Provavelmente o disco mais esperado, finalmente chegou aos nossos ouvidos o “25“, o novo álbum da Adele.
Seguindo a sequência de álbuns intitulados com a idade da cantora (19 e 21), a terceira produção da cantora britânica a retrata em uma fase, talvez pela idade, mais consciente e madura.
O disco inicia sutil, “Hello” é uma saudação aos ouvidos dos admiradores da cantora e do seu trabalho. O número de vendas, visualizações no YouTube e reproduções via streaming falam por si sós o quão boa a faixa é.
Seguindo, a segunda faixa, “Send My Love (To Your New Lover)“, foge do usual da artista. Um som ritmado, alegre e que pode até virar pista de dança. Se você ainda não ouviu a canção deve estar imaginando que não deve ter ficado tão bom: se engana! A música é perfeitamente harmônica e bem produzida, combinando batidas ritmadas e arranjos de violões, além de uma letra extremamente madura e com um posicionamento invejável para todos àqueles que terminam relacionamentos de formas drásticas. Excelente.
“I Miss You“, num primeiro momento, remete inevitalmente à sonoridade de canções de Florence + The Machine. Os tambores e a leveza da voz de Adele, que se fundem com um backing vocal afinado e capaz. A canção retrata uma saudade, que vai além de um sentimento. Um cunho até sexual, se podem-se permitir os parênteses, é retratado na canção.
A próxima canção do álbum é “When We Were Young“. A nostalgia invade a letra da canção, com um backing vocal que remete aos corais do estilo Gospel. Além disso, um bônus: a cantora alcança uma nota musical altíssima no último refrão da música, deliciando ouvidos sedentos com uma capacidade vocal estupenda, em tempos de escassez.
“Remedy” dá sequência ao trabalho e é uma excelente canção para se transformar em single. Na letra, a cantora diz que será o remédio em momentos de angústia, de tristeza e sofrimento. Aquela que um dia precisou desse “remédio” e o encontrou através da música, agora se oferece para curar as feridas. Voz e Piano são os integrantes da canção, que transpassa sentimentos infindos.
Continuando, temos “Water Under The Bridge“. Mais uma vez, Adele sai do usual: seja no ritmo, na letra. Um refrão que gruda na cabeça, uma interação maravilhosa entre o vocal, os instrumentos e o backing vocal da cantora e que fique frisado novamente: é impecável.
Passado isto, “River Lea” nos leva ao lar da cantora. O rio mencionado na canção passa pela tão querida Londres, a cidade natal da cantora. A música tem uma melodia interessante, vocais bem arranjados, mas não é destaque no álbum.
Com uma letra forte e com arranjos suaves, “Love In The Dark“, traz a recusa da cantora em amar às escondidas. Além disso, a distância entre ela e seu amado não fisicamente, mas em ideais. Já que, na própria canção, ela relata que tudo a transformou.
“Million Years Ago“, saúda os ouvintes com uma sonoridade tranquila. Voz e Violão. Afinadíssima e invocando sofrimento, Adele interpreta uma canção forte e nostálgica. Palmas.
Voz e Piano: Clássico. Adele mostra que não precisa de grandes firulas pra manter-se onde está. “All I Ask” tem a profundidade vocal da cantora, que de fato interpreta o que está cantando. Sofrimento e uma vontade de chorar vêm aos olhos daqueles que não sabem nem o que ela está pronunciando. Excelente canção.
“Sweetest Devotion” encerra o álbum, em alto estilo. Provavelmente essa é a canção que Adele fez para o seu filho Angelo, atualmente com 3 anos. O amor elencado na letra da canção, ganha proporções maiores. É devoção. Além disso, os indícios aumentos ao ouvir-se, nos segundos finais da canção, uma voz infantil. É uma explosão de sentimentos, numa canção bem arranjada e harmônica.
Com maior experiência, sem precisar ganhar no grito, Adele demonstra em seu novo disco que está, de fato, madura. Suas letras refletem e sempre refletiram seu estado de espírito.
Sem mais delongas, o 25 é sobre amadurecer, evoluir e superar. E Adele, realmente, se superou.
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