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Primavera Sound São Paulo: veja 3 destaques do primeiro dia

Primeiro dia teve shows de Arctic Monkeys, Björk e mais

O vocalista do Arctic Monkeys, Alex Turner, durante show no primeiro dia do Primavera Sound São Paulo. Foto: Divulgação/Pridia

Por Gabriel Haguiô, Luciana Lino e Rodrigo Neves – O Primavera Sound São Paulo começou neste sábado (5). Em dois dias de festival, cerca de 60 atrações performam em cinco palcos distribuídos no Distrito Anhembi, com uma programação que tem início por volta de 13h e encerramento previsto às 2h.

No primeiro dia, atrações como Arctic Monkeys e Björk eram algumas das mais esperadas pelos fãs – mas a programação começou desde cedo. Liniker e Tasha & Tracie, por exemplo, levantaram o público do festival na tarde ensolarada de São Paulo. À noite, nomes como Mitski se sobressaíram.

Relembre como foi o primeiro dia de Primavera Sound São Paulo com 3 destaques.

3 destaques do primeiro dia de Primavera Sound São Paulo

1) Espaço amplo com árvores pelo caminho

O Distrito Anhembi foi o local escolhido para se realizar a primeira edição do Primavera Sound São Paulo. O vasto espaço comportou 55 mil pessoas no sábado , segundo a organização – um número que se manteve bem distribuído ao longo do dia, especialmente pela quantidade de palcos e atrações existentes no local. A todo momento, era possível ver um grande fluxo de público circulando entre os diferentes recintos do evento, tornando a experiência de festival dinâmica.

Entretanto, o horário apertado entre os shows dificultou a experiência de quem contava em assistir duas apresentações próximas umas das outras. Isso porque a distância entre os palcos chegava a até 1,2 km – foi o caso entre o Palco Beck’s, que recebeu bandas como Arctic Monkeys e Interpol, e o Palco Elo, que se mantém localizado no início do sambódromo do Anhembi. A caminhada de um ponto ao outro pode chegar de 15 a 20 minutos, aproximadamente.

Para quem não estiver com pressa, esse percurso pode ser o melhor momento para realizar as célebres fotos para marcar a presença online no festival, com destaque para o letreiro oficial do festival e o stand da Beck’s, que possui muitas luzes e uma escada externa para descanso. Outros diversos stands com ativações de marcas estão espalhados pelo local.

Mas um dos pontos mais sinalizados pelo público foi a presença de árvores no local, sobretudo na região do palco Beck’s, um dos principais do evento. No show do Arctic Monkeys, por exemplo, era possível ver diversas pessoas que subiram nos troncos para tentar garantir uma boa localização do palco. Com a grande concentração de pessoas no local na hora das apresentações, aliada ao espaço estreito reservado para o palco, a logística atrapalhou a visão dos presentes.

2) Intérpretes de Libras em telões do palco Beck’s

Durante a divulgação do evento, a organização do Primavera Sound anunciou as medidas de acessibilidade presentes no festival, como uma equipe especializada para auxiliar PCDs e seus acompanhantes e a presença de rampas ao longo das instalações.

Um dos destaques foi a inserção de intérpretes de Libras nos telões de determinados palcos, como nos telões do palco Beck’s – certamente um diferencial dentre os principais festivais de música do país.

3) Shows variados e para todos os gostos

De fato: “música” é a palavra que resume o conceito e o contexto que englobam o Primavera Sound. O festival, originário de Barcelona, na Espanha, e existente desde 2001, caracteriza-se não só por divulgar nomes mundialmente conhecidos da música, mas também por apresentar artistas ao grande público. Na edição brasileira do evento, gêneros como pop, rock, indie, rap, trap e MPB se sobressaem no line-up.

Um dos headliners da noite foi a banda britânica Arctic Monkeys, que se apresentou no palco Beck’s. Trazendo a turnê do álbum “The Car”, lançado em outubro, o grupo foi ovacionado sobretudo ao tocar as faixas do álbum “AM”, de 2013, disco que trouxe sucessos como “Do I Wanna Know?”. Passam os anos, mudam as fases, mas o Arctic Monkeys segue enorme por onde quer que vá, comovendo os fãs e reunindo multidões.

O vocalista Alex Turner pouco conversou com o público ao longo de 1h20 de show, mas a ausência foi compensada pelo passeio à discografia da banda – “Arabella” (2013), “Crying Lighting” (2009) e “I Bet You Look Good on the Dancefloor” (2006) são bons exemplos do equilíbrio do setlist. Com o charme e a irreverência de sempre, os britânicos levantaram o público, seja em suas versões famosas ou em novos arranjos, como “505” (2007) – a mais cantada de toda a noite, ao lado de “Do I Wanna Know?”. Leia a resenha do show no Rio de Janeiro.

Uma figura carimbada em terras brasileiras por suas passagens anteriores, o Interpol também foi uma das atrações a embalar a noite de sábado no Anhembi no palco Beck’s. Com um ritmo devagar para uma apresentação ao vivo, mas já característico do grupo, a banda tocou hits como “Evil”, “Rest My Chemistry” e “Obstacle 1”. O público se empolgou em determinados momentos, mas de forma geral, acompanhou atento ao show. Tradicionalmente, o grupo liderado por Paul Banks se apresenta com os telões em preto e branco, criando uma atmosfera mais intimista e melancólica.

Em sua primeira apresentação no Brasil em 15 anos, Björk era uma das atrações mais aguardadas do primeiro dia de Primavera Sound e foi uma das mais comentadas do festival – por diferentes motivos.

Acompanhada da orquestra brasileira Bachiana Filarmônica ao longo de todo o show, a cantora apresentou seu repertório em uma apresentação marcada por sua voz, sem batidas e baterias – formato pouco usual para um festival. Performática, a artista também pediu aos presentes para que não usassem o celular, desfrutando do show.

Pela primeira vez no Brasil, a artista nipo-americana Mitski conseguiu atrair um grande público para o Palco Primavera. A plateia contava com fãs apaixonados e que sabiam cantar as músicas do setlist, o que arrancou elogios de Mitski: “Bom trabalho” – falando em setlist, a ordem deste foi diferente de suas últimas turnês. A musicista, que possui seis álbuns de estúdio, também engajou e surpreendeu pessoas que não conheciam seu trabalho anteriormente. Um dos destaques da apresentação foi sua performance e interpretação no decorrer das músicas. (Colaborou Katherine Fioravante)

À tarde, a cantora Liniker se apresentou no Palco Primavera performando as canções do álbum “Indigo Borboleta Anil”, trazendo uma leve atmosfera ao festival com sucessos como “Psiu” e “Baby 95”. Mais cedo, Tasha & Tracie subiram no palco Beck’s, abrindo o evento em uma performance elogiada. Luccas Carlos, L7NNON, Tim Bernardes, Badsista, Beach House, José González e mais nomes também trouxeram grandes shows ao evento, marcado pela pluralidade de gêneros musicais e de performances.

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