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Entrevista: Carol Biazin fala sobre “Raio X”, “Beijo de Judas” e mais

Se você gosta de pop e ainda não acompanha Carol Biazin, você está perdendo tempo. A paranaense de 24 anos de idade foi “descoberta” pelo Brasil em reality shows musicais, participou do The X-Factor Brasil em 2016 e foi finalista do The Voice Brasil em 2017.

Além dos vocais impressionantes, Biazin é uma potência na escrita, tendo créditos de composição em hits de outros artistas também, como Luísa Sonza e Day Limns. A música “Penhasco”, que hitou esse ano, tem dedo de Carol em seus créditos.

Foto: Divulação

Em maio de 2021, Carol Biazin lançou seu debut álbum “Beijo de Judas”, trazendo uma inovação para o cenário musical nacional. O projeto veio “pela metade”, algumas músicas estavam “bloqueadas” e foram lançadas em períodos posteriores durante o ano. Com feats com Vitão, Luísa Sonza, Gloria Groove e Dilsinho, “Beijo de Judas” finalmente está completamente liberado nas plataformas de stream.

O último lançamento dessa era foi “Raio X”, parceria de Carol e Dilsinho. A música tem uma vibe acústica e traz uma letra forte sobre um sentimento intenso e assustador. E para falar um pouco sobre esse lançamento, era e momento atual, o Tracklist fez uma entrevista com Carol Biazin

Entrevista com Carol Biazin

A letra de “Raio X” despertou gatilho em muita gente, hein? É forte e traz um sentimento de conselho de amiga, todo mundo já teve ou já foi uma amiga falando “Por favor, para de insistir no errado”, que você traduziu como “melhor perder do que se arrepender”. A inspiração veio de uma experiência real? Como foi o processo de composição dessa música?

“Raio X” é uma história real, e é muito sincera porque eu descrevi muito do sentimento que passei no relacionamento que tenho agora. Entreguei a musa inspiradora da música (risos). E ela fala muito sobre isso de “me olha, mas não me toca. Chega mais perto, mas não tão perto” por causa do medo de dar merda. É quase você dizendo “não” para um sentimento.

Eu gosto muito do refrão que fala: “Você me olha como raio X tentar encontrar o que eu nunca vi em mim”, porque quando a gente pega um raio X, a gente vê coisas que não consegue ver a olho nu. E sabe quando você conhece uma pessoa e pensa: “Nossa, conheci ela hoje, mas parece que já conheço há anos”? Aquela pessoa que você consegue ser muito verdadeira quando está junto. Quando eu vivi essa fase, eu estava assustada. Então, eu tentava fugir muito dessa sensação, por isso eu falo: “É melhor perder do que se arrepender”, mas não deu. “Você me olha feito um Raio X”… Não deu para resistir.

E a entrada do Dilsinho? Você adaptou a música para o verso dele ou ela já tinha sido composta assim, como dueto?

A gente não fez muitas mudanças, a música já era mais ou menos assim. A única coisa que a gente precisou fazer foi mudar o tom na metade da música. Eu paro de cantar, aí a música “seca” e a gente sobe o tom, só que ficou quase imperceptível, quem não está muito ligado nessa parte nem percebe. A gente subiu o tom para o Dilsinho cantar porque fica mais confortável para ele e mais legal. Foi a única coisa que a gente adaptou.

E aquele clipe, menina? Muito conceitual. Tu podes explicar um pouquinho do conceito para a galera?

A gente fez uma reunião conversando sobre os caminhos que a gente podia tomar, eu queria tirar um pouco dessa responsabilidade de ser um clipe romântico, não queria levar a letra da música à risca. Faz praticamente um ano que eu lancei “Beijo de Judas”, foi em novembro de 2020 e eu me vi crescendo muito durante esse tempo, artisticamente e pessoalmente. Então, eu sentia necessidade de falar mais sobre mim, porque esse é o final do “Beijo de Judas”.

Quando a gente me vê perto daquele pano que tem uma mão, daí a gente toca, depois tem aquela cena que eu estou toda de branco e é quase como se eu tivesse saído daquela parede e virado uma entidade, uma deusa. Então, a brisa era mostrar a evolução da Carol, como se eu mesma fosse meu olhar de raio X, como se eu mesma me enxergasse não transparência de me conhecer melhor, de ser uma artista mais decidida, que não tem mais medo de chegar onde ela tem que chegar. Acho que destravou muita coisa em mim e fez muito sentido no final das contas, quase como se a gente tivesse puxando para uma nova Carol, que vai vir depois disso.

Recentemente tu disse que já não se identificava tanto com “Beijo de Judas”, que era um sentimento mais de começo de carreira. E com “Raio X”, você ainda se identifica?

Sim, para caramba. Sobre “Beijo de Judas”, eu falo que não me identifico mais porque na época que escrevi eu tinha uma mágoa, então é como um desabafo. É um pop com uma crítica, pop mensagem. Mostra uma Carol p*ta com a indústria e com o que estava rolando, como onde as pessoas queriam que eu estivesse ou não. Não queria ser mandada, não queria que as pessoas me falassem o que eu precisava fazer “para fazer sucesso”, então essa era minha crítica de “Beijo de Judas”. Talvez eu estivesse um pouco frustrada também na época, de não conseguir ver que as coisas estavam dando certo. Quando eu falo que não me identifico é nesse sentido, hoje eu já não me sinto frustrada, não sinto que as pessoas querem me colocar em caixas, vi que quebrei muita coisa com esse álbum. É uma evolução de “Beijo de Judas” até “Raio X”.


Para conferir a entrevista com Carol Biazin completa, vai lá no nosso canal do YouTube! Tem mais perguntas, risos e a Carol montando uma playlist para superar uma traição.

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