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Acusada de fraude fiscal, Shakira é convocada para julgamento na Espanha

Caso condenada, a cantora pode pegar até oito anos de prisão

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Foto: Jaume de Laiguana/Elle

De acordo com o Tribunal Provincial de Barcelona, Shakira deverá comparecer a um julgamento em breve por, supostamente, ter cometido fraude fiscal. Conforme reportado pelo jornal El País, a justiça espanhola confirmou a decisão nesta terça-feira (27), através da emissão de uma ordem judicial.

Anteriormente, o Ministério Público havia pedido oito anos de prisão e uma multa de cerca de 24 milhões de euros para a artista. Segundo dados levantados pela justiça, Shakira teria fraudado 14,5 milhões de euros em um intervalo de dois anos (entre 2012 e 2014).

Segundo a juíza que cuida do caso, o crime teria um agravante: a acusação afirma que a cantora criou uma “rede corporativa” nos anos anteriores para realizar a fraude contra a Fazenda Pública.

Ela teria utilizado empresas em paraísos fiscais (locais onde a lei facilita a aplicação de capital estrangeiro, com pouca burocracia e tributação reduzida ou nula) para ocultar seus ganhos e, dessa forma, não pagar os impostos estipulados.

Por enquanto, o julgamento não possui data marcada; mas o tribunal não permite que a defesa da cantora entre com nenhum recurso contra a decisão. Portanto, resta apenas a definição da data da audiência.

“Acorda-se abrir o julgamento no Tribunal Provincial de Barcelona (…) contra Shakira Isabel Mebarak Ripoll, como suposta autora”, indica a ordem judicial emitida pelo Tribunal Provincial de Barcelona.

Shakira nega acusações de fraude fiscal

Foto: Jaume de Laiguana/Elle

Este mês, Shakira estampa a capa da ELLE Magazine. Durante a entrevista para a matéria especial, a cantora falou sobre assuntos como novos projetos na música, seu divórcio com o jogador de futebol Gerard Piqué e as acusações por parte do governo espanhol.

Leia mais: Shakira fala pela primeira vez sobre separação com Piqué

A artista explicou que está lutando contra as acusações, já que, segundo ela, são falsas. “Em primeiro lugar, eu não passava mais de 183 dias [na Espanha] por ano naquela época. Eu estava ocupada cumprindo meus compromissos profissionais ao redor do mundo. Segundo, paguei tudo o que eles alegaram que eu devia, mesmo antes de entrarem com uma ação judicial”, explicou.

Ela continuou: “Então, atualmente, eu devo zero a eles. E, finalmente, eu fui aconselhada por uma das quatro maiores empresas especializadas em impostos do mundo, a PricewaterhouseCoopers; por isso, estava confiante de que estava fazendo as coisas de forma correta e transparente desde o início”, acrescentou.

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