O mercenário Tyler Rake está de volta em “Resgate 2”. Dirigido por Sam Hargrave, o filme da Netflix, que estreou nesta sexta-feira (16), traz o aguardado retorno do personagem de Chris Hemsworth, após sofrer um tiro no pescoço e cair de uma ponte, durante um combate que quase tirou sua vida.
Atenção: este texto não contém spoilers.
“Resgate 2” retorna mais desafiador e com mais motivação
A sequência não se demora ao mostrar aos telespectadores como Rake sobreviveu aos acontecimentos do primeiro longa. É uma recuperação – quase completa – que leva meses, e assim recebe alta. Isolado e “aposentado”, ele se vê vivendo tranquilamente em sua cabana, fornecida por sua colega mercenária Nik (Golshifteh Farahani) e seu irmão Yaz (Adam Bessa), que o acompanharam durante todo o tempo.
Porém, esse é apenas o começo do que o filme propõe: as consequências da história contada do primeiro “Resgate” (2020) em Bangladesh, a queda do herói que desafiou a morte e a sua recuperação para enfrentar ainda mais desafios. É aí que o filme começa, quando o misterioso personagem de Idris Elba entra em cena para contratá-lo para mais uma missão. Seu nome ou para quem ele trabalha não são revelados.
Diferentemente do filme de 2020, desta vez Rake está ainda mais envolvido no trabalho. A família que precisa ser resgatada é de Ketevan (Tinatin Dalakishvili), irmã de sua esposa Mia (Olga Kurylenko), que está sendo mantida presa em Geórgia por ordens do marido Davit Radiani (Tornike Bziava), um perigoso gângster daquele país. Entre as reviravoltas do passado e a grande fuga da prisão, o longa segue frenético, violento e com muita ação, pois agora o perigo é despistar o irmão de Radiani, Zurab (Tornike Gogrichiani).
Agora, o exército inteiro da gangue dos irmãos quer se vingar dos responsáveis pela soltura da família. Até se verem livres da perseguição, “Resgate 2” te apresenta a ainda mais sequências agitadas e de tirar o fôlego, semelhante ao que já vimos no primeiro filme. Só que, agora, além da corrida de carros, há de trem e helicóptero. E Rake não está sozinho: seus colegas mercenários ganham ainda mais destaque na trama.
No geral, a presença de mais personagens no novo longa traz ainda mais personalidade para a sequência. Ainda existe o grande protagonismo de Rake (Hemsworth), mas desta vez o telespectador se vê mais envolvido ao torcer por outros membros de sua equipe, testemunha a sincronia dos mercenários lutando lado a lado, um torcendo para a sobrevivência do outro.
E também há o peso emocional, o contexto no qual finalmente podemos compreender melhor o protagonista. O que não conhecíamos sobre Tyler Rake no primeiro, aprendemos no segundo, e assim é possível se aproximar ainda mais do personagem, de suas motivações, sentimos a perda do seu filho, o conflito não resolvido com a esposa, entre outras questões pessoais.
Ainda assim, é possível assistir ao “Resgate 2” sem ter visto o primeiro. Porém, tenha em mente que não será a mesma coisa. Entender o passado de um herói, saber pelo que ele passou (ainda mais em uma experiência de quase morte) é mais comovente e, digamos, mais convincente, do que simplesmente testemunhar mais um filme de ação.
Nota: 9/10