Na próxima quinta-feira, dia 17 de agosto, estreia nos cinemas o filme “Vai Ter Troco”! A comédia nacional chega ao público com um enredo que promete boas risadas – mas também apresenta algumas reflexões sobre a sociedade brasileira.
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O longa possui direção de Maurício Eça e produção de Diane Maia. O elenco conta com Miá Mello, Marcos Veras, Giovanna Grigio, Nany People, Edmilson Filho, Evelyn Castro, Nicholas Torres, Denise Del Vecchio e Saulo Laranjeira. Além disso, a produção inclui participações especiais de Ludmilla e Falcão.
A trama conta a história de Tonha (Evelyn Castro) e Zildete (Nany People), duas empregadas domésticas que trabalham há anos para a família de Afonso (Marcos Veras), sua esposa socialite Sarita (Miá Mello) e os filhos John John (Nicholas Torres) e Miranda (Giovanna Grigio).
Após meses sem receber salário dos patrões e observando as demonstrações de luxo por parte do casal, que afirma estar falido, as domésticas decidem cobrar o pagamento de forma mais enfática. Para isso, contam com a ajuda de Nilvaldo (Edmilson Filho), o motorista faz-tudo que conhece todas as armações e segredos do patrão. O conflito entre empregados e patrões toma, então, alguns caminhos inusitados.
Em uma coletiva de imprensa realizada recentemente, Miá Mello e Nany People falaram um pouco mais sobre a produção. Confira abaixo!
“Vai Ter Troco”: Miá Mello e Nany People falam sobre suas personagens
Em resposta ao Tracklist, Miá e Nany revelaram o que compartilham em comum com as personagens interpretadas no filme – e o que mais as diferenciam da ficção.
Em tom de brincadeira, Miá falou: “O look da Nany é bem parecido com o da Zildete!”. Rindo, a atriz replicou: “Você viu que eu sou muito básica, né. Primeiro eu tive que me despir da coisa que eu mais adoro, que é me enfeitar. Sou muito vaidosa. Hoje, levantei às 6h e já acordei com um delineador e meus cílios, porque não tem como! Esses dias saí do meu quarto sem estar produzida e meu cachorro me avançou”, disse.
Ela prosseguiu: “Então, assim, fui me despindo para a personagem, [tive que] tirar aquela vaidade; e diminuir o ritmo. Porque eu sou uma pessoa muito voraz, e a Zildete é mais observadora, é mais aqui, mais sentimento entendeu? Para mim foi um exercício tremendo, E, de certa forma, pude me encontrar em um lugar que eu nunca mostrei para ninguém – me mostrar essa atriz incrível, da qual eu me preservei muito tempo de mostrar, e que eu não tive a chance de mostrar da maneira tão eloquente, tão verdadeira, tão orgânica”.
“E este papel é um troco que eu estou em muita gente que sempre fez questão de me colocar num lugar muito niilista da vida, entende? As pessoas nunca têm o direito de dizer qual é o seu potencial, porque nem você sabe, é algo que você precisa explorar. Então esse papel foi muito importante, foi um divisor de águas na minha vida”.
Miá também afirmou que interpretar Sarita foi um grande desafio. “Acho que eu e a Nany tivemos essa oportunidade de nos despir de muitas coisas para criar as personagens. Acho que a gente realmente ficou desconfortável para fazer, e desse desconforto nascem coisas muito interessantes, diferentes do que eu estou habituada a lidar”.
A artista detalhou: “Para mim, as questões que me pegavam da Sarita eram que ela maltratava os funcionários. Isso para mim é a morte. Mesmo. E ela desdenha dos filhos, os filhos ficam em último lugar; e eu tenho uma relação com meus filhos muito de leoa, de mãe, de estar ali presente, de pensar como eu posso fazer uma comunicação que não vá machucá-los no futuro… E quando ela chama a filha de gorda, e o outro de burro, isso foi muito duro para mim. Mas eu acabei optando por encontrar a verdade. A Sarita é uma pessoa que existe. Por mais horrorosa que ela seja, ela existe […] Então eu acho que tem tudo isso que eu fui construindo para acreditar e fazer uma Sarita verdadeira, por mais absurda que ela seja”.
Destaques do filme
As atrizes comentaram, também, sobre cenas do longa que as marcaram durante as gravações. Miá Mello comentou que, para ela, uma das últimas cenas gravadas se destacou.
“Uma cena que eu acho muito interessante e muito bonita é uma em que a gente foi para a casa da Zildete; e a Sarita vê o porta-retrato, e vê muito mais dos filhos do que viu com os próprios filhos. Acho essa cena muito bonita. Lembro que no dia estava muito emocionada – acho que foi a última cena que a gente gravou, inclusive. Então, tinha aquela emoção de um final de projeto. E me chamaram para uma coisa tão diferente do que eu estou acostumada a fazer, e isso para mim sempre transparece a confiança que o produtor tem em você. Foi um fechamento de um ciclo super importante, eu fiquei muito emocionada”.
Nany compartilhou a cena que, para ela, é a mais engraçada da produção: “Acho que a cena mais hilária é uma cena de um jantar, em que a gente realmente se rebela e toma a bastilha. A gente repetiu algumas vezes a cena, porque tínhamos que repor os talheres e os pratos quebrados, e remontar a cena com a mesma mecânica e a mesma métrica. E aí teve uma hora em que o diretor deixou a gente surtar de um jeito…. ele gente livre, e a cena foi seguindo além do script“.
Confira o trailer de “Vai Ter Troco”:
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