Dia 10 de outubro, cerca de 22h30, luzes apagadas e alguma coisa hipster tocando para a juventude brasiliense que ali esperava no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade. Eis que os cinco jovens senhores sobem ao palco com suas feições já conhecidas, sorrisos de canto e uma fila de hits que mal cabiam no tempo predeterminado.
Logo de início, nosso mais novo papai, Marcelo Camelo, sacou “O Vencedor” da manga e a multidão foi à loucura. E assim se deu por cerca das duas próximas horas. Simples assim, sem banda de abertura, sem boa noite, sem comprimento. Música atrás de música entre uma gracinha e outra do glorioso -e muito em forma- Rodrigo Amarante.
E por falar no senhor das barbas brancas, o mesmo pareceu carregar grande parte do show nas costas junto com com o carismático Rodrigo Barba (baterista). Bruno Medina (tecladista) se mostrou o cara mais blasé da noite e até chegou a tropeçar em algumas timbragens.
O que há de se entender é que um show de Los Hermanos não é apenas um show, mas sim uma atmosfera. De um lado uma banda semi endeusada que gera uma incontável expectativa toda vez que volta aos palcos, de outro lado a recepção de uma plateia que lota as maiores casas desse país pronta pra ouvir a trilha sonora de suas vidas, e essa sim foi protagonista nessa noite de sábado.
No meio de um setlist de hits, o público cantava e dançava todas: desde as mais swingadas como “Retrato pra Iaiá” até as baladinhas mais chorosas “Todo Carnaval Tem Seu Fim” e “Sentimental”.
Em contraponto a todo esse espetáculo que se formou, uma série de falhas técnicas simples aconteceram quase que de forma amadora. O painel do cenário funcionava apenas em alguns momentos da música, em outros se apagava e em outros era possível ver um mouse e uma barra de tarefas do Windows. A guitarra do Marcelo Camelo sofreu um possível erro (ao meu ver foi problema de cabo), o que fez o cantor se ausentar da guitarra por várias músicas. Os metais foram microfonados de uma forma tão ruim que nem parece que o som foi passado, e, por fim, algumas caixas da casa transmitiram o som de uma forma extremamente grotesca/chiada.
Apesar da desatenção ou desleixo aos detalhes, o clima nostálgico que se desenvolveu no curso das composições magníficas divididas entre Camelo e Amarante é impagável.
Setlist completo:
1- O Vencedor;
2- Retrato Pra Iaiá;
3- Além do Que se Vê;
4- Todo Carnaval Tem Seu Fim;
5- O Vento;
6- Cadê Teu Suín-?;
7- Do Sétimo Andar;
8- Samba a Dois;
9- Cara Estranho;
10- Condicional;
11- Pois é;
12- O Velho e o Moço;
13- A Outra;
14- Sentimental;
15- Primeiro Andar;
16- Tenha Dó;
17- Descoberta;
18- Deixa o Verão;
19- De Onde Vem a Calma;
20- Conversa de Botas Batidas;
21- Último Romance;
22- A Flor;
23- Morena;
24- Um Par;
25- Quem Sabe;
26- Pierrot;
27- Anna Júlia.
A turnê já passou por 4 capitais, e continua ainda com 11 shows pela frente. A agenda completa vocês conferem clicando aqui.
Edição: Lorrany Farias
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