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Netflix: compartilhamento de senhas deve acabar em 2023

A decisão visa frear a perda de assinantes na plataforma

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Foto: Divulgação

A Netflix deve acabar com o compartilhamento de senhas entre usuários em 2023. A informação vem do veículo Wall Street Journal, que publicou a notícia nesta quarta-feira (21).

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A transição deve ser feita de maneira gradual, começando nos Estados Unidos. Inicialmente, a plataforma iniciará o envio de notificações para usuários que usam a conta de terceiros, sugerindo que essas pessoas paguem pelo serviço de streaming.

Depois dos avisos, a plataforma deve implementar medidas mais extremas – como a cobrança de taxas extras para os titulares que permitam a utilização da conta em outros IPs fora do local cadastrado.

Os executivos da empresa estão cientes de que a decisão pode causar controvérsia. O co-CEO da Netflix, Ted Sarandos, alertou os investidores em dezembro: “Não se enganem, não acho que vão adorar a ideia logo de cara”.

Mesmo com o risco, os analistas externos estimam que a plataforma pode gerar uma receita de cerca de US$ 721 milhões com a nova política do serviço.

Fim do compartilhamento de senhas na Netflix: entenda a decisão

A decisão de dificultar o compartilhamento de senhas não é a única mudança sendo testada pela equipe da Netflix. Em outubro, por exemplo, a empresa anunciou a opção do plano Básico com Anúncios – um pacote mais econômico, que inclui a exibição de propagandas entre as programações.

Todas as novidades partem da necessidade de chamar a atenção dos consumidores. De acordo com os relatórios financeiros liberados pela empresa, os dois primeiros trimestres de 2022 foram marcados pela perda de assinantes. Assim, a Netflix busca alternativas para frear a queda na receita.

Os executivos do serviço de streaming estimaram que cerca de 100 milhões de usuários utilizam senhas compartilhadas com terceiros. A ideia, portanto, é transformar os agregados em clientes com suas próprias contas.

É preciso, porém, levar em consideração os potenciais problemas por trás da nova política – o que a Netflix já vem estudando há algum tempo. Primeiramente, há a dificuldade em rastrear os usuários pelo IP, já que os donos das contas podem estar em viagem, por exemplo.

Além disso, o efeito pode ser o contrário do esperado e a empresa poderia perder parte de sua clientela para outras plataformas de streaming, que oferecem serviços mais baratos e não impedem o compartilhamento de senhas.

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