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System Of a Down apresenta sucessos no Rock in Rio e side show em São Paulo

Após excelente apresentação do System Of a Down no Palco Mundo no início da segunda semana do Rock in Rio (24), a banda tocou nessa Sexta-feira (25) em São Paulo,  contando com a  abertura de outro headliner do festival, Deftones.

O repertório foi semelhante em ambos os eventos. Quem assistiu ao show na cidade do rock ou pelo Multishow, reparou falhas técnicas no microfone do vocalista Serj Tankian, apesar de muitas vezes haver sobreposição a voz dos fãs, além da apresentação surpresa de “ATWA” em São Paulo.

Com atraso de apenas 15 minutos em ambas as cidades, a banda de origem Californiana deu início a apresentação com “I-E-A-I-A-I-O”, que ao ser cantada pelo público deixou a voz de Serj pouco audível, apesar das imensas caixas de som. Embaixo de chuva, São Paulo se tornou uma imensa festa. Já na segunda música “Suit Pee” tocada incompleta, era possível observar rodas se formando por toda a Arena Anhembi e os ‘mosheiros’ de plantão já estavam se divertindo a sua maneira. “Attack” antecedeu “Prison Song”, músicas consagradas da banda que renderam uma ótima performance e deram sequência a “Know”, tocada pela primeira vez no Rock in Rio desde sua última performance em 2011.


Sem interrupção entre as músicas, apenas para agradecer ao público e demonstrar afeto pelo Brasil, a banda levou os fãs a loucura com o início instrumental de “Aerials” acompanhado pelo coro dos fãs ao ritmo da batida.  Para acalmar os ânimos tocaram apenas a intro de “Soldier Side”, calmaria essa que foi quebrada em sequência ao anunciarem “B.Y.O.B”, um dos maiores hits de sucesso da era Mezmerize, que certamente provocou a mesma reação de um vulcão em erupção.

“Soil”, “Darts” e “Radio/Video” vieram na sequência, esta última em São Paulo contou com Serj pegando uma bandeira dupla jogada no palco representando o Brasil e a Armênia, que o fez dançar com seu jeito exótico, porém a dança não foi exclusividade já que no Rio ele convidou os fãs a dançarem essa mesma música.

“Hypnotize”, também presente na última passagem do System pelo Brasil, foi tocada nos dois shows sem que houvesse novidade na apresentação dessa música, já “Temper” foi de certa uma surpresa ao público já que havia sido tocada em 1999 e após 16 anos de sua última apresentação foi reapresentada no Rock in Rio dando sequência a “CUBErt”. Diferente do Rio de Janeiro, em São Paulo a banda tocou uma música a mais, “ATWA”, que foi pedida de forma simples pelos fãs com apenas 4 folhas sulfites impressas compostas de uma letra em cada.


Músicas como “Needles”, “Deer dance”, “Bounce” e “Suggestions” também fizeram parte do setlist, composto de 28/29 músicas, mas foi a introdução de “Psycho” com o cover de “Let’s get physical” cantada por Daron Malakian que indicava a reta final de suas apresentações. Apesar de um longo tempo sem discos novos, não há quem possa negar que os grandes hits continuam sendo os responsáveis pela insana e estonteante energia fervorosa que os fãs fazem questão de passar com seus cantos a cada música, e mais uma vez isso foi demonstrado com “Chop Suey”.

Uma das músicas mais emocionantes e melancólicas da carreira do System of a Down deu continuidade ao show. Escrita por Malakian, “Lonely Day” já recebeu indicação ao Grammy e está na lista de favoritas dos fãs. “Question”, “Lost in Hollywood” e “Vicinity of Obscenity” introduziam o encerramento do show e seguiu para a apresentação de “Forest”, que em São Paulo contou com um macaco de pelúcia abraçado ao pescoço de Serj. A próxima canção interpretada por Malakian, primeiramente em sua versão acústica, foi “Cigaro”, que ao término ele alegrava os fãs ao continuar cantando “Quão estúpido são essas merdas que eu disse?” para então ser apresentada a versão estúdio.

“Toxicity” foi a penúltima música a ser apresentada. No Rock In Rio, a canção contou com a ilustre presença de Chino Moreno, vocalista do Deftones. Para encerrar com chave de ouro, “Sugar” foi a música escolhida e ao seu término a banda foi ovacionada, como era de se esperar.

 

Caretas e gestos obscenos como mostrar o dedo do meio e “masturbar” o pedestal do microfone por Malakian, simpatia e largos sorrisos de Shavo, dancinhas de Serj e interação de Dolmayan no término do show, fazem a presença de palco do System ser sutil porém agradável e dispostas em momentos propícios.

Os shows foram marcados por interação singela com os fãs, mas a energia em palco e rodas formadas no público não deixou de faltar. Já em São Paulo, o show foi premiado do início ao término com uma chuva sem fim. O Deftones definitivamente soube preparar a noite para o show principal, e distraiu a galera que não se afligiu com a chuva inesperada. O único contratempo além da chuva foi o tombo mútuo dos que estavam ao lado esquerdo da pista premium/Bud zone na tentativa de pegar alguma baqueta lançada pelo baterista.

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