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Review: Lagum reflete sobre sonhos e memórias em seu melhor disco

Lançado na última sexta-feira (10), ‘MEMÓRIAS (de onde eu nunca fui)’ é o terceiro e mais completo disco do Lagum. Após uma tragédia pessoal que afetou a banda, o falecimento do baterista Tio Wilson, o disco funciona como uma homenagem ao amigo, passeia por reflexões sobre a vida durante os seus ‘vinte e poucos anos’ e, claro, os sonhos, ou como a banda gosta de chamar: as memórias de onde nunca foram.

lagum memórias de onde nunca fui
Foto: Divulgação | Lett Sousa

‘MEMÓRIAS (de onde nunca fui)’ e a arte de se criar memórias

O disco conta com parcerias com Emicida, L7NNON e Mart’nália. Durante as 10 músicas os destaques ficam para as reflexões sobre a vida, paranoias, e amor. Esse último tópico é abordado de forma interessante em ‘NÃO VOU FALAR DE AMOR’, onde revelam que não querem problemas e por isso não iniciam um relacionamento.

Mas o grande destaque do disco fica com ‘EU E MINHAS PARANOIAS’, uma produção que é quase impossível não se identificar após dois anos de pandemia, home office e aquele conhecido sentimento de culpa por algo feito há anos. A canção explora mais a guitarra, remetendo a época de ouro do Simple Plan e Blink 182.

Em evento para a imprensa e fãs na última quinta-feira (9), a banda revelou que a turnê do disco está sendo preparada com muito carinho. Na ocasião, foi apresentado uma versão visual do disco, em que podíamos acompanhar os membros da banda curtindo as produções enquanto brincam uns com os outros. O curta-metragem será disponibilizado no YouTube, ainda sem data definida.

Tio Wilson e a gratidão presente em ‘MEMÓRIAS (de onde eu nunca fui)’

Sempre presente, a lembrança de Tio Wilson no disco é quase que onipresente, até por ter participado de toda a produção do álbum. Dos detalhes às homenagens claras, a banda demonstra o amor e gratidão ao eterno integrante de diversas formas.

Em ‘FESTA JOVEM’ é possível perceber a gratidão também aos familiares, citando a vó, mãe e até com áudio do Tio, que abre a produção. As linhas de baixo presentes em todo o disco são um destaque a parte, levando as canções para um nível muito interessante e cativante. ‘VEJA BABY’ e ‘MUSA DO INVERNO’ são as que mais se aproveitam do instrumento em sua totalidade.

‘MEMÓRIAS (de onde eu nunca fui)’ é o melhor disco do Lagum, que aborda diversos temas com a leveza que a banda sempre ofereceu, só que agora em sua melhor versão.

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