprometeu em ser um aplicativo que paga quase o dobro em royalties por música executada, repassando cerca de US$ 0,00876 centavos de dólares aos artistas em cada reprodução.
YouTube Music
Desenvolvida pelo Youtube e lançado em 2015, o Youtube Music é o que menos paga por play dentre esses sete serviços, acumulando cerca de US$ 0,00022 de centavos de dólares por cada reprodução.
zoOme promete pagar 50 vezes mais aos artistas
Recém-lançada, a plataforma zoOme notou nas últimas três semanas um crescimento diário de 15% de solicitações de abertura de perfis em sua plataforma.
Em sua política de pagamento, o serviço é de longe um dos mais justos com a obra do artista, visto que ela possui um modelo de monetização “digna” para os canais, possibilitando uma remuneração até 50 vezes maior do que as oferecidas pelos demais aplicativos de streaming.
De acordo com Ricardo Kurtz, fundador e presidente do ZoOme.TV, o objetivo da plataforma é fornecer um serviço rentável e democrático tanto para artistas em ascensão quanto para os independentes.
No ZoOme.TV, o produtor ganha de 30% a 50% do faturamento de publicidade veiculada no seu canal e ainda há autonomia na escolha dos anunciantes e no preço praticado em cada anúncio, sem limite de monetização
Logo, o produto decide se vai pagar e quanto cobrar, entregando a renda diretamente ao artista. Para os usuários a política também não é diferente, uma vez que o ouvinte paga somente o que utiliza, podendo escolher quais artistas irá valorizar e apoiar.
Vale ressaltar que a renda dessas reproduções só é gerada a partir dos plays de usuários premium que pagam para utilizar o zoOme.
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