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5 vezes que a Rainha Elizabeth II influenciou o mundo da música

Do pop ao punk rock, confira as vezes que a monarca foi fonte de inspiração na cena inglesa e mundial

Rainha Elizabeth II inspirou várias músicas ao redor do mundo; confira
Entre fãs e críticos, a monarquia inglesa foi fonte de inspiração para alguns dos trabalhos mais relevantes na música | Foto: Reprodução

Não é dúvida que os integrantes da família real britânica são parte dos maiores ícones da cultura pop de todos os tempos. De polêmicas a obras de ficção inspiradas em suas vidas, a Rainha Elizabeth II, que veio a falecer na última quinta-feira (08), juntamente com seus herdeiros, foi fonte de bastante inspiração para compositores, e importante para o surgimento de movimentos relevantes na música.

A monarquia inglesa, que por muitos anos teve um papel extremamente importante na história da Europa e do resto do planeta, coleciona uma série de fãs, entusiastas, especialistas no assunto, mas também críticos. E, pensando que o cenário musical age como pano de fundo para contextos sociopolíticos, não é surpresa que algumas das bandas e artistas de renome mundial tenham, de alguma forma, falado sobre o assunto em uma de suas músicas.

Do pop ao punk rock, o Tracklist selecionou 5 vezes em que a Rainha Elizabeth inspirou, de alguma forma, o cenário musical na Inglaterra e no mundo, considerando a difusão dessas músicas que, por gerações, continuarão muito conhecidas graças a esse período em que esteve no poder, ao longo de 70 anos. Confira!

1) “God Save The Queen” – Sex Pistols

Uma das bandas de rock mais conhecidas da Inglaterra, o Sex Pistols exerceu um papel de rebeldia durante uma época bastante sombria na história do país, que lidava com uma crise econômica e social grave e sem precedentes. 

Em 1977, a canção “God Save The Queen” (‘Deus salve a rainha’, uma alusão ao lema inglês), do álbum “Never Mind the Bollocks Here’s the Sex Pistols”, a banda rapidamente ficou popular por ser contrária ao governo. E, no dia de seu lançamento, coincidência ou não, a Rainha Elizabeth II comemorava o seu jubileu de prata: 25 anos no poder. 

A faixa foi considerada tão ofensiva na época que passou por diversas controvérsias: boicotada nas paradas musicais, censurada em rádios, e até mesmo rendeu uma perda de contrato da gravadora com a banda. No entanto, esse foi considerado, para o gênero musical, um pontapé para pipocarem bandas de punk rock ao redor do país que, nas duas décadas seguintes, viveu sua época de ouro, espalhando-se pelo mundo.

2) “Don’t Let The Sun Go Down On Me” – Elton John

Essa canção não foi exatamente escrita para a Rainha, mas foi dedicada para ela durante o seu funeral. Elton John, um dos maiores artistas e precursores da música pop no país, tinha um relacionamento de muita afetividade pela monarca e, não à toa, quer que um de seus maiores hits seja para sua lembrança.

Também conhecida por ter uma versão cantada junto com George Michael, outro ícone pop inglês, a canção de 1974 fala sobre uma pessoa que percebe que já viveu todos os melhores momentos de sua vida, e como se tornaram boas memórias que não podem voltar mais. 

Apropriada para essa época, a música agora tem um toque ainda mais especial, uma vez que a Rainha o concedeu o título de ‘Sir’ (Senhor, um título de respeito para a realeza) em 1998. Com isso, Elton John se tornou o primeiro homem abertamente gay a receber esse tipo de honraria.

3) “The Queen Is Dead” – The Smiths

Um dos álbuns mais emblemáticos da era pós-punk, The Smiths bateu todos os recordes de vendas no ano de lançamento de “The Queen Is Dead”, em 1986, terceiro da discografia da banda.

O projeto é responsável pelos maiores hits do grupo britânico, como “There Is A Light That Never Goes Out”, “Bigmouth Strikes Again”, “Some Girls Are Bigger Than Others” e “Cemetery Gates”, que são referência para muitos artistas e bandas até hoje. Porém, o Palácio de Buckingham não ficou nada feliz com o título escolhido na época.

Segundo a revista Rolling Stone, o álbum é um dos mais divertidos de todos os tempos, e “se a Rainha não gostou, então ela foi a única”.

4) “Her Majesty” – The Beatles

É claro que, falando de um dos maiores ícones da cultura pop britânica, não poderíamos deixar de fora a banda mais famosa da Inglaterra. Os Beatles, além de conhecerem a Rainha de pertinho, também aproveitaram para fazer uma homenagem à monarca.

Her Majesty” é uma espécie de demo inserida em uma versão superdeluxe do álbum “Abbey Road” (1969), um dos álbuns de maior sucesso do quarteto inglês. Nela, Paul McCartney canta sobre como “sua majestade é uma garota muito legal, mas não costuma falar muito/Eu espero um dia conseguir dizer a ela o quanto eu a amo”. É um take bem curtinho, mas que, para qualquer fã, não deixa de ser uma delícia de escutar.

5) “Illuminati” – Madonna

O que pode acontecer quando duas rainhas se encontram? Para Madonna, foi uma situação bem peculiar. A rainha do pop conheceu a Rainha Elizabeth em 2002, e disse ter uma crise de risos logo após, quando percebeu que a monarca não fazia a menor ideia de quem ela era. 

Alguns anos depois, no álbum “Rebel Heart” (2016), Madonna citou a Rainha em “Illuminati”, faixa na qual faz piada de histórias falsas que correm na internet, como a que ela estaria envolvida em seitas ou, até mesmo, com iluminatis, junto com Jay-Z, Nicki Minaj, Steve Jobs e tantas figuras relevantes, inclusive, a própria Rainha.

Histórias absurdas do tipo (que beiram lendas urbanas, e até chegam nas fronteiras das fake news) nunca deixaram o imaginário popular, tanto para Madonna, quanto para a Rainha. Ao menos, nesse aspecto, nenhuma delas pareceu ter levado isso muito a sério.

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