Com os preparativos para finalmente lançar seu terceiro álbum, “Leap”, James Bay divulgou para o mundo o seu single mais recente, “One Life”, que traz uma emocionante composição. Em entrevista para o Tracklist, o cantor contou mais sobre o processo de gravação do novo disco e seus planos de vir para o Brasil. Leia a entrevista completa abaixo!
Entrevista com James Bay
Oi, James! Tudo bem?
Eu estou bem, e você? Como vai?
Estou bem, obrigada! Primeiro de tudo, parabéns pelo seu novo single “One Life”, é uma música muito boa.
Obrigado!
O que mais você pode nos contar sobre o processo de escrita e produção dessa música?
Eu a escrevi em 2020 e fui gravá-la, porém veio a pandemia e não consegui lançar mesmo. Mas foi divertido. Quando eu finalmente tive a música pronta, eu pude coproduzir com um grande amigo meu, Ian Fitchuk, que tocou toda a bateria e teclado do meu primeiro álbum [“Chaos And The Calm” (2015)].
Depois, ele foi produzir um álbum bem popular da Kacey Musgraves [“Golden Hour” (2018)]. Ele escreveu e produziu aquele álbum com ela, ganhou o Grammy… foram bons tempos. Nós mantivemos contato em todo aquele período, ele é bem-sucedido. Assim, ele foi fazendo tantas e tantas coisas boas, foi muito legal de observar, como um amigo de tanto tempo. Foi muito bom trabalhar com ele e produzir essa música juntos.
E sim, eu escrevi com alguns amigos em Londres. Foi a primeira música que eu fui capaz de tentar ir a um lugar tão liricamente vulnerável. Meio que foi para celebrar meu relacionamento em que estou há tantos anos com a minha companheira Lucy.
Isso é muito legal. Como foi a reação dela ao ouvir a música pela primeira vez?
Foi uma reação rara. Não é muito frequente que ela imediatamente goste de uma música, e eu preciso que ela seja assim. Se ela disser que ama todas as músicas que eu escrevo, isso não seria muito útil. Eu preciso que ela seja bem honesta, então ela é bem honesta. Essa foi uma das poucas músicas que ela imediatamente amou de verdade.
Sobre o seu próximo álbum, “Leap”, da outra vez que você conversou com a gente do Tracklist, você nos contou que o disco estava quase pronto. Dois anos depois, o que mudou?
Bem, a pandemia continuou. E eu finalizei o álbum! Eu disse que quase terminei, mas eu terminei, e estava pronto para lançá-lo, porém não pude. E foi tão difícil naquela época… eu não curti naquela época.
A pandemia realmente entrou no meio do caminho, e a única coisa que eu poderia fazer enquanto a pandemia continuasse – e eu sei que ela ainda não acabou, que a Covid ainda não foi embora, mas é bom ver o mundo mais aberto –, era continuar a compor músicas.
Então continuei compondo, pensando que talvez eu estivesse escrevendo o meu quarto álbum antes mesmo de lançar o terceiro. Entretanto, muitas das músicas eu senti que elas ficariam melhores do que as que entrariam no meu “quase” finalizado terceiro álbum. Então, segui esse caminho e meio que refiz o álbum três antes mesmo de lançá-lo. Ele se chama “Leap” e será lançado em julho.
Mas essas músicas que não entraram no álbum agora, você planeja lançá-las depois?
Boa pergunta, boa pergunta! Eu acho que, na verdade, se elas forem boas o suficiente, talvez eu as lance. Eu realmente não sei a resposta, por isso é uma boa pergunta. Não tenho certeza. Talvez, talvez elas retornem.
Ok! Estaremos ansiosos por isso. Para este novo álbum, gravado em meio a pandemia, você acha que o processo ser online facilitou para você de alguma forma?
Realmente não é a forma como eu gostaria e escolheria fazer um álbum. Sabe, eu gravei muitas dessas músicas via Zoom. A melhor maneira de fazer música é estar no mesmo lugar com as pessoas, mas como era a única maneira de fazer, então nós fizemos.
Estou feliz que pudemos terminá-lo e que estamos aos poucos podendo voltar a fazer shows. E eu estou com um álbum prestes a ser lançado, estou animado em poder sair dessa quarentena, ter o disco pronto e voltar viajar novamente.
É um novo começo, certo?
Exatamente, exatamente.
E para você, como artista, qual foi a principal lição aprendida pela pandemia?
