Neste mês, a Netflix lançou a série infantojuvenil “Luz”! A produção brasileira é criada por Guillermo Pendino e apresenta direção geral por Thiago Teitelroit. Os episódios possuem direção de Giovanna Machline e Rogério Sagui.
Leia mais: “Bridgerton”: veja cena inédita e nomes dos episódios da 3ª temporada
A trama conta a história de Luz (vivida por Marianna Santos), uma menina órfã não-indígena, que foi criada desde bebê em uma comunidade Kaingang. Assim, a jovem esbanja determinação e sabedoria baseadas nos valores que aprendeu. Ela foi escondida lá por Baltazar, o capanga de seu avô Carlos – que culpava o nascimento da menina pelos eventos que levaram à morte de seu filho.
Raptada na maternidade, Luz teve a vida poupada por Baltazar, que manteve segredo sobre sua sobrevivência e acompanhou seu crescimento. Agora, 9 anos depois, Carlos descobre a verdade e sai em busca de Luz, que foge e se esconde em um internato. Na escola, com novos amigos, ela poderá desvendar mistérios sobre sua origem.
Na trilha sonora, a produção conta com a participação de Zélia Duncan como autora e intérprete das principais faixas: a canção original “Um Vagalume” e a música adaptada “Primeira Estrela”.
Confira o trailer de “Luz”:
Saiba mais sobre a trilha sonora de “Luz”, nova série da Netflix
O diretor Thiago Teitelroit comentou sobre a criação da música-tema da série e os bastidores do processo de produção. “A ciranda, que traz influências diversas (lusitana, espanhola, francesa, ameríndia e africana), faz parte da cultura popular brasileira e está tanto presente na educação infantil, quanto na tradição indígena e de cara me pareceu o caminho ideal para trazer brasilidade e identidade para a história”, disse.
Ele prosseguiu: “A partir daí, fui buscar na minha própria infância memórias sobre o tema, chegando em um dos primeiros discos infantis do início dos anos 80 – ‘O que é que tem dentro?’. Nele não só havia cantigas de roda, como também contação de histórias, misturando referências populares a elementos indígenas e iorubás, principalmente na harmonia da última faixa, “Primeira Estrela”. Coincidências à parte, a música faz menção a uma menina que, assim como toda criança, encanta o mundo pelo simples fato de existir”.
Ele falou, também, sobre a participação de Zélia Duncan. Segundo ele, a missão de encontrar a intérprete das faixas ficou com a diretora Giovanna Machline, que entrou em contato com a artista. Coincidentemente, uma das autoras da canção, Lucina, já havia falado com Zélia sobre a proposta de utilizarem “Primeira Estrela” em uma série da Netflix.
“Lucina não conseguia entender como uma música composta há mais de 40 anos em sua casa, onde viveu numa família plural junto a Luhli e outros parceiros, para um dos seus filhos que nascera sensível e precisava de todos de sua comunidade, sobrevivera ao tempo ao ponto de alcançar uma plataforma de streaming”, disse Thiago.
Em um jantar com todos os envolvidos, Zélia recebeu o convite para interpretar as faixas – e, assim, tudo se encaixou. “Ao contarmos sobre o universo de Luz, todos nós ficamos ainda mais comovidos quando descobrimos que o disco original da canção se chama ‘Yorimatã’ que mistura a língua iorubá com tupi-guarani, significando ‘salve a criança da mata’. E como se tudo isso não bastasse, Zélia uma semana antes havia composto a letra e melodia da música ‘O Vagalume’. Tudo sem saber que suas palavras preencheriam perfeitamente a alma da nossa aventura”, completou.
Não perca nenhuma novidade! Nos siga no X/Twitter, no Instagram e no TikTok.