Um projeto audacioso que marcou a carreira não apenas do Maneva, mas de muitos artistas consagrados que viram suas canções receberem um novo arranjo para serem inseridas no novo álbum “Tudo Vira Reggae Ao Vivo”, lançado neste mês de agosto nas plataformas digitais.
O show, gravado do Parque Villa-Lobos em São Paulo, aconteceu em junho e reuniu mais de 10 mil pessoas para registrar um marco na carreira de 18 anos da banda paulistana, formada por Tales de Polli (voz/violão), Diego Andrade (percussão), Fernando Gato (baixo), Felipe Sousa (guitarra) e Fabinho Araújo (bateria).
“Tudo Vira Reggae Ao Vivo”, do Maneva
De acordo com a banda, o projeto nasceu durante a pandemia. “O Maneva é uma banda que conquistou um espaço no mercado devido às autorais. Mas, naquele momento de dor e sofrimento, idealizamos um projeto que tivesse como objetivo unir diferentes gerações em uma só voz. Não era possível tocar o outro, mas se conectar pela música e bons sentimentos”, afirma Tales de Polli.
Assim, foi feita uma transmissão no YouTube apenas com clássicos da música popular brasileira com os arranjos do tradicional som jamaicano. “Foi uma ideia bem ousada devido ao nosso histórico de autorais. Mas, a ideia deu muito certo. A conexão foi imediata e o público entendeu a nossa mensagem de amor e união. Da live foram extraídas as faixas que renderam dois álbuns, ‘Tudo Vira Reggae’ volumes I e II, e uma certificação de Ouro com 156 milhões de streams”, conta o vocalista.
“Mas, nós nunca tivemos a oportunidade de levar essa label para a estrada e então pensamos em registrá-la em um projeto audiovisual. E assim nasceu o ‘Tudo Vira Reggae Ao Vivo’, que foi gravado no dia 8 de junho”, reforça o músico, do show que aconteceu no Parque Villa-Lobos, em São Paulo.
“Um momento histórico e muito feliz pra gente. Desse álbum já lançamos dois singles, ‘Uma Brasileira’, com a participação luxuosa do mestre Carlinhos Brown, e ‘Garotos II’, uma justa homenagem ao Leoni, um dos gênios da música. Agora essas duas faixas estarão unidas ao primeiro volume, totalizando 12. É a primeira parte que chega ao público”.
Apesar da dificuldade com a falta de autorização na liberação de canções em inglês ou versões covers, o Maneva não teve problema ao registrar seu novo álbum. “Já gravamos com uma equipe bem competente cuidando disso, dessa parte. São homenagens aos compositores e intérpretes. Um álbum que reflete muito carinho e admiração da nossa parte. Então tem fluido de forma bem positiva”, garante Felipe Sousa.
Com participações especiais de Marcelo Falcão, Carlinhos Brown, Vitor Kley, Felipe Araújo e Toni Garrido, todos os convites de “Tudo Vira Reggae Ao Vivo” são “carregados de admiração, carinho e respeito”, como comenta Fernando Gato. “Reunimos artistas que somos fãs de forma incontestável, que deixaram seus nomes marcados na história da música em diferentes gerações. E o convite foi pessoal mesmo e, para a nossa felicidade, eles aceitaram”, celebra.
Além disso, o Maneva garante que, além das participações pontuais no projeto “Tudo Vira Reggae”, os fãs podem esperar pelo melhor – e, junto a isso, duetos. “Por exemplo, o Kley já gravou conosco, participou do álbum ‘O Cabeça de Folha’, que é autoral. Então tudo é possível. A música tem esse poder de atingir o inimaginável. Música boa não tem segmento, ela só precisa conectar, tocar a alma. É motivo de honra e prestígio pra gente se duetos com esses artistas voltassem a acontecer, sem dúvidas”, aponta Tales.
Para o grupo, a maior dificuldade do lançamento é realizar um projeto desse tamanho. “É muita gente, é uma responsabilidade gigante mesmo. ‘Tudo Vira Reggae Ao Vivo’ não foi apenas a gravação de um audiovisual, foi uma imersão, uma experiência, um evento cheio de atividades interativas, até para que o público pudesse entrar de corpo e alma, vibrando em uma mesma sintonia. Sem dúvidas, um dos projetos mais ousados que pensamos, mas que deu certo graças ao amor, carinho e comprometimento de cada um”, celebra Diego Andrade.
Por fim, ao comentar sobre projetos futuros, comparado ao seu trabalho autoral mais recente “Mundo Novo”, de 2022, que brinca mais com o pop, a banda garante que o Maneva é uma “somatória de sons diferentes, mas com a base do reggae muito bem definida”. “A sonoridade de ‘Mundo Novo’ é realmente nova, mais pop, e teve uma boa entrada junto aos nossos fãs. Esse carinho é traduzido em números nas plataformas, no YouTube, nas rádios, onde os números não param de crescer”, analisa Andrade.
“Porém, sempre estamos em busca de coisas novas, uma musicalidade que se funda às mensagens da letra, ao nosso momento e ao momento com tudo aquilo que interagimos. Compor coisas novas é uma necessidade diária e, muito em breve, um novo álbum autoral chegará aos nossos fãs”, promete o músico.