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Normani na Allure: “Muitas descobertas estão acontecendo”

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Normani para a Allure. Foto: Adrienne Raquel

Na capa da Allure de setembro, Normani abriu o coração e falou sobre o processo de encontrar amor próprio ao longo de sua vida e carreira. A cantora recentemente lançou seu novo single “Wild Side” em parceria com Cardi B e vem se preparando para o lançamento de seu aguardado primeiro álbum solo.

Normani deu início oficialmente a carreira solo há dois anos, com o single “Motivation”. A música, juntamente ao clipe, trouxeram ao público um sentimento nostálgico, já que as referências, como “Crazy In Love”, de Beyoncé e Jay-Z levavam à essa sensação. Agora, com o seu comeback esperado durante dois longos anos, a energia já é outra. A cantora decidiu se apoderar de sua sensualidade e mostrar isso em sua música.

O carro-chefe da nova era, “Wild Side”, mostra isso claramente, desde a letra ousada, co-escrita por Normani e Starrah, passando pelas batidas contagiosas e a diversidade de looks e cenários utilizados na produção do videoclipe. “Eu cheguei para Starrah e disse ‘eu quero algo realmente sexy'”, ela explicou. “Me sinto como uma mulher agora. Essa é a música que eu preciso para me sentir como uma bad bitch“, completou.

Normani para a Allure. Foto: Adrienne Raquel

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As descobertas até a autoconfiança

Durante a conversa, Normani comentou sobre os momentos de dificuldade que precisou enfrentar até conquistar sua autoconfiança e amor próprio. Mesmo com a família sempre oferecendo suporte e afirmando palavras positivas para ela, as influências externas não deixaram de ter influência nos processos. “Eu sofri muito bullying. Sentir que não havia representatividade dentro da escola era muito difícil”, contou.

Ela compartilhou ainda que esse fator foi decisivo para que a família optasse pela educação dentro de casa, homeschooling, como é chamado nos Estados Unidos. Mesmo assim, os efeitos da rejeição enfrentada quando criança ecoa em Normani ainda hoje. “Sempre me senti como a perdida em tudo que fiz”, desabafou.

A cantora falou também sobre as vivências nos seis anos de Fifth Harmony e os traumas adquiridos pelo tempo no grupo. Enquanto fazia o seu trabalho acompanhada das quatro colegas, ela precisou enfrentar diversos ataques racistas na internet, além de ser constantemente subestimada. “Eu nunca pude cantar de verdade no grupo. Eu me sentia esquecida. Essa ideia foi projetada em mim, como se fosse o meu lugar”.

Normani para a Allure. Foto: Adrienne Raquel

Encontrando o próprio espaço

Mesmo com as dificuldades, o último ano foi essencial no processo de cura para Normani. A chegada da pandemia permitiu desacelerar e olhar para dentro, momento em que ela pode processar toda a sua trajetória desde o início da pausa do Fifth Harmony, até o início da carreira solo. “Muitas descobertas estão acontecendo nos últimos dias”, disse sobre colocar todos esses momentos em perspectiva.

“Existe uma diferença entre saber quem você é e saber quem você é. Eu sei, mas estou começando a descobrir”. Normani mostra que após 25 anos ouvindo que deveria diminuir o tom, ela está pronta para se despedir da síndrome do impostor e aceitar o brilho que a acompanha desde sempre.

Normani para a Allure. Foto: Adrienne Raquel

Etapas finais da produção do álbum

Agora, a cantora está chegando nas etapas finais da produção de seu álbum debut, que vai mostrar de forma transparente o processo de amadurecimento que a trouxe até esse momento.

Após muitos anos ouvindo ordens enquanto tentava desconstruir os estereótipos que a cercavam, Normani está pronta para mostrar sua verdade ao público. E ela quer fazer isso saindo da caixa e explorando os mais variados ritmos.

“O propósito do que faço é para as pessoas que acham que sabem tudo sobre as mulheres negras. Existem muitas camadas em nós, muitas texturas e muito que somos capazes de fazer. Sim, eu posso rebolar minha bunda. Mas, também posso te dar uma contagem apropriada de oito, posso fazer ballet e dança contemporânea. Se eu quiser cantar uma balada pop, você vai amar! Tudo isso enquanto você olha para minha pele negra.”.

Para ela, o álbum vem em um momento crucial de aprendizado sobre se abrir acerca de seus sentimentos. “Para mim, fazer isso requer muito esforço. É o fim do espectro. É vulnerabilidade. São as coisas que me assustam, que me deixam insegura”, desabafa.

Entretanto, ao invés de se esconder atrás das barreiras do passado, ela quer levar os fãs com ela dessa vez. “Estou me reinventando. Agora vocês finalmente poderão me ver com essa consciência – de que sou a melhor”.


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