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Entrevista: The Maine fala sobre 16 anos de banda, Brasil e mais

Durante passagem pelo Brasil, a banda interagiu com os fãs e contou sobre planos pra nova turnê

entrevista the maine
Foto: Divulgação / UMusic

A banda estadunidense The Maine finalizou sua passagem pelo Brasil no último sábado (26), com um show esgotado na Vip Station, casa de shows na capital paulista. A banda já havia se apresentado ali também na noite anterior, para a alegria dos fãs que esperavam a vinda dos artistas ao país desde 2019. 

Com um repertório repleto de favoritas do público e alguns dos mais recentes lançamentos do nono álbum de estúdio da banda, John, Pat, Kennedy, Jared e Garrett fizeram um show de cerca de uma hora e meia e demonstraram muito carinho pelos fãs brasileiros. 

Como de costume, os cinco integrantes também participaram da after party, um momento após o show em que eles retornam ao palco para ter um contato mais próximo com o público que adquiriu a festa. Enquanto tocavam músicas que vão de pop a clássicos do emo, eles dançaram, autografaram objetos e se divertiram com os fãs. 

Finalizando os shows do Brasil, The Maine se prepara para a turnê Sweet 16, que vai celebrar os 16 anos de banda. “Nossas vidas pessoais mudaram muito, e acho que temos muita sorte de poder durar esse tempo todo”, comenta John O’Callaghan em entrevista ao Tracklist. 

Os artistas também estão prestes a lançar uma nova versão do hit “Neon Lights”, de Demi Lovato em versão rock, no dia 15 de setembro. Em conversa com o Tracklist pouco antes de subirem ao palco em São Paulo, John, Jared e Kennedy falaram sobre os fãs brasileiros, o aniversário de 16 anos do The Maine, setlist, Brasil e mais. Confira!

https://twitter.com/themaine/status/1695860088064413872

Leia a entrevista com The Maine na íntegra

TRACK: Os brasileiros são muito intensos e eu sinto que é recíproco da parte de vocês. Qual é o sentimento de estarem de volta ao Brasil depois de um longo tempo? 

John: Tem sido intenso!

Jared: É loucura! Nós quase esquecemos por um segundo que já fazia tempo desde a última vez, então estar de volta é incrível. O show ontem foi ótimo e hoje vai ser ainda melhor! 

TRACK: Sobre o novo álbum de vocês, um álbum autointitulado diz muito sobre um artista e uma banda. Mesmo que seja o nono álbum da banda, vocês escolheram que ele fosse autointitulado! Por quê? 

John: Em primeiro, pela falta de uma visão diferente, é difícil o suficiente de diferenciar músicas de 2018 com a nossa mente de 2020, e acho que chegamos a um ponto em que entendemos que o álbum poderia ser lançado no dia 1 de agosto e acredito que isso ditou muito da minha ideia para o título e a capa do álbum. Parece que as estrelas se alinharam. Acho que nós não pensamos muito no que significava ter um álbum autointitulado 

Jared: É meio que uma oportunidade única na carreira, então foi muito importante. Pensamos, ‘se não for agora, vai ser quando?’ 

Kennedy: Chegamos a um ponto que tínhamos muitos trabalhos e muitas direções diferentes. Então eu sinto que isso meio que define o nosso som

Jared: Mas definitivamente ouvindo ao disco eu sinto que tem muita coisa ali em que podemos colocar o nosso selo e definir a banda

TRACK: Só parecia certo, né? 

John: Sim!

TRACK: Nove álbuns são muitos álbuns e os fãs com certeza querem ouvir um pouco de tudo. Como vocês pensam a setlist pra trazer um pouco de cada era pro show? 

Jared: Acho que fica cada vez mais difícil. 

John: Sim! 

Jared: Quanto mais músicas e álbuns nós temos mais difícil fica. Geralmente temos entre uma hora ou uma hora e meia pra cantar, então encaixar nove álbuns dentro desse tempo se prova ser cada vez mais difícil enquanto os anos vão passando. 

John: Estamos em um momento que temos mais de 115 músicas entre os álbuns para escolher, então é definitivamente difícil, mas sempre temos algumas ideias.

Kennedy: Sim, às vezes pensamos se tocamos tal música da última vez que estivemos aqui, ou se queremos focar mais no novo álbum. Queríamos poder tocar todas as músicas. 

John: Sim, temos que controlar o nosso egoísmo. Queremos nos sentir satisfeitos criativamente no palco, mas entendemos que têm pessoas na casa que não querem ouvir só as musicas novas.

Kennedy: Tem gente que está aqui há muito tempo!

Jared: Também é legal ter muitas músicas, porque se saímos em turnê, por exemplo, com uma banda mais pesada, podemos escolher um setlist condizente com isso. Também conseguimos escolher de acordo com os lugares. Nós sabemos que aqui tem algumas músicas que nós temos que tocar porque as pessoas sempre pedem, então fica mais fácil, mas ainda assim é complicado! 

