A cantora Duda Beat é a nova capa da edição de dezembro da revista Marie Claire Brasil. Em entrevista, a voz de “Bixinho“, que lançou o seu segundo disco de estúdio em maio deste ano, falou sobre carreira, vida pessoal e a precoce perda de Marília Mendonça.
“Me inspirei nela, na intensidade e na coragem. Marília é a rainha da sofrência. Não sou eu, sempre será ela. Uma coisa que gosto que a gente tenha em comum, além de Caetano ter nos citado na mesma canção [“Sem Samba Não Dá”], é que também falamos do que vem depois da sofrência, que é o empoderamento. A gente se falou pouco em vida, mas eu era e continuo sendo muito fã. Por tudo que ela foi, por tudo que representava para as mulheres e para a música”, desabafou a recifense.
Leia também: Exclusivo: confira letra de “Leilão”, nova música de Gloria Groove
“A minha música pertence às rádios”; confira entrevista de Duda Beat para edição de dezembro da revista Marie Claire
Aos 34 anos, Duda Beat se tornou um dos nomes que estão na boca de todo mundo quando o assunto é a nova geração do pop brasileiro. Em abril deste ano, ela lançou o seu segundo disco de estúdio, “Te Amo Lá Fora“, que contou com muitas referências das raízes pernambucanas, inclusive com a participação de Cila do Coco. Com muito brega, tecno e uma pitada de amadurecimento emocional, Duda falou sobre o novo projeto enquanto um resultado do autoconhecimento e do amor próprio.
“Cantei meus desamores e as pessoas se identificaram. Escancarando as minhas histórias me curei um pouco de tudo que vivi com os homens. E isso me deixa cheia por dentro”, contou Duda Beat, que hoje divide a vida e os palcos com Tomás Tróia, seu marido, produtor e músico na banda.
A artista, que nasceu em Recife e foi morar no Rio de Janeiro aos 18 anos de idade, ainda falou sobre a vida acadêmica que tentou desde cedo. Medicina e Direito foram algumas das opções para cursar, até que escolheu Ciências Políticas. Apesar do trajeto imprevisível, Duda disse que a música a encontrou após um retiro espiritual. “Me apaixonei por músicos, sempre e invariavelmente. Nesse retiro, chamado Vipassana, entendi que um jeito de superar os amores que só davam errado era me tornando um pouco do que eles eram. Ser eu a artista, a cantora e a estrela”, desabafou.
Sobre as expectativas para o futuro, Duda disparou: “A minha música pertence às rádios. É uma produção mainstream, é música popular brasileira. E eu vou conseguir [chegar nas rádios], porque acreditar é o primeiro passo. Quero que, mais do que eu, a minha música chegue às pessoas. Esse é o grande barato da arte, transformar a vida das pessoas. É onde quero chegar.”