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O que é bom deve ser lembrado: Songs About Jane

Para comemorar os 14 anos do lançamento do álbum de estreia do Maroon 5, vamos fazer um re-review do álbum pegando as influências e inspirações, livre de fanatismo e criticismo, apenas mostrar porque ele precisa ser lembrado.

O álbum ‘Songs About Jane’ surgiu após o fracasso do ‘The Fourth World’ ainda sob o nome de Kara’s Flowers, a troca de gravadora, troca de produtor e adição de um novo membro (na contagem somam 5: Adam Levine, Mickey Madden, Ryan Dusick, Jesse Carmichael e, o novo integrante, James Valentine).

a3802812-e472-420e-8bec-3db673f6e65aO disco intitulado para uma ex-namorada do Adam, juntou toda a musicalidade norte-americana misturando o velho com o novo, o jazz e o R&B, o pop e o rock, os anos 70 e os anos 2000, além da bossa nova, que os integrantes já confirmaram ser inspiração para várias músicas. Sob novo nome – Maroon 5 – a banda buscava aceitação em meio ao cenário musical por isso o álbum precisava ser comercial, eles não iam sustentar outro fracasso, a famosa frase “é agora ou nunca” se encaixava perfeitamente no contexto e acredito que eles devem tudo isso a Jane, que deu um pé na bunda do Adam e o inspirou (claro que todos do grupo e os produtores têm crédito nisso mas é maravilhoso romantizar).

‘Songs About Jane’ não é um álbum legendário mas é um álbum memorável que teve a proeza de apresentar o quinteto ao mundo e nos deixar algumas #LoveSongs para os melhores e piores momentos da vida. ‘SAJ’ mescla rock e balada romântica, em 12 músicas que alternam quase que perfeitamente os estilos. A voz e o carisma do vocalista, Adam Levine, junto com uma música boa e agradável, foram determinantes para o sucesso do álbum e da banda.

O que mais impressiona no álbum é a clareza. Por ter influência do jazz e do rock, os instrumentos são bastante audíveis e diferenciáveis, o que nos permite imaginar que estamos no próprio show da banda ou que eles estão cantando ao vivo exclusivamente para nós.

O álbum começa em uma pegada mais pop rock, que veio a se tornar o estilo predominante na banda posteriormente. O single ‘Hard To Breathe’ é uma canção forte e manda uma mensagem clara a ex-namorada do Adam. “Você suga minha energia e me faz perguntar porque eu ainda estou aqui” como a própria letra diz, mostrando todas as fases de um relacionamento conturbado e insustentável.

A segunda música do álbum também se tornou single e acumulou alguns prêmios entre eles o de música mais escutada do ano de 2004 e o Grammy de “Melhor canção feita por um Duo ou Grupo” de 2006. “This Love” é a mais ou uma das músicas mais relaxantes do disco, onde o rock dá lugar a um estilo mais balada romântica, onde dançar colado não é opção, é dever.

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Na sequência, “Shiver” não se tornou single e tampouco sucesso mundial mas não é nem de longe uma música ruim, ela compõe o álbum belissimamente e esconde sua beleza em favor das outras faixas. Na letra, em um momento de fraqueza, Adam está disposto a perdoar a tal Jane, mesmo sabendo que ela o fará sofrer novamente. P.S.: Atentar para os vocais do Levine, que estão mais agudos que nunca e afinadíssimos.

“She Will Be Loved” foi sucesso disparado nos anos 2000, virou referência de balada romântica, ganhou aclamação da crítica especializada, além de encantar os ouvidos e a cabeça das pessoas até hoje. O carisma do Adam Levine precisou ser levado ao extremo, para que conduzisse a letra da música com sensualidade, nostalgia inesperada e coração aberto, tudo executado com perfeição.

A quinta faixa do ‘SAJ’, ‘Tangled’, não acumulou sucessos mas não deve ser ignorada, pois mantém o álbum em equilíbrio, não quebra a harmonia do disco que está em um momento dual: amar ou não amar, sofrer ou esquecer, os pensamentos cotidianos dos apaixonados.

“The Sun” é uma das favoritas da banda e esteve no setlists dos shows até 2011. Embora não tenha virado single, ela tinha potencial, pois o refrão é simples e fixa na cabeça. Talvez o motivo do não-sucesso seja a música seguir uma linha mais acústica, nem balada romântica, tampouco um rock, basicamente um sleeping hit (aquela música que você ouve para relaxar ou quando está prestes a dormir).

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“Must Get Out” foi o quinto e último single do ‘Songs About Jane’ e embora não tenha alcançado o sucesso dos singles anteriores é, na minha opinião, a melhor música do disco. Ela traz uma ferocidade na letra e um arrepio na espinha toda vez que a escuto.

Juntamente com “She Will Be Loved” e “This Love”, “Sunday Morning” foi o quarto single do álbum e sucesso dos anos 2000 e ganhou o título de música atemporal, ou seja, nunca parecerá velha ou ultrapassada. As referências do jazz e dos anos 80 tomam conta da canção e harmonizam muito bem com os agudos do Adam.

“Secret” é uma música relaxante e basicamente vocal, é a música mais longa do álbum com 4:55 segundos, porém se torna cansativa depois de um tempo pois a letra é repetitiva, embora mantenha o equilíbrio com o disco.

“Through with you” e  “Not Coming Home” são músicas com mais referências ao pop e ao rock, onde a voz e os instrumentos se misturam em uma batida forte e uma letra onde Adam diz que não quer mais relações com a tal Jane e ela pode ir embora.

Enfim, “Sweetest Goodbye”, a última música finaliza o álbum de uma forma doce e calma, a música não teve muita expressão no mercado mas a letra é bonita e singela. Não diria que finalizou o álbum com chave de ouro mas a banda nos deu um “Doce Adeus”.

Ouça e relembre todos os sucesso de “Songs About Jane”:

*Um agradecimento especial ao Maroon 5 Brasil que nos ajudou nessa difícil tarefa que é reviver o Songs About Jane 14 anos após o seu lançamento.

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