TRACK: Enquanto eu escutava o álbum, uma coisa que me chamou atenção foi a estética preto e branco na capa e nos posts do feed. Como isso se relaciona com o álbum e as letras? 

John: Acho que tem a ver com a ideia de que já passamos por todas as cores do arco-íris. Foi mais uma ideia de uniformidade, não queríamos ter que pensar tanto. Tipo, se uma pessoa quer postar algo no Instagram, ela pode colocar um filtro preto e branco e é isso. 

Kennedy: Sentimos que é tudo muito coeso. 

John: Queríamos que o sentimento fosse que não importa o que você posta ou o que está fazendo, é tudo feito de uma certa forma. 

TRACK: Vocês estão pra iniciar a Sweet 16 Tour, uma turnê que vai celebrar os 16 anos de The Maine. 16 anos é muito tempo! O que mais mudou pra vocês desde o primeiro álbum até o momento de agora? 

Jared: Nossa, tanta coisa mudou! 

Kennedy: Níveis de confiança! 

John: Sim, mas como banda eu sinto que tem muito mais similaridades do que mudanças agora. Estamos fazendo a mesma coisa, em termos de personalidade nós somos as mesmas pessoas, fazendo as mesmas coisas idiotas no camarim, vídeos bobos e tal. Nossas vidas pessoais mudaram muito, e acho que temos muita sorte de poder durar esse tempo todo. Agora somos pessoas de meia idade (risos) e nossas cabeças são diferentes, não é como se fossemos malucos antes, mas acho que existe uma confiança em quem somos, na música que estamos fazendo e no que estamos representando. 

Jared: Acho que quando somos jovens, é muito animador ter a oportunidade de fazer o que fazemos, e quanto mais tempo dura e quanto mais somos capazes de continuar fazendo isso, acho que agora tudo que queremos é continuar melhorando, trabalhar melhor, ser maiores, nos divertir mais.

Kennedy: E nós apreciamos mais a grandeza de tudo! 

Jared: Sim, nós vemos tudo e somos muito gratos.

TRACK: Eu sei que vocês gostam muito de fazer covers de outros artistas, como o de “Cruel Summer” da Taylor Swift que vocês acabaram de lançar. Queria saber se vocês ouvem artistas brasileiros e qual escolheriam pra fazer um cover? 

John: Nossa… Provavelmente o resultado não seria bom, mas tem esse artista mais velho chamado Sergio Mendes, que eu não sei se conseguiríamos fazer jus às suas músicas…

Jared: É bem diferente! Mas nós amamos. 

John: Eu não sei… Quem você gostaria que fizéssemos um cover? 

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TRACK: Ai meu Deus… Não estava preparada para essa pergunta! Temos tantos artistas brasileiros incríveis! 

Jared: Se você pensar em algum, conta pra gente! 

TRACK: Combinado! Eu conto pra vocês. 

John: Combinado!

TRACK: Mas falando de outros artistas, vocês estão prestes a lançar uma música com a Demi Lovato, “Neon Lights” na versão rock! Como foi trabalhar com ela? 

Jared: Aconteceu tudo muito rápido! 

John: Sim, foi muito rápido. Tivemos pouco contato com ela diretamente. Eu não diria que foi intimidante, mas rolou uma ansiedade porque eu basicamente não sabia o que eles queriam de mim, além de que eu canto o segundo verso e o refrão. Então eu estava bem nervoso sem saber se eu estava me saindo bem e se estava fazendo a coisa certa. Felizmente, quando mandei a versão eles ficaram muito animados! Então a ansiedade passou e agora é só muito empolgando que as pessoas vão poder ouvir. 

Kennedy: É muito legal fazer parte disso! 

TRACK: Uma coisa que percebo é que vocês amam estar no palco e tocar ao vivo para os fãs. Qual é uma música que vocês acham que nunca vão enjoar de tocar? 

Jared: Nós estamos montando a setlist pra The Sweet 16 Tour e o Patrick fez pacotes de papel, tipo, ele imprimiu várias páginas com estatísticas de quais foram as músicas que mais tocamos ao vivo. Vocês lembram qual estava no topo da lista? 

John: Acredito que era “Like We Did”

Jared: Sim, “Like We Did” é a que mais tocamos ao vivo! Então acho que diria que nunca cansaríamos de tocar essa. 

John: Eu não estou cansado dessa música, mas eu diria que “Black Butterflies” também é uma escolha. 

Jared: Sim, essa também está lá no topo da lista. Mas talvez isso significa que estamos começando a cansar delas (risos). 

TRACK: Perfeito! Vocês querem deixar um recado para os fãs brasileiros? 

John: Obrigado por tudo! Obrigado por permitir que a gente venha pra cá tocar música pra vocês. É um grande privilégio que não levamos como garantido, então muito obrigado! 


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