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Entrevista: Jeremy Zucker fala sobre novo álbum, sofrência e quarentena

Por Nina Dacier

Alerta de sad boy hours! Se você é uma cria do Tumblr; ama músicas com uma atmosfera calma; letras tocantes e perfeitas para apreciar aquela meia-hora de sofrência; então precisa conhecer o Jeremy Zucker (caso ainda não conheça).

Jeremy Zucker é um americano de 24 anos que começou a fazer música enquanto ainda estava no ensino médio. Desde então, ele vem compondo, cantando e produzindo suas próprias faixas. Quase um one man band! Além de todo o talento musical, ele ainda é super inteligente, formado em Biologia Molecular pela universidade de Colorado.

Jeremy Zucker. Foto: Divulgação

Desde 2015, Zucker já lançou 8 EPS. Em 2018, lançou um dos seus mais famosos singles, “All the kids are depressed”, que tem uma melodia leve, animada e letra inspirada na geração dos tempos atuais e seus problemas com ansiedade/depressão.

A maioria das letras são compostas por ele mesmo. Isso torna sua música muito pessoal e fácil de se relacionar, já que os jovens de 20 e poucos anos tendem a terem problemas e questionamentos parecidos.

Nesta sexta-feira (17), Jeremy Zucker vai lançar seu debut álbum chamado “love is not dying”, que conta com os singles já lançados “Julia”, “Always I’ll care”, “Oh, Mexico” e “Not ur friend” (sendo esse último, o único de todo o álbum que não foi composto e produzido inteiramente por Zucker).

E o Tracklist conversou com ele sobre esse novo trabalho, em um bate-papo que também abordou sofrência, isolamento social e muito mais. Veja a seguir!

Entrevista com Jeremy Zucker

Tracklist: Você já lançou diversos EPS. Como é a sensação de finalmente lançar um álbum?
Jeremy Zucker: É surreal! Eu tenho esperado muito por esse momento (de lançar um álbum)! Estou super ansioso.

Você cantou, escreveu e produziu o álbum inteiro praticamente sozinho. Uma liberdade que nem todos os artistas têm. Você considera que trabalha melhor sozinho?
Sim, eu sou bem sortudo por ter toda essa liberdade. Acho que trabalhando sozinho consigo ter certeza de que o resultado final vai ser exatamente do jeito que eu quero que seja.

Seu EP em colaboração com Chelsea Cutler é incrível! Quais outras colaborações você sonha fazer?
Oh, obrigada! Outras colaborações? Eu não tenho uma colaboração dos sonhos porque não quero ter que mudar meu estilo para ter que colaborar com alguém, mas acho que eu conseguiria fazer músicas muito boas com o Matty Healy, do The 1975. Acho que essa seria uma collab mais realista para mim, em termos de fazermos uma música que tenha o tom certo para nós dois.

Nós já pudemos ouvir “Julia”, “Not ur friend”, “Oh, mexico”, “Always, i’ll care”, e essas são músicas com uma vibe bem sofrência…Tem certeza que o amor não está morrendo, cara?
(Risos) Sim! Espere até ouvir o resto do álbum, tem definitivamente mais músicas tristes lá.

Mais músicas tristes no álbum, hein? Quais músicas você está mais animado para que os fãs ouçam?
Eu acho que… Bom, essa é provavelmente a música mais triste do álbum, a “Hell or flying”. Acho que será uma das favoritas dos fãs. Também tem uma chamada “Orchid”, é outra bem triste, mas é bem bonita. Acho que, dentre as músicas novas, tem um equilíbrio entre músicas felizes e músicas tristes… Talvez mais tristes que felizes, mas tem umas felizes também.

E quais você está mais animado para tocar nos shows?
Eu estou realmente ansioso para tocar “Lake House”, vai ser divertido. E “Julia” também.

Você se formou na faculdade enquanto trabalhava em suas músicas. Isso não é uma coisa fácil. Você tem dicas para dar a pessoas que sonham em fazer o mesmo?
Bom, eu me graduei em uma área bem difícil, minha faculdade era bem exigente, e de alguma forma eu consegui encontrar tempo para ter uma vida social e manter minha carreira musical.

Se você fizer tudo por conta própria: compor, cantar, produzir sem depender de outras pessoas, na real não toma tanto tempo fazer e lançar música nesses primeiros momentos (da carreira), porque não tem nada mais que você precise fazer.

Agora que eu estou mais estabilizado nessa carreira, as coisas que mais tomam meu tempo são entrevistas, papelada, planejamento de turnê… E quando você é um artista no comecinho de carreira, não precisa fazer nada disso, então é realmente fácil conciliar estudos e música.

Eu acho que tem um conceito errado de quando mais tempo você dedicar a sua carreira no comecinho, mais sucesso você vai alcançar. Isso não é inteiramente verdade! Tem muita gente que acha que é necessário abandonar os estudos para seguir uma carreira musical, como se fosse essencial, mas na realidade o que é essencial é saber quem você quer ser, que tipo de música quer fazer… Eu acredito que músicas boas são reconhecidas, mais cedo ou mais tarde. Estar estudando ou não, não interfere muito nessa questão.

Jeremy Zucker. Foto: Divulgação

Como está sendo o isolamento social para você?
Tem sido meio difícil, mas eu por sorte não moro sozinho e ainda consigo trabalhar em casa, minha família ajuda. A coisa que tem sido mais difícil é não poder ver ninguém pessoalmente. Também tem o fato de que (o isolamento) já está rolando há bastante tempo e ainda vai continuar rolando. Estou tentando me manter firme e focar nas coisas animadoras do futuro.

Quando as coisas melhorarem, você tem que vir ao Brasil, cara! Você AMARIA ir ao Brasil!
Eu sempre vejo comentários nas minhas redes sociais pedindo para eu ir aí, acho super fofo!

Falando nisso, você pode mandar uma mensagem para seus fãs brasileiros?
Meus fãs brasileiros: eu VEJO os comentários de vocês, e vejo suas DMs, e gostaria que vocês soubessem que assim que eu puder, irei ao Brasil! Muito obrigado por todo o apoio, amo vocês!

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