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#TRACKBACK: “Doll Domination”, das Pussycat Dolls, completa oito anos de existência

A proposta dessa coluna é revisitar o passado, falar de álbuns que marcaram época e de artistas que hoje não estão mais no meio musical ou entre nós. A cada semana pretendemos trazer um tema novo antigo, contextualizá-lo e fazer paralelos com a nossa realidade atual (quando possível).

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O tema de hoje é o álbum “Doll Domination”, das Pussycat Dolls, que completou oito anos de existência no último dia 23. O disco, que propunha a dominação pelas garotas, acabou por se tornar o último lançado por elas, mas não deixou de ser uma fábrica de singles, emplacando hits como “When I Grow Up”, “Watcha Think About That”, “Bottle Pop” e “I Hate This Part”. O desempenho nas vendas, no entanto, foi inferior ao disco de debute, “PCD”, o que motivou vários relançamentos do trabalho.


Em tempos de GIRL POWER, de mulheres galgando mais degraus na indústria musical (que ainda tem caráter predominantemente machista), é sempre bom lembrar que há quase uma década o mundo era diferente. Em 2008, quando as Pussycat Dolls lançaram o segundo e último disco de estúdio, Doll Domination, as redes sociais não eram tão fortes e impactantes nas discussões e na forma com que os temas musicais eram pensados para atrair público.

Por esse motivo, quando revisitamos o passado podemos acabar por nos identificar mais ou até problematizar o que antes ouvíamos sem tanto questionamento. Dessa forma, podemos analisar e classificar “When I Grow Up”, “Whatcha Think About That (feat. Missy Elliott)”, “Who’s Gonna Love You”, “Happily Never After”, “Whatchamacallit”e “Hush Hush” como ‘as que pregam o empoderamento feminino e o abandono do relacionamento abusivo’; Bottle Pop (feat. Snoop Dogg) fica no meio do caminho; “Halo” é a canção sobre aceitação de submissão feminina; “In Person” e “Elevator” são sobre a não-aceitação de um término e rivalidade feminina; “I Hate This Part” e “I’m Done” são basicamente músicas sofrência, que poderiam ter sido escritas por Adele; Takin’ Over the World, Magic e “Love Me The Way You Love Me” são sobre conquistar o boy at the club ; “Baby Love” é uma declaração de amor brega mesmo, que a gente não entende porque o nome da Nicole tá creditado (maas, ela não tava na banda?); “Perhaps, Perhaps, Perhaps” é sobre aquela pessoa desesperada para estar com alguém, não aguenta ficar sozinha etc. Há outras canções que foram acrescentadas nos outros relançamentos.

Apesar de transmitir essa impressão de desorganização e miscelânea mal colada (talvez porque seja mesmo, se pensarmos que tudo é descarte do disco solo de Nicole), o álbum reúne canções que se tornaram verdadeiros hinos e não se pode negar o que significou para toda uma geração de garotas que estavam se identificando e se descobrindo (afinal, representatividade é tudo, não é mesmo?). Não vou entrar no mérito de “qual foi a melhor girlband de todos os tempos”, “quem teve mais valor (Pussycat Dolls? Spice Girls? Destiny’s Child?)”, porque é estimular rivalidade feminina e isso já teve o suficiente no grupo, pelo menos é o que dizem por aí.

*Pra quem não lembra, o grupo se desentendeu seguiu rumos diferentes dissipou em 2009 e a culpa foi jogada nos ombros de (batalha de egos?) Nicole Scherzinger, que mais tarde revelou sua luta contra a bulimia, motivo que a teria afastado das garotas. Será? Nos bastidores, más línguas costumavam jogar shade dizer que a cantora líder manda chuva se sentia o centro de tudo e prejudicou o grupo.
No ano passado, começaram os rumores de um possível retorno do grupo. A criadora do grupo, Robin Antin, teria feito a declaração ao Daily Mail. As ex-integrantes Nicole Scherzinger, Ashley Roberts, Jessica Sutta, Melody Thornton, Kimberly Wyatt e Carmit Bachar não confirmaram e não há anúncio oficial.

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