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Tracklist entrevista: Maria Eugênia – Mareu

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Depois do sucesso da primeira temporada, dia 12 de Maio começa a segunda temporada de Adotada na Mtv. A apresentadora Maria Eugênia é adotada por uma família desconhecida por uma semana, onde vive uma rotina e hábitos bem diferentes dos seus.

Na última terça-feira (28), pudemos entrevistá-la por telefone, onde super atenciosa e simpática, nos contou um pouco sobre o programa e vida pessoal. Confira:

Tracklist: O que você tira de experiência pra sua vida das famílias que te adota?

Mareu: Tem muita coisa que eu aprendo. Cada casa é uma experiência nova, tudo muda. Muda desde os meus costumes, coisas que eu aprenda até na parte de comida sabe? Então não tem como eu te falar que mudou isso ou aquilo. O que mudou é que eu fiquei mais desapegada, e é bom porque eu era uma pessoa muito apegada, sofria muito por qualquer mudança na minha vida. Ai agora está um pouco mais leve.

Tracklist: Antes de conhecer uma família, quais são as expectativas que você cria sobre ela?

Mareu: Olha, na verdade não tem muita expectativa porque eu não sei onde eu estou indo, não sei quantas pessoas moram na casa, eu não sei nada. As vezes eu sei tipo.. “Leva uma roupa de caminhoneira”, “Leva uma roupa de Barbie”, umas coisas assim. Eu tenho só algumas dicas, não da nem pra criar grandes expectativas porque eu não tenho nenhuma informação sobre a família. Então, é uma surpresa mesmo.

Tracklist: Você é DJ, modelo, produtora de moda e filha adotiva. Como consegue ter uma vida “social” com tudo isso?

Mareu: Olha, vou te falar que agora eu não tenho mais nenhuma vida social (risos). A não ser que a casa que eu vou morar as pessoas saiam e façam as coisas, porque todos os meus trabalhos eu não tenho mais tempo de fazer. Porque eu estou gravando full time a segunda temporada. Mas quando eu não estou gravando Adotada, eu consigo marcar para fazer. Aliás ontem eu estava fazendo umas fotos o dia todo para uma revista, como modelo. Então eu tento encaixar, mas está muito complicado, porque trabalhar à noite eu não posso e de dia estou adotada na casa. Então assim, está muito louco, mudou muito a minha rotina.

Tracklist: Durante uma gravação e outra, você não consegue encaixar alguma coisa? Por exemplo, levar uma família para uma balada que você vai discotecar.

Mareu: Eu não sei como é a família antes de ir pra lá, e normalmente eu não consigo fechar um trabalho dois, três ou quatro dias antes. Eu preciso chegar na casa pra saber se da pra marcar uma balada e levar. Então não da pra marcar isso com a família, é praticamente impossível.

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Tracklist: O que sua mãe (de sangue) acha de você ter varias mães? Ela sente ciúmes?

Mareu: Ela ficou com muito ciúmes no começo, tipo muito. Mas agora ela tem contato com metade das famílias já. Que foram as famílias que eu mais mantive contato, porque tem algumas que moram longe, mas eu continuo falando. Mas tem umas que frequentam minha casa toda semana com a minha mãe, não é nem comigo. Então é uma coisa que ela já se acostumou.                                                                                                                                                                    Tracklist: Você ficou surpresa com a reação da sua mãe? De ela ser mais amiga das outras famílias do que você?

Mareu: Eu fiquei, mas achei muito legal. Desde o começo eu falei pra ela que o “Adotada” é uma coisa de que quando eu vou gravar, quando eu vou morar com outra família, eu me desligo de tudo. Eu não falo com ninguém, eu não falo com a minha mãe pra não ter que pensar nessa coisa de pensar no que está acontecendo fora. E eu já tinha avisado isso pra ela, rolou um ciúme quando ela viu, mas agora ela esta super tranquila. Ela acabou ganhando uma família enorme, com muitos amigos assim como eu. Muito legal.

Tracklist: A rotina das famílias é bem diferente da sua. Uma semana é o suficiente para poder se adaptar a essas rotinas? Como você se adapta com isso?

Mareu: Olha, eu não sei se uma semana é suficiente ou não, mas é muito intenso. Tem algumas que eu não consigo me adaptar, que é muito difícil e quem assiste ao programa percebe. Mas as vezes alguma família que são muito difíceis, muito diferente eu adoro. Por exemplo, trabalhar na roça foi complicado acordar as 05h da manhã para ir trabalhar na roça, mas eles são tão legais que foi uma experiência maravilhosa e eu amei estar lá, e sofri muito para ir embora. Então mesmo sendo muito diferente da minha realidade, pode me surpreender e eu falar: “Nossa, não tinha pensado por esse lado, e eu amo estar aqui.” Como o mais parecido pode ser a pior coisa pra mim.

Tracklist: Você tem um gênio forte e vimos que na primeira temporada ouve algumas desavenças com algumas famílias. Como faz para lidar com pessoas que você não conhece e que é totalmente diferente de você?