É uma ótima pergunta. Bem, eu acho que isso realmente ensina você a não tomar nada como garantido. Nem sei se tive algo como garantia. Mas me fez relembrar o quanto eu adoro tocar ao vivo para o público, compartilhando o mesmo espaço.
Quando entrei em quarentena, foi muito difícil de reconhecer a mim mesmo como artista, como um performer. Acho que, depois de um tempo, eu perdi o contato em como isso me fazia sentir.
Da última vez que eu toquei um show antes da pandemia foi em setembro de 2019. Eu não pude voltar a estar em um palco para tocar para o público de novo até setembro de 2020, onde toquei cinco músicas na Inglaterra quando deram uma leve abertura. Foi uma experiência tão emocionante…
Depois disso, eu não toquei de novo até junho de 2021, praticamente outro ano inteiro. Basicamente, toquei cinco músicas para a plateia uma vez, em quase dois anos. E teve gente que nem foi capaz de fazer isso. Foi bem estranho e difícil, e a pandemia me fez entender, mais uma vez, o quanto eu adoro fazer o que eu faço e o quão sortudo eu me sinto.
Certo. Agora, quais músicas você está mais animado para tocar ao vivo? Do novo álbum, dos anteriores…?
Todas elas! Mas, “Give Me The Reason” é uma música que eu realmente curto tocar ao vivo. Há uma música no novo álbum chamada “Love Don’t Hate Me”… eu estou bem ansioso para tocar essa.
Tem outra, chamada “Save Your Love”, que eu também estou bem animado para tocar. Há várias respostas para essa pergunta. Tem também a chamada “Endless Summer Nights” que estou ansioso para tocar… É, estou animado para tocar muitas músicas desse novo álbum, de realmente compartilhá-lo com os meus fãs em um show, em um mesmo local.
E qual é a primeira impressão que você quer que seus fãs sintam ao ouvir pela primeira vez o “Leap”?
Eu gostaria que eles sentissem elevados, sentissem esperança. Que sintam animação pelas músicas, pela música ao vivo, pela música gravada… Eu espero que, para eles, as músicas sejam uma experiência emocionante.
Quais são as principais diferenças entre esse novo álbum dos outros dois anteriores, “Chaos And The Calm” (2015) e “Electric Light” (2018)?
A maior diferença é que, como compositor, as letras têm muito mais vulnerabilidade nelas. Eu nunca havia encontrado, com sucesso, um meio de celebrar as pessoas que são mais importantes na minha vida. Então, quando você escutar ao álbum, escute às letras, porque há muitas vezes em que eu celebro essas pessoas. “One Life” é um grande exemplo.
Eu gravei algumas dessas músicas com uma banda, no mesmo local, todos juntos, com a bateria indo “1, 2, 3!”, e todos nós tocando ao mesmo tempo. Isso não aconteceu o tempo todo… costumava a acontecer, mas não mais. Eu realmente gostei de fazer assim. Pelo menos metade do álbum foi gravado assim. Mas, aí, a pandemia veio, e eu não pude gravar a outra metade dessa forma.
Pois é, a pandemia meio que atrapalhou tudo mesmo. Você tem alguma favorita do novo álbum?
Nunca pode haver uma favorita. Eu amo todas elas, não posso ter uma só… Mas, a última música do álbum chama-se “Better” e eu realmente gosto dela. É uma música muito íntima.
Legal. E, para a última pergunta, quando você finalmente virá ao Brasil para tocar por aqui?
Eu comecei a conversar com o pessoal do Brasil há quase uma hora e eu realmente percebi – óbvio, além da pandemia – que é ridículo que eu ainda não tenha ido até aí. Eu preciso ir ao Brasil. Eu sinto tanto amor e apoio nas redes sociais dos meus fãs do Brasil.
Na verdade, eu acho que em 2019 eu conheci alguns fãs brasileiros na Europa, que vieram para me ver. E eu acho que um fã brasileiro também apareceu em um show meu da última turnê. Então, eu simplesmente preciso ir ao Brasil.
Eu não sei como vai ser em 2022. Mas, de verdade, eu quero ir em 2023.
Por fim, você quer deixar uma mensagem para os seus fãs brasileiros?
É a mesma coisa, na verdade. Eu sinto vocês. Eu sei que vocês estão aí, eu escuto tudo o que vocês têm para dizer, e eu sinto o apoio de vocês! Eu quero compartilhar isso com vocês, pessoalmente, em breve. Eu vou tentar, de verdade. E, quando eu for, eu realmente quero fazer uma turnê brasileira, não apenas um show.
“Leap” será lançado em todas as plataformas digitais no dia 8 de julho. Pré-save aqui.