Dennis DJ cedeu, recentemente, uma entrevista ao Tracklist. O artista falou, entre outros temas, sobre o seu novo álbum “O (Im)possível” – Parte 2”, lançado nesta sexta-feira (20).
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Assim como a primeira parte do álbum, o novo trabaho do DJ une o funk ao piseiro e ao sertanejo. Com 10 faixas, interpretadas ao vivo, o álbum conta com participações de artistas como Maiara & Maraísa, João Gomes, Naiara Azevedo e Felipe Amorim.
Saiba mais sobre o álbum e outros assuntos – como a escolha do carro-chefe do projeto, a história por trás do single “Roubando a Cena”, o futuro documentário sobre a vida do artista e mais!
Acompanhe nossa entrevista com o Dennis abaixo
Você está prestes a divulgar a segunda parte do projeto “O (Im)possível”. Quais as expectativas para este lançamento?
DENNIS: A expectativa é que o público curta demais, se divirta demais. Tem uma sofrenciazinha ali, mas também tem umas músicas ali dando a volta por cima; umas músicas ali mais extrovertidas, mais animadinhas, está bem bacana. Espero que a galera curta demais, porque foi feito com muito amor, muito carinho.
A primeira faixa do novo trabalho é “Sofrer Dando Botada”, uma parceria com Felipe Amorim. Ela estará disponível para o público antes do lançamento do álbum, e também ganhará um clipe. Por que essa música, em específico, foi escolhida como um dos destaques do projeto?
DENNIS: Porque é uma música que está bem atual. “Eu vou sofrer, sofrer dando botada” – já cabe numa coreografia ali para um TikTok, para um Reels, porque é um papo que realmente rola. Nessa música, o cara está ali falando que não queria terminar com a namorada, com a mulher, mas não tem jeito. Ela não quer, não quer de jeito nenhum. Então, ele está falando: “Oh, vou sofrer, mas eu vou sofrer pegando outras gatinhas. Sofrer dando botada por aí”.
Na verdade, a gente se reuniu com a equipe, mostrou várias músicas, diversas, para várias pessoas. E também tem muito da disposição do artista. Às vezes o artista não pode trabalhar com certa música naquele período. Mas, então, casou tudo perfeitamente. O Felipe Amorim não tinha nada para lançar por agora, e é uma música que a gente acredita muito. Então, unimos o útil ao agradável para poder lança-la como carro-chefe.
Seu novo projeto conta com participações de nomes de peso do cenário sertanejo e do piseiro – como Maiara & Maraísa, Naiara Azevedo e João Gomes. Como um produtor que veio do funk, como é juntar suas referências com as influências desses artistas?
DENNIS: Ah, misturar minhas influências com as desses artistas é uma coisa que, para mim, graças a Deus, é fácil. Quando eu fiz o primeiro funknejo, lá em 2012 – era o ‘Louca, Louquinha’, com João Lucas e Marcelo – era uma coisa que o pessoal ainda achava muito nova. Diziam: “Nossa, mas ficou legal essa mistura do funk com a pegada do sertanejo”, e tal. E de lá para cá eu não parei mais, né. Eu sempre estou misturando, sempre estou fazendo uma música ali. Seja com Wesley Safadão, Marília Mendonça, Maiara & Maraísa, Luccas Lucco, Henrique & Diego, Xandy Avião. Se você for reparando aí, estou sempre fazendo as músicas com os caras, misturando com grandes artistas do Brasil. Está na normalidade hoje, porque para mim é tudo música popular brasileira, 100% brasileira. Tanto sertanejo quanto funk, e os dois juntos caminham muito bem.
Recentemente, você trabalhou em uma parceria com sua filha, Tília, e MC Kevin O Chris. Como nasceu essa faixa, e como foi o processo de produção?
DENNIS: Eu já estou preparando um outro álbum, né. Um outro álbum só de funk. E um dos funks que tinham nesse projeto, que ainda não tinha dono, era essa música, “Roubando a Cena”. A Tília estava no estúdio, e ouviu, e ficou: “Ai, eu gostei muito dessa música, pai”. E ficou uns dois dias falando da música, que gostava muito dela. E eu falei: “Tá bom, Tília. Você quer a música, né?” Então eu tirei do meu projeto e dei para a Tília, para ela pôr no projeto dela.
