Para divulgar o novo filme “A Mulher Rei”, Viola Davis esteve no Brasil neste último final de semana para falar a respeito do longa. Uma de suas passagens no país foi no programa “Fantástico”, da TV Globo. Veja como foi!
Viola Davis no “Fantástico”
Em entrevista para Maju Coutinho, do “Fantástico”, Viola Davis conta como foi estar na África do Sul, onde aconteceu toda a gravação de “A Mulher Rei”, com elenco majoritariamente negro. “Foi bom estar na África. Não seria possível recriar aquilo em um estúdio em Los Angeles. Toda vez que eu vou à África, eu sinto como se estivesse indo para casa. Eu não tenho aquela sensação de sempre ter que me explicar para alguém”, respondeu a atriz.
Coutinho levanta a questão da “travessia Estados Unidos-África do Sul” para gravar o filme, com passagem no Rio de Janeiro, cidade que abrigou o maior porto que recebeu escravos nas Américas. “O Brasil e os portugueses são uma parte importante do filme”, afirmou Davis.
“Doze milhões de escravos vieram da África Ocidental para o Brasil, o Caribe e o Sul dos Estados Unidos. O que eu sinto é essa conexão entre todos nós, entre as pessoas pretas. Nós estamos a apenas um porto de separação. Existe essa impressão de que somos distantes, mas, na realidade, não somos”, declarou ao “Fantástico”.
A história do filme “A Mulher Rei” se passa no Reino de Daomé, onde hoje é o Benim. Viola dá vida a personagem Nanisca, a general de um exército só de mulheres que existiu no século XIX. A produção irá mostrar como ela e Nawi (Thuso Mbedu), uma ambiciosa recruta, combateram seus inimigos e todos aqueles que tentaram escravizar seu povo e destruir suas terras (via “Fantástico”).
A atriz, também conhecida por seu papel na série “Como Defender Um Assassino”, comenta como sempre gostou de filmes como “A Mulher Rei”, mas que nunca imaginou se tornar uma “versão feminina preta de ‘O Gladiador’, misturado com ‘Coração Valente’ e ‘Apocalypto’”. “Foi um sonho”, afirmou.
Ao programa da TV Globo, a atriz responde a pergunta de Maju: “Para você, o que vem primeiro: ser mulher ou ser negra?”. “Para mim, é difícil separar as duas coisas”, refletiu Davis. “Eu diria que, primeiro, ser mulher. Depois, ser uma mulher preta. E mais ainda: uma mulher preta de pele escura. É preciso especificar isso. As pessoas nem se dão conta que certas coisas que elas dizem para uma mulher de pele escura são muito ofensivas”, falou.
“A Mulher Rei” estreia nos cinemas brasileiros na próxima quinta-feira, dia 22 de setembro. Você pode acompanhar a entrevista completa clicando aqui.