Novamente, Taylor Swift teve seus masters, seus seis primeiros álbuns, vendidos sem seu consentimento. Mas esse é apenas um dos exemplos de problemas que os artistas enfrentam na indústria.
Não é novidade que por trás das câmeras e de todo o glamour da indústria musical, existem diversas problemáticas que geralmente não chegam ao público. Porém, diferentes artistas têm usado suas vozes para levantar importantes assuntos e reflexões.
A falta de autonomia dos músicos sob os seus próprios trabalhos, o machismo e o racismo são alguns dos assuntos mais recorrentes no meio atualmente.
Nessa lista, vamos te mostrar alguns momentos importantes em que os artistas precisaram se fazer ouvidos. Confira!
Artistas usam sua voz para críticas às problemáticas na indústria
Taylor X Scooter
Há mais de 1 ano os fãs de Taylor e amantes da música vêm acompanhando o difícil embate entre Taylor Swift e Scooter Braun.
Com a recente notícia da venda dos masters de suas músicas, Taylor precisou, novamente, usar sua plataforma para expressar o descaso do empresário com o trabalho da vida da cantora.
“Essa é a segunda vez que minha música foi vendida sem meu conhecimento”, disse Taylor em sua declaração no Twitter.
A cantora contou também que já começou a regravar suas antigas músicas e que está muito animada com o processo.
“Quero que meus fãs ouçam aos meus 6 primeiros álbuns sem sentir culpa por estarem beneficiando Scooter”, conclui Taylor na carta enviada em resposta a Shamrock Holdings, empresa compradora dos masters.
Estamos ansiosos para ouvir as regravações e ver a loira quebrando recordes novamente!
Little Mix X Simon Cowell
Simon Cowell é um nome recorrente quando se trata de polêmicas no meio musical.
O fundador da Syco Music, ex-jurado do programa de talentos The X Factor e criador dos mundialmente famosos One Direction, Fifth Harmony e Little Mix, é constantemente lembrado de forma negativa entre os fãs e os artistas.
Com o rompimento entre Simon e Little Mix no final de 2018, quando o grupo decidiu deixar a Syco, as meninas puderam falar de forma sincera sobre as dificuldades enfrentadas por elas na indústria.
“Ainda enfrentamos sexismo na indústria. Nos falavam o que deveríamos e o que não deveríamos fazer”, disse Leigh-Anne para o site Daily Star.
O grupo deixou a Syco para assinar com a RCA Records dias antes do lançamento do LM5, 5º álbum de estúdio do Little Mix. “Provavelmente um dos momentos mais difíceis de nossa carreira, mas necessário”, contou Jade Thirwall ao Cosmopolitan UK.
No álbum mais recente do girlgroup, Confetti, o single Not A Pop Song trouxe diversas críticas a superficialidade e estereótipos da indústria, com trechos como: “Eles procuram por perfeição nas fotos, não pareça mais profunda que a superfície”.
A música criticou também, de forma sutil ao usar um trocadilho, o empresário Simon Cowell. “Eu não faço o que o Simon diz, entenda isso porque a mensagem foi lida”.
Kanye West X Universal Music
Recentemente, o rapper gerou grande movimentação e polêmica no Twitter ao fazer uma sequência de declarações contra a indústria musical na rede.
Kanye disse que falaria por todos os músicos que não possuem esse poder e criticou o controle que as gravadoras exercem sobre os artistas, que muitas vezes não possuem os direitos de suas próprias músicas e não recebem o que deveriam.
“Eu sei que muitos músicos não podem falar nada, mas eu não posso ser silenciado ou cancelado, então falarei tudo como sempre”.
O rapper, que também não possui os direitos sobre seus masters, insinuou que a indústria musical é uma forma de escravidão moderna e postou todos os seus contratos com a Universal Music na rede social.
“Meus filhos vão herdar meus masters, não os seus”.
“Eu perdoo todos na indústria musical que estão envolvidos com a escravidão dos dias atuais. A vingança é apenas dos senhores”.
Kanye ressaltou também, o quanto o cenário é ainda mais desfavorável para artistas negros, apontando o racismo constante na música.
E no Brasil?
Anavitória X Tiago Iorc
Durante uma live realizada em junho de 2020, Ana Caetano, do duo Anavitória decidiu expor o conflito entre elas e Tiago Iorc.
O duo planejava lançar um DVD da turnê “O Tempo É Agora”. Porém, receberam a notícia, por meio da Universal Music, que quatro músicas do projeto não tiveram suas gravações autorizadas. Iorc não autorizou que suas composições em parceira com Ana Caetano entrassem no projeto.
O cantor, que participou da produção dos dois primeiros álbuns de Anavitória e era responsável pela carreira do duo em sociedade com o empresário Felipe Simas, mostrou ter motivos além do financeiro para tomar tal decisão.
A briga é, na verdade, entre Iorc e Felipe Simas, ex-empresário do cantor. Entretanto, as prejudicadas foram as cantoras, que ainda hoje esperam a liberação das músicas, as quais elas também possuem os direitos autorias.
“Há mais de dois anos a gente tenta entrar em contato com o Tiago e todas as vezes recebemos silêncio”, disse Ana em um vídeo no Instagram, respondendo ao pronunciamento do cantor.
Sabemos que não é fácil, mas esperamos que cada vez mais os artistas tenham liberdade para se expressar sobre os problemas e dificuldades na indústria!