Até então não tinha o Kevin ainda, [e ela falou] depois: “Ah, pai, agora quero botar o Kevin para cantar, o que você acha?” E eu respondi: “Eu acho maravilhoso”. “Mas o Kevin falou que não tem tempo de escrever a música, você pode escrever a parte dele?” E aí eu sentei para escrever a parte dele. E aí foi “Ah, eu quero uma coisa muito dancinha, tal, com a parte do Kevin que seja pra viralizar no TikTok”. Então eu fiz o ‘Lança, desembola, joga pro alto, empina, vai’. Um chicletinho ali que está na cabeça da galera e que está indo muito bem. Então foi assim que nasceu essa parceria, as coisas vão acontecendo.
Você revelou que há um documentário sobre sua vida e carreira em produção. De onde surgiu a ideia de criar esse material audiovisual?
DENNIS: Esse é um sonho bem antigo meu. Eu sei que tenho uma história que muita gente não conhece. É uma história inspiradora, de muita superação, entendeu? Eu sei que é meio clichê falar isso, porque todo brasileiro tem uma história de superação. Todo brasileiro bem-sucedido sempre tem uma história bem bonita. Só que eu tenho uma história para contar também sobre o meu olhar do funk, do estilo funk; como é que eu aprendi a gostar, como é que eu entrei nesse mundo, como é que eu comecei a fazer parte disso, sabe? Foi tudo muito rápido, eu era uma criança de 9, 10 anos curtindo funk, e aos 15, 16 eu já estava no profissional, fazendo grandes hits que tocam até hoje pelo brasil afora. Mas paralelo a isso tem toda a história do funk, que muita gente não conhece. Tem a minha história, também, de vida, que as pessoas vão se impressionar muito.
Então, é uma coisa que eu já venho pensando já de alguns anos para cá, que eu venho fazendo umas anotações. E, agora, surgiu essa oportunidade. Conheci o diretor Oscar Rodrigues Alves, que é um diretor superpremiado, enfim… tem trabalhos maravilhosos, e eu vi um filme dele que ainda não lançou. Tive a oportunidade de assistir esse filme, e eu falei: “Cara, você tem que fazer um filme meu” [risos]. E aí foi assim: “Então bora, vamos fazer”. E a gente não sabe muito bem se vai ser um filme, se vai ser uma série, se vai ser uma minissérie, mas a gente já está filmando. Tem muito material legal, e é isso. Estou muito feliz, muito empolgado com mais esse sonho.
Em junho, você se apresentará no Arena Vale Music Fest. Como está a agenda de shows? Há outras apresentações planejadas?
DENNIS: A agenda de shows está bem cheia. Está bem lotada. Se eu não me engano, não temos mais nenhum sábado ou uma sexta para vender esse ano. Graças a Deus, tem dois, três shows num sábado, sempre. As pessoas estavam com muita saudade, né. Eu também estava com muita saudade. Então, assim, as pessoas acompanharam bastante na pandemia, a gente tentava ali matar um pouquinho da saudade. Mas quem já foi ao show, quem já foi ao Baile [do Dennis], sabe que nada é igual a estar ali ao vivo, a cores. Mas na pandemia eu também ganhei muito público, que ainda não tinha curtido ali o show, o baile. Então está essa mistura de públicos. De quem já tinha curtido, quem não curtiu, quem me conheceu a partir da pandemia; a partir de certas músicas de um ano, dois anos para cá. Então, está uma loucura boa. A agenda está, graças a Deus, indo muito bem.
Por fim, você já teve grandes conquistas em seus mais de 25 anos de carreira. Nesse sentido, quais são os próximos passos? Existe algo que você ainda sonhe em conquistar?
DENNIS: Graças a Deus, eu já conquistei muita coisa. Eu sonho em manter o que eu conquistei, acho que esse é o sonho. E eu tenho outros sonhos, claro. De ajudar muita gente através do meu trabalho, através do meu reconhecimento. Acho que no momento certo tudo vai acontecer, mas tem algumas coisas que a gente já faz, que a gente nem divulga. Mas que a gente tem o sonho, de estar ajudando crianças a se profissionalizarem, aprender uma profissão dentro da música, dentro desse universo que eu trabalho. Estamos com vários projetos, assim, desenvolvendo. Alguns já estão engatinhando, já estão começando. Mas o grande sonho é esse – manter o que eu construí, até para poder me dar condições de realizar outros sonhos, e de ajudar pessoas, direta ou indiretamente, que eu não posso ficar contando agora. Mas, enfim, está rolando.
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