Nós vivemos na era digital e, para a sorte dos amantes de música, a internet e os serviços de streaming abriram um imenso leque de novas possibilidades, além de nos apresentar nomes brasileiros que estão contribuindo para eternizar nossa cultura mundo a fora. Bryan Behr é um desses nomes. O cantor e compositor acaba de divulgar ‘Nada Vale o Preço’ e falou ao Tracklist sobre inspirações para o trabalho, os efeitos da pandemia em sua vida e a história ‘mística’ por trás de seu nome artístico.
Abrindo o EP ‘Capitulo 2’, a single marca uma identidade artística na discografia de Bryan Behr que o público ainda não conhecia. “Eu canto ‘Nada Vale o Preço’ como eu nunca cantei nenhuma outra música minha. É uma música muito introspectiva e mais densa, que fala sobre vida e sobre essa coisa de olhar pra dentro e se enxergar e não ter medo de se sentir sozinho”, explicou.
No clipe, divulgado junto da música, o artista apresenta um trabalho cheio de simbolismos e aborda seu processo pessoal para quebrar o ego e se conectar consigo mesmo. Assista:
O trabalho e toda sua singularidade reforça uma ideia defendida pelo músico, que se diz ‘amador’ quando o assunto é sua arte. “Quando a gente fala ‘amador’, a gente entende que é aquela pessoa que está começando e tudo mais, mas eu entendi de outra forma. Eu amo muito o que eu faço e estou sempre aprendendo”, disse. “O Bryan Behr é um cara muito curioso, que gosta de experimentar muita coisa, de se arriscar dentro do estúdio e me sentir desafiado o tempo inteiro. Então me considero um amador e, mesmo daqui a vinte anos, eu ainda vou me considerar um amador.”
Bryan Behr nasceu da leitura da mão do cantor
O EP ‘Capítulo 2’ chega depois do ‘Capítulo 1’ e marca a nova fase da carreira do cantor, cheia de simbolismos e composições mais densas, mas a história de Bryan Behr começou ainda na infância.
O cantor revelou que seu nome artístico nasceu depois que uma criança, na escola, ‘brincou’ de ler sua mão. “Tinha uma menina que era muito diferente das outras crianças porque ela brincava de ler a mão das crianças no intervalo das aulas. Um dia eu pedi pra ela ler a minha e ela olhou pra mim e falou assim: “Nossa, tá escrito aqui que você vai ser artista e que seu nome artístico vai ser Bryan Behr”, contou.
“Eu fiquei com aquilo pra mim porque ela olhou no meu olho e falou isso muito forte. O tempo passou e eu comecei a pegar meu violão, que ficava pegando poeira na parede, e eu entendi que se eu não fizesse música, o vazio em mim iria aumentar cada vez mais. Então eu comecei a escrever e as coisas começaram a acontecer até eu precisar de um nome artístico. Aí eu pensei: ‘É isso, vai ter que ser Bryan Behr porque a menina falou’”.
Os efeitos da pandemia na arte
Todos os setores da sociedade foram altamente impactados pela pandemia do novo coronavírus e, para os artistas da música, o isolamento social foi responsável por tirar um dos combustíveis da profissão: os shows ao vivo. Apesar disso, o trabalho não parou e ‘Capítulo 2’ foi inteiramente produzido durante o período.
Sobre o momento, Bryan Behr contou que acredita ter crescido e evoluído desde o começo da crise sanitária no mundo. “Eu cresci muito enquanto ser humano durante a pandemia. Eu acredito que esse período deu pra gente a oportunidade de olhar pra dentro e enxergar muitas coisas que a gente mesmo precisa melhorar”, disse.
Naturalmente, essa evolução está presente nas composições do músico, que enxerga na música uma oportunidade de ser ele mesmo e sentir-se completo. “No momento em que eu comecei a escrever sobre as coisas que eu sinto, eu me senti preenchido”. Enquanto o ‘Capítulo 2’ não chega, ouça ‘Capítulo 1’ e mergulhe nos trabalhos de Bryan Behr: