Euforia. Esta é a palavra que descreve a passagem dos cantores Jack and Jack pelo Rio de Janeiro, no último dia 6 (domingo).
Os jovens Jack Gilinsky e Jack Johnson, de 19 anos, formam uma das duplas que mais tem feito sucesso no mundo teen. Os americanos, que já se apresentaram ao lado de nomes como Demi Lovato e Shawn Mendes, começaram a ganhar fama em 2013 após vídeos no aplicativo Vine. Em 2014, a dupla lançou o single “Wild Life”, que atingiu o segundo lugar no iTunes e a 87ª posição no US Billboard Hot 100. Jack e Jack foram indicados duas vezes ao Teen Choice Awards e venceram uma das categorias do MTV Woodie Awards.
Pela América do Sul, esta foi a primeira passagem dos meninos, que, por aqui, se apresentaram em São Paulo e no Rio, através de iniciativa da plataforma Queremos!. Os ingressos rapidamente se esgotaram, inclusive os que permitiam a possibilidade de conhecer a dupla através de um pacote meet&greet.
O show foi realizado na varanda do Vivo Rio, o que, para este lugar em específico, concentrou uma boa quantidade de fãs. E que fãs: todas (pelo menos, as que vi; e 99% do público composto por meninas) na fase entre a pré-adolescência e a adolescência, eufóricas e ansiosas com a apresentação dos ídolos. Era nítido o tamanho da paixão que as jovens sentem pelos Jacks, declarado a cada momento: eram cartazes, faixas e gritos de emoção.
O único porém foi justamente o tamanho exacerbado desse amor, que prejudicou quem estava lá na frente: todas espremidas. Não foram poucas as meninas socorridas por seguranças e profissionais do corpo de bombeiros, inclusive durante a apresentação. Ouvi relatos de que algumas forjaram desmaios durante o show para “se aproveitarem” da chance e tentar encostar em um deles, já que o amparo era feito na grade. Embora talvez isso realmente tenha acontecido em alguns casos, era assustador o número de meninas que, antes e durante a apresentação, passavam mal, choravam e precisavam de água para se recompor.
Vamos ao show?
Jack and Jack entraram junto com sua banda e causaram alvoroço, começando com o single “Like That”. A estrutura do local era pequena: não tinham telões nem efeitos especiais. Também, não bastava: a presença dos jovens ali já era mais que suficiente para agradar quem estava presente.
Após a segunda música, “How We Livin”, presente no EP “Calibraska”, os meninos pediram para que todos dessem dois passos para trás. Não deu muito certo, principalmente quando Jack Gilinsky tirou a camisa e ficou sem ela por alguns instantes para vestir a blusa do Brasil. Com o passar da apresentação, o clima ficou mais ameno e os Jacks, por diversas vezes, conversaram e interagiram com a plateia, que devolvia em estilo: todas as músicas eram cantadas em alto e bom som, principalmente os refrões. Também tiveram coros, como, por exemplo, em “Tides”.
Logo após, Jack and Jack cantaram covers de “Santeria”, da banda Sublime, e “Let’s Do It Again”, do rapper J Boog. Ao todo, a apresentação contou com 13 músicas, finalizando com o sucesso “Wild Life”.
Foi nítido o carinho e a atenção dos rapazes com o público carioca e a reciprocidade dessa relação. Além de corações feitos com as mãos e gritos como “eu te amo”, “manda nudes” e “lindo, tesão, bonito e gostosão”, o fato das fãs acompanharem de forma fervorosa uma carreira de curta duração, cantando todas as músicas – e fazendo com que diversos pais ali presentes também se divertissem –, foi o ápice de um show que ficará marcado na memória de quem estava ali presente. Apesar dos contratempos, a interação entre todos ali presentes foi algo bem bonito de se ver. Mas, da próxima vez, fica um combinado: não vamos exagerar nas demonstrações para ninguém passar mal e todo mundo poder ver o show, tudo bem?
Fotos por: Feliphe Marinho