Mareu: Eu não tenho problema nenhum com pessoas que são diferentes de mim, que tenham opiniões diferentes. Eu acho que os problemas que eu tive na primeira temporada eram com pessoas preconceituosas ou com pessoas que eram mal educadas e me tratavam mal. É aquela coisa, a forma que vão me tratar eu vou tratar também. Eu não vou chegar chutando a porta com uma pessoa que está sendo muito simpática e bem receptiva comigo, jamais. Mas a pessoa deu abertura pra grosseria, eu também dou aqui. (risos)

Tracklist: De todas as famílias, qual foi a mais “bizarra” para se adaptar?

Mareu: Pensando, essa família da noiva do cordeiro pra mim era bizarro. Da Bahia, ser baiana de acarajé foi bizarro. Morar com um galeno no sítio meio natureba foi bizarro. Só que foi bizarro porque era muito diferente da minha realidade, só que foi maravilhoso. Bizarro é só uma forma de falar: “Meu Deus, olha tudo isso que eu fiz”. São coisas que eu nunca faria na minha vida eu acho. E outra, foram as melhores experiências que eu tive.

Tracklist: Depois da estreia do programa, você ganhou uma legião de fãs. Como eles te tratam e como você lida com eles?

Mareu: Olha, eu estou sendo tratada com muito carinho, eu sou muito grata porque era uma coisa que eu realmente não imaginava. Todas as pessoas que vem falar comigo, são pessoas muito queridas, parecem pessoas que viveram comigo dentro das casas. Eu sou muito bem tratada, mas é óbvio que com essa correria toda é muito complicado de falar o tempo inteiro com todo mundo que me manda mensagem, mas eu tento fazer o possível para responder essas pessoas. Por que eu realmente devo tudo a essas pessoas que gostam do programa. graça aos fãs que eu estou indo para a segunda temporada. Então é muito legal, eu estou muito agradecida.

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Tracklist: Suas roupas são bem diferentes, cheias de cores e estilos. Por ser produtora de moda, você mesmo que escolhe o que vai vestir ou tem alguma ajuda de um consultor de moda?

Mareu: Eu tenho ajuda de um stylist que é o Nilo, a gente já trabalhou muitos anos em varias revistas juntos, ele era meu assistente e agora ele faz um monte de revista sozinho. Ele produz a maioria dessas roupas e a gente monta a mala juntos. E é ele que fala: “Acho bom você levar isso ou aquilo”, ele sabe muito das famílias e monta o figurino, óbvio que rola umas pegadinhas, mas monta o figurino de forma que seja perfeitamente a cara da casa.

Tracklist: Então ele seria um dos que participa da seleção das famílias?

Mareu: Não, ele não participa. Ele recebe a orientação da produção, mas tem uma produção de casting que vai atrás dessas famílias. Ai é passado pra ele, para ele produzir as roupas da casa. E quando necessário eles me mandam roupas quando eu estou na casa.

Tracklist: E para finalizar, o que podemos esperar da segunda temporada de Adotada?

Mareu: Nossa, deixa eu pensar no que eu posso falar (risos). Eu não sei, eu estou descobrindo o que é a segunda temporada de Adotada na verdade. Eu estou indo para 5° casa, e eu sei que nessas quatro casas que já passaram já tive muitas brigas, já tive muita emoção, já teve todo o que você pode imaginar (risos). Desde vender roupa no metrô até reger uma orquestra, foram milhares de coisas já.

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Tracklist: Podemos dizer que já aconteceu o dobro de coisas da primeira temporada?

Mareu: Eu acho que não. Não deixa de ser uma família, eu dependo da família para as coisas acontecerem. Eu não dependo de uma produção que fala para eu fazer isso ou aquilo, eu dependo da família, do que eles fazem. Então é óbvio que tem famílias que são mais emocionantes. Tem famílias que são enormes e acontecem de tudo, muitas coisas. Mas tem famílias menores que às vezes são mais emocionantes. Então, eu não tenho como dizer que vai ser muito mais cheia de coisas que a primeira temporada, não sei, pode ser que sim, pode ser que não. Tanto é que na primeira temporada, um episódio é muito diferente do outro. Querendo ou não, é um programa de tv que entra uma equipe na casa da pessoa. Então a pessoa pode travar e simplesmente o programa ser “morno” e as pessoas falarem: “Ah, não acontece nada”. Não é obrigatório que aconteça às coisas. A única coisa é que eles me adotaram, se a família fica o dia inteiro assistindo televisão, é isso que eu tenho que fazer.

Tracklist: É seguir as ordens das famílias né?

Mareu: Exatamente. Então não dá para eu te falar que vai ser muito emocionante. Agora que já passou a primeira temporada, já passaram 13 casas, eu não vou estar tão travada quanto a primeira, eu já vou mais curiosa eu acho, eu quero saber mais das famílias.

Adotada vai ao ar a partir do dia 12 de Maio na MTV às 21h30 da noite.

Texto: Jonatas dos Santos

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