Após 4 anos sem lançar um novo álbum, Sia Furler retorna ao cenário musical, com o álbum 1000 forms of fear, que parece ser um renovo ao seu estilo e talvez, na carreira da artista. O CD tem 12 faixas e já era bastante esperado, uma vez que, o primeiro single do álbum foi um sucesso absoluto. Lançado em 08 de Julho, o disco pode marcar a saída de Sia dos bastidores, com suas composições e participações nas músicas do David Guetta, para o estrelato musical como cantora solo. Será?
O disco inicia com o impactante single “Chandelier”, que conseguiu ótimos desempenhos nos charts musicais. O refrão consegue unir a força vocal, através de notas intensas e altas e a suavidade aplicada ao final de cada verso. É uma obra de arte. Em seguida, “Big Girls Cry” traz uma melodia suave, com batidas fortes no refrão. Uma letra que enfoca uma “garota crescida” que não se importa com estereótipos e por isso diz: “Garotas crescidas choram quando seus corações estão quebrados”. “Burn the Pages” é a faixa seguinte e traz à tona um dos maiores problemas da cantora Sia: por vezes, ao cantar, seu inglês é quase ininteligível e a velocidade da pronúncia dos versos dificulta bastante…
“Eye of The Needle”, escolhida como single promocional do álbum, é uma faixa muito boa, com um refrão cativante (wo o o wo o o o o), além de uma nota altíssima que se percebe antes do último refrão. Entretanto, logo após esse ápice musical, percebe-se que uma falha vocal da cantora deixou de ser corrigida na edição do áudio.
A animadinha “Hostage” dá continuidade, mas destoa do restante do álbum, por parecer uma típica canção de festinhas dos anos 80. Desnecessária.
Curioso que, em seguida, é a faixa mais sombria do álbum. “Straight For The Knife” tem uma batida misteriosa, além de vocais melancólicos. “Você foi direto para a faca e eu me preparei para morrer” canta Sia. É assustadora, mas não chega a ser ruim.
“Fair Game” começa com um enfoque maior na voz e nos versos pronunciados, com poucos instrumentos até a metade da música, a faixa não tem destaque no álbum. Next…
“Elastic Heart“, que fez parte da trilha sonora de “Jogos Vorazes: Em chamas”, foi escolhida para integrar o álbum também. Entretanto, a versão do álbum não tem participação do The Weeknd & Diplo… Com uma letra agradável e uma batida dançante, a música tem arranjos vocais fabulosos nas últimas repetições do refrão.
A faixa mais louca do álbum, com certeza, é essa: “Free The Animal“. Um ritmo meio rock, a faixa é produzida com um efeito perturbador após o primeiro refrão e volta ao final da faixa: é inexplicável. Contudo, a faixa não deixa a desejar.
“Fire Meet Gasoline” é a grande aposta para ser o próximo single do álbum. A melodia é agradável, a letra é MUITO boa e os vocais são impecáveis. No refrão, a batida dá um impulso que, automaticamente, pede notas vocais mais altas e Sia não se deixa intimidar. Quero single, quero vídeo, quero live.
“Cellophane“, traz uma batida pesada, muito parecida com tudo que a Sia já apresentou no CD. Sem novidades, a faixa não impressiona e consegue ser apenas mais uma no tracklist.
Pra encerrar com chave de ouro, “Dressed in Black“, traz um vocal muito bem trabalhado, com uma batida “pop rock sombria”. No meio da canção é onde está o seu ápice: após mais uma nota vocal extravagante, Sia segue a canção com uma espécie de coro fazendo arranjos vocais, mostrando todo o seu potencial e possibilitando ao ouvinte um envolvimento incomparável com a canção. Excelente!
No geral, o álbum garante à Sia um destaque, já que a cantora não é tão conhecida por sua voz e sim, pelas suas composições. A partir de uma boa divulgação e de boas performances ao vivo, daqui a uns dias, teremos show da Sia no Brasil (risos). Destaques para “Fire Meet Gasoline”, “Dressed in Black”, “Eye of The Needle” e “Chandelier”.
Nota Final: 8,5
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