No último sábado (5), Manu Gavassi retornou aos palcos após dois anos de hiato. A cidade escolhida para abertura da turnê foi Brasília, e por mais que os ingressos não tenham dado sold out – como em São Paulo, por exemplo – o público bateu as expectativas dessa que vos fala. Com censura de 10 anos, o Teatro Brasília recebeu pouco mais de 250 fãs. Entre eles, crianças de 10 e senhores de 50.
O espaço não era lá algo muito aconchegante pro que se refere à um show, mas como era algo mais intimista pela quantidade de fãs que ali haviam, o Teatro Brasília me pareceu ok. Confesso que sentimos falta de um ar condicionado. O calor era quase que insuportável.
A apresentação da Manu iria acontecer às 19 horas, mas bateu um atraso de mais ou menos uns 40 minutos. E em todo esse tempo, os fãs estavam eufóricos: cantavam músicas novas e antigas, gritavam por ela, falavam frases que não se ouvia há muito em shows ”Manu cadê você?! Eu vim aqui só pra te ver!”. Em tempos em que quase tudo se perdeu, pensava que esse tipo de manifestação ainda não existisse, achei um máximo.
Quando as cortinas se abriram, fiquei feliz. A iluminação era toda cor de rosa!
A resposta dos fãs pra entrada da Manu foi imediata. Ela vestia um conjunto – calcinha e top – na cor salmão, uma saia preta longa bem simplista com uma fenda e uma jaqueta de couro também preta com um coração e seu nome atrás. O look foi todo produzido por ela, pela irmã Catarina Gavassi e pela amiga Natassia Gulusian. Confesso que eu esperava uma roupa mais ligada à sua nova fase, talvez com holografia já que seu novo Ep: Vício é todo carregado nos sintetizadores.
A primeira música que ela cantou foi Vício, música que deu nome ao Ep e também a turnê. A banda formada por Mario Lima nos beats, Gabriel Mielnik nos baixos/sampler e Pedrowl nos samplers, guitarras e remixes; conseguiu estar bem conectada uns aos outros. Conversaram e tudo fluiu muito bem.
A Manu parecia nervosa. Era reflexo dos dois anos fora dos palcos. Quando começou a cantar Camiseta – primeiro single lançado na internet-, alguns fãs subiram no palco (que não era nenhum pouco alto) e isso contribuiu pra deixar ela mais nervosa que estava antes. Era bem nítido que ela se sentiu desconfortável. Tão desconfortável que ela pediu pra banda parar a música.
A pausa não foi rude, Manu agradeceu pelo amor e carinho das fãs, mas pediu que não subissem mais senão ela não poderia continuar com o show. O pedido foi atendido.
Após a pausa, o show durou cerca de 1:30hr e fluiu bem, com músicas antigas e todas as novas do novo Ep:Vício. Com covers de Os Mutantes – que Manu dedicou ao seu pai radialista Zé Luís presente no Teatro -, Selena Gomez e Justin Bieber a setlist ficou assim:
- Vício
- Camiseta
- Direção
- Planos Impossíveis
- Clichê
- Odeio – mashup – Segredo
- Cover: Ando meio desligado – Mutantes
- Sozinha
- Cover mashup: Hands To myself – Selena Gomez / Sorry – Justin Bieber
- Eu dou risada
- Conto de Fadas
- Farsa
- No Bis: Repeat de Vício e Garoto Errado.
Antes de cantar Farsa, ela contou uma mini história sobre a letra. As más – e boas línguas – comentam que a música foi uma direta para o ex, Chay Suede.
Apesar de todos os contratempos, a estreia da #VÍCIOTOUR aconteceu como deveria ter acontecido. Foi um bom show. E para mim, o ponto alto da apresentação foram os sintetizadores. Manu Gavassi fez a Sandy diversas vezes, e eu não exito em compará-las, as comparações são boas, senão as melhores.
Após o show, Manu recebeu os fãs do Meet&Greet e a imprensa. Pudemos entrevistá-la e logo vocês poderão conferir tudo na íntegra.
Fotos: Pedro Mello
Texto, cobertura e edição: Lorrany Farias
Produção /Realização: F/Simas