Pra quem gosta de the XX, Beach House, DIIV, Beach Fossils, e Empire of the Sun
Comecei a escutar Future Islands em 2014, logo após o lançamento de “Singles” – álbum que ajudou a alavancar a carreira de Samuel Herring, Gerrit Welmers e William Cashion. Primeiro vi a capa: uma belíssima arte com uma mulher com a cabeça entre as nuvens ( que simboliza, em parte, o mundo dos sonhos) e parei para ouvir. E ainda bem que fiz isso! Um disco tão profundo, repleto de sentimentos aflorados… A alma até se enleva!
E o que dizer dessa ICÔNICA performance de “Seasons”, lá em 2014? Até hoje é comentada! Existe outro vocalista de uma banda indie que faça ISSO?
“The Far Field” não fica por menos: vai fundo nos sentimentos ao falar de amor e de términos de relacionamento. Em “Aladdin”, canção com uma letra muito bem elaborada que soa como poesia para os ouvidos, Herring canta sobre ter construído um barco pra dois, aceitação da pessoa amada e a saudade de um amor que “era real”.
“Time On Her Side” revela um sentimento ainda mais profundo e uma dor de uma ferida que não quer cicatrizar. “Ran” se debruça ainda mais no sofrimento: “And I can’t take it, I can’t take this world without/ This world without you” (“E eu não aguento, eu não posso levar este mundo/ Este mundo sem você”).
“Beauty of the Road”, que vem logo em seguida, é sobre um relacionamento do passado de Sam Herring, que terminou por conta de sua vida na estrada. Anos depois, eles se reencontram e relembram o amor que sentiam no passado.
Em “Cave”, o sofrimento é exteriorizado de forma mais profunda: “Is this a desperate wish for dying?/ Or a wish that dying cease? The fear that keeps me going and going and going/ Is the same fear that brings me to my knees” (“É um desejo desesperador por morrer?/ Ou um desejo de que a morte cesse?/ O medo que me faz continuar/ É o mesmo medo que me faz ficar de joelhos”). “Through the Roses” ainda se debruça na dor, mas há uma frase de esperança no final.
“North Star” é sobre querer alcançar o ser amado, que se encontra distante. Sobre esse constante problema devido a vida que leva, Sam Herring declarou: “Minha vida amorosa é uma bagunça porque se eu encontrar alguém em Baltimore é um relacionamento de longa distância e, se eu encontrar uma pessoa maravilhosa do outro lado do país, também será um relacionamento de longa distância”.
Em “Ancient Water”, o eu-lírico revela um desejo de se sentir melhor e se conectar mais com o mundo; em “Candles”, há uma incerteza quanto até onde pode ir um novo relacionamento com alguém que está em sofrimento; “Day Glow Fire” oferece um novo mergulho nas memórias doloridas de Herring; “Shadows”, parceria com Debbie Harry, é uma canção sobre pessoas que se amam; a belíssima “Black Rose” encerra o álbum, inspirada num breve affair de Herring.
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