Originalidade, versatilidade e muito talento são atributos garantidos em qualquer trabalho da jovem Becca Perret. Acompanhada do grupo de axé beat Filhos da Bahia, a artista expressa toda sua brasilidade em seu novo single “Não Espero o Sol”. Em entrevista ao Tracklist, Becca Perret fala sobre a importância da música para ela, próximos lançamentos e mais.
A faixa carrega uma grande importância em meio ao momento atual da cantora, que vem travando uma batalha contra a depressão há cerca de um ano. Esse é o primeiro lançamento de uma sequência, na qual Becca irá abordar diversas questões sobre saúde mental até o Setembro Amarelo.
Entrevista: Becca Perret
Tracklist: “Não Espero o Sol” foi lançada após sua pausa dos lançamentos. Porque ela foi a escolhida e qual a importância dela para você?
Becca Perret: Essa música seria apresentada para outra artista, mas desde a primeira vez que eu a ouvi me identifiquei muito com a letra, por conta desse período turbulento que eu estava vivendo. Passei por um momento bem difícil de depressão. Foi um período que eu estava precisando muito me encontrar e encontrar um propósito para a minha vida. Tinham dias que eu nem conseguia levantar da cama. E essa música me resgatou desse momento e me deu o propósito que eu precisava, me ajudou a levantar. Então acabei criando um laço afetivo forte com ela.
A música já havia sido pensada para ser uma colaboração? Como foi o convite para trabalhar com Filhos da Bahia?
Assim que decidi lançar essa música pensei em trazer uma colaboração que pudesse deixá-la ainda mais perfeita. Quando minha equipe sugeriu Filhos da Bahia tive a certeza de que teria que ser eles. Eles deram um toque especial e souberam colocar toda a energia e alegria que o projeto precisava. Eu queria muito que o clipe fosse gravado na Bahia, pois seria algo muito simbólico para mim. Então, essa parceria deu o match perfeito! Eu estou muito feliz com o resultado!
Esse é o primeiro lançamento de uma sequência que irá tratar de um assunto bem importante como a saúde mental. Como a música te ajuda nesse quesito?
Em todo esse período, a música foi o que me resgatou. Seja quando eu estava no palco ou quando eu estava cantando, eram os únicos momentos que eu conseguia me sentir bem comigo mesma. A música foi crucial para essa minha fase, porque a arte salva, a arte cura. Então, “Não Espero o Sol” é uma música de cura para mim.
Qual a principal mensagem que você quer transmitir aos seus ouvintes? E como você enxerga seu papel nesse trabalho?
A mensagem que eu quero passar é sempre uma mensagem sobre vida, sobre paz, sobre amor. Eu canto sobre a vida, independentemente de qual seja o momento. Seja um momento mais feliz ou um momento mais triste, a música está sempre presente na nossa vida. Então, ter ela como uma forma de se expressar é algo maravilhoso e mágico. Eu tenho cantado tudo que eu tenho vivido, minhas experiências, sensações novas. E acaba que as pessoas se identificam com isso.
Acho que essa é a importância de quem trabalha com música. A gente vira um canal para muitas pessoas que se identificam com aquilo que a gente canta ou diz. Espero que eu possa usar esse meu papel para sempre influenciar pelo lado positivo, a favor da vida, da simplicidade, do amor. Que as pessoas possam sempre encontrar nas minhas músicas um conforto ou um incentivo.
Pode adiantar o que esperar dos próximos singles?
Essa fase tem sido muito gostosa, porque a cada vez que eu vou no estúdio e componho uma música nova, eu fico com vontade de compor mais. É uma fase que eu venho me encontrando cada vez mais, encontrando meu espaço, minha musicalidade.
Tenho testado sonoridades diferentes e sinto que Becca Perret está nascendo. Então, podem esperar muita coisa boa e, principalmente, muita brasilidade. A cultura brasileira é algo que me instiga e me deixa animada, então essa é com certeza uma das características principais da minha arte e do meu trabalho, brasilidade nas mais diferentes formas.