Poucas semanas após ser considerada a “Artista da Década” pelo AMAs, Taylor Swift voltou a ser homenageada com um título parecido. Dessa vez, a dona do hit “Blank Space” foi eleita a “Mulher da Década” pelo Women In Music.
Segundo à Billboard, idealizadora do evento, a premiação prestigia “mulheres da indústria da música que fizeram contribuições significativas para o negócio”. Assim, além de Taylor, outras cantoras foram homenageadas. Entre elas, Rosalía, Billie Eilish, Nicki Minaj e Alicia Keys.
Taylor Swift no Women In Music 2019
Durante os 15 minutos em que passou discursando, Taylor Swift exaltou a importância de mulheres na indústria musical. Confira, a seguir, alguns trechos:
“Nos últimos 10 anos, vi mulheres nessa indústria serem criticadas, medidas entre si e escolhidas por seus corpos, suas vidas românticas e sua moda (…) Vi como uma das minhas artistas favoritas desta década, Lana Del Rey, foi cruelmente criticada em seu início de carreira e, lenta e seguramente, ela se tornou, na minha opinião, a artista mais influente do pop. Seus estilos vocais, suas letras, sua estética. Eles foram repetidos e reutilizados em todos os cantos da música e, este ano, seu incrível álbum foi indicado ao Álbum do Ano no Grammy, porque ela continuava fazendo arte. E esse exemplo deve inspirar a todos nós, que o único caminho a seguir é o avanço. Que não devemos deixar obstáculos como críticas desacelerar as forças criativas que nos impulsionam”.
“Vejo esse fogo nos rostos mais novos de nossa indústria da música, cujo trabalho eu absolutamente amo. Eu vejo isso em Lizzo, Rosalia, Tayla Parx, Hayley Kiyoko, Rei Princesa, Camila Cabello, Halsey, Megan Thee Stallion, Princesa Nokia, Nina Nesbitt, Sigrid, Normani, HER, Maggie Rogers, Becky G., Dua Lipa, Ella Mai , Billie Eilish e tantas outras mulheres incríveis que estão fazendo música agora (…) precisamos continuar defendendo as mulheres nos estúdios de gravação, atrás da mesa de mixagem, nas reuniões de A&R, porque, em vez de lutar para serem levadas a sério em seus campos, essas mulheres ainda estão lutando para ter a chance de estar na sala”.
Outros discursos empoderadores durante o evento
Confira, a seguir, trechos de outros discursos emocionantes e empoderadores que ocorreram durante o Women In Music:
“É realmente estranho ser a ‘Mulher do Ano’ aos 17 anos. Ariana Grande recebeu o prêmio que estou recebendo agora há um ano e fez um discurso tocante, há duas semanas, percebi que é o prêmio que estou recebendo e isso me assustou. Continua assustando. Quero agradecer a todas as mulheres que são a razão pela qual estou aqui, que pavimentaram meu caminho no passado, para a minha geração fazendo as coisas que quiseram fazer. Ser capaz de fazer o que eu quero e ser quem eu quero”.
“Quando eu tinha 15 anos e entrei pela primeira vez em um estúdio de gravação, minhas grandes inspirações sempre foram mulheres. De Lola Flores a Janis Joplin, passando por Patti Smith. Mas lembro que, quando cheguei lá, fiquei surpresa ao ver que todos eram homens (…) desde então não parei de lutar para que sempre houvesse o mesmo número de homens e mulheres no estúdio. “Estamos aqui graças a todas as mulheres que abriram o caminho para nós antes de chegarmos. E agora é a nossa vez de estar aqui para abrir o caminho para as que virão”.
Alicia Keys – Prêmio de Impacto
“Essa primavera lançamos o comitê latino, com a ajuda de artistas como Becky G e Anitta. Essas artistas se tomaram uma posição e falaram: ‘vamos levar isto para frente, vamos nos juntar’ (…) Somos inspirados por mulheres que quebram barreiras. Isso é mais do que apenas eu, isso é sobre todas nós. Quero ser capaz de ser eu mesma, e é isso que reconheço sobre todas essas artistas. A capacidade de ser um indivíduo, definir seu próprio caminho e avançar… somos incrivelmente ilimitadas”.
Taylor Swift fala sobre sua carreira em entrevistas
Taylor Swift é, sem dúvidas, uma das artistas mais influentes da atualidade. No entanto, a fama também cobra seu preço. Em entrevista recente à Billboard, a cantora comentou sobre sua carreira e a luta para conseguir os direitos de suas músicas:
“Estamos trabalhando com um sistema de contrato antiquado (…) temos que pensar em como lidar com gravações master, porque isso não é certo. Quando eu me posicionei e falei sobre isso, vi muitos fãs dizendo, ‘espere, os criadores do trabalho não são os donos?’ Passei dez anos da minha vida tentando rigorosamente comprar os direitos de minhas faixas e fui negada a essa oportunidade, eu simplesmente não quero que isso aconteça com outro artista. Quero pelo menos levantar minha mão e dizer ‘isso é algo que um artista deveria conquistar de volta no curso de seu contrato – não como uma manobra de renegociação’”.
Em outra entrevista, dessa vez para a Vogue britânica, a artista da década comentou sobre a nova fase da carreira:
“Agora eu consigo realmente reconhecer e diagnosticar mensagens tóxicas enviadas para mim da sociedade, da cultura sobre meu corpo. Eu sou uma mulher, não sou um cabide, eu preciso me sentir saudável em minha vida, preciso me deliciar com comida e eu não preciso usar meu corpo como um exercício de controle quando eu perco o controle da minha vida”.
Além disso, Taylor deixou um recado para a próxima geração de artistas femininas:
“Eu diria que é importante saber que você vai ser prejudicada se fizer ou se não fizer. Há uma conotação negativa, uma acusação ridícula ou um estereótipo de ser uma garota que está fazendo tudo ou não está fazendo nada. Então foque na sua ideia de certo e errado, sua ideia do que quer ser, sua ideia do que é legal”.