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Opinião: Por que invalidamos tanto a carreira internacional de Anitta?

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Foto: Divulgação

Que Anitta se tornou um dos fortes nomes do Brasil lá fora, isso não é novidade para ninguém. Desde que começou dando seus primeiros passos internacionais com “Ginza”, “Sim ou Não” e “Paradinha“, a cantora já colaborou com nomes como Madonna, Cardi B, Maluma, entre vários outros. Isso mostra um caminho bem-sucedido da carreira internacional de Anitta.

Embora essa trajetória não seja fácil (inclusive já foi um pouco mostrada em seu documentário na Netflix), até hoje Anitta lida com indiretas, questionamentos, entre outros comentários que tentam invalidar o seu reconhecimento fora do Brasil. Mas afinal, será mesmo que a Madonna colaborou com a cantora sem motivo algum?

Foto: Anitta/ Divulgação
Anitta na capa digital da Billboard norte-americana ao lado de Vin Diesel e Nicky Jam (Foto: Divulgação)

Anitta virou, sim, destaque internacional

Em um recente artigo divulgado pela revista norte-americana Forbes sobre Brandon Silverstein (seu empresário e da cantora Normani), Anitta é citada como um dos maiores nomes da indústria fonográfica atualmente. Sempre se destacando pelas suas estratégias de marketing mirabolantes, a cantora sabe como fazer o seu nome acontecer. A faixa “Girl From Rio” é um exemplo recente disso.

Foto: Divulgação

Quem diria que um R&B, cantado em inglês, que tem sample da clássica bossa-nova “Garota de Ipanema” ia chartear no Top 40 das rádios pop dos Estados Unidos, hein? Se alguém me contasse essa história eu provavelmente duvidaria. Não ficando muito atrás, o remix com o polêmico rapper DaBaby ocupou a #28 colocação na Rhythmic Songs, tabela publicada semanalmente pela Billboard. ‘Tá bom para você?

Anitta divulgou a canção em programas de TV, criou toda uma atmosfera em cima da música e ainda viralizou memes e coreografias de “Girl From Rio” por todo mundo.

Falando em mundo, o mercado da Anitta não resume apenas no americano, muito pelo contrário. Se você é um seguidor da cantora, com certeza já ouviu trechos dos seus feats em espanhol, francês e italiano por aí.

Com sua recente colaboração com o cantor francês Dadju, “Mon Soleil“, a cantora emplacou a sua primeira canção no Top 10 das músicas mais ouvidas na França, além de ter conseguido aumentar seus números no país. Em uma última atualização, o Spotify confirmou que a capital francesa, Paris, é oficialmente o quinto local do mundo que mais consome as músicas da artista mensalmente – são mais de 337.534 ouvintes.

Outros feitos da carreira internacional de Anitta são “Paloma” e “Un Altro Ballo”, suas músicas com o cantor Italiano Fred De Palma, que também não ficam atrás no quesito desempenho comercial. Ambas conseguiram bons números no iTunes e Spotify local, garantindo mais bons resultados para a brasileira.

Por que invalidamos tanto a carreira internacional da artista?

Dizem as más línguas por aí que o brasileiro só costuma dar valor para o que vem de fora, e nesse dito popular costumo encaixar a Anitta. Números em diversos países, prestígio da crítica, colaborações renomadas… para muitos, nada disso parece ser motivo de celebração para uma artista que chegou tão longe enaltecendo suas próprias raízes.

Óbvio que não estou aqui no direito de dizer o que você deve ou não gostar, mas ignorar tantas conquistas sem ao menos reconhecer tal mérito é de tamanha ignorância. Também não digo aqui que Anitta é uma artista sem defeitos, uma performer exímia, porque também não cabe a mim este papel – aliás, que artista é 100% e não erra nunca?

Com 11 anos de carreira e prestes a lançar o seu quinto disco de estúdio (o “Girl From Rio”), Anitta sabe onde chegou e ainda mais onde pode chegar. Sua força, o seu talento, o funk, levaram-a a lugares que até então artistas brasileiros foram limitados e isso deve ser sempre lembrado. A esta altura do campeonato, a garota do Rio ou “Anira” já foi longe demais para ser validada